Reino Animal
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Anos após se ter percebido que, devido a uma série de mutações genéticas, alguns humanos se vão gradualmente convertendo em animais com variadíssimas especificidades, as pessoas vão criando formas de se adaptarem a essa nova circunstância. Para isso, foram criadas áreas protegidas onde essas criaturas híbridas são libertadas e podem viver pacificamente. Quando se apercebe dos primeiros sinais dessa transmutação, uma família faz os possíveis por se manter unida.
Com realização de Thomas Cailley (Os Combatentes), que co-escreve o argumento em parceria com Pauline Munier, este drama de ficção científica foi escolhido para filme de abertura da secção Un Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes, em Maio de 2023. PÚBLICO
Críticas dos leitores
4 estrelas
José Miguel Costa
"Reino Animal", co-produção franco-belga dirigida por Thomas Cailley, é um drama familiar que entra nos domínios do cinema fantástico e do eco-terror (em modo soft) para colocar-nos perante um cenário pandémico de surgimento de mutações genéticas inexplicáveis que provocam a transformação gradual de determinados humanos em animais de natureza diversa, o que inevitavelmente induz medo nas comunidades e leva à consequente perseguição violenta destes novos seres.
Vá lá, não coloquem já de parte, não estamos perante um "filme de zombies"! De facto, o foco da acção encontra-se na evolução da humanista dinâmica relacional entre um progenitor e o filho adolescente (e com isto também não antecipem que se trata de um produto "lamechas"!), após a maleita ter-se imiscuído no seu núcleo familiar.
Não obstante o mérito inquestionável desta obra, ao nível da execução técnica (a divinal metamorfose das criaturas assume um realismo "à prova de bala" - pese a evidente incongruência desta afirmação) e da performance da dupla de actores (Romain Duris e Paul Kircher), verifica-se, amiúde, uma certa instabilidade no entrecruzamento homogéneo dos diversos géneros cinéfilos que a caracterizam (todavia, nada que a "belisque por aí além").
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