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Os Combatentes

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Comédia, Romance 98 min 2014 M/12 19/03/2015 FRA

Título Original

Les combattants

Sinopse

O jovem Arnaud (Kévin Azaïs), cujo pai acabou de falecer, enfrenta um futuro incerto numa pequena cidade francesa. Ali encontra Madeleine (Adèle Haenel), uma jovem irreverente e cheia de ideias incomuns, que está decidida a ingressar num estágio militar de Verão para aprender estratégias de sobrevivência. Intrigado e animado pelo seu modo de ser, Arnaud decide segui-la. Porém, quando ambos se apercebem de que o treino é mais duro do que imaginavam, é já demasiado tarde para desistirem… <br />Um filme sobre o amor e a iniciação à idade adulta, realizado por Thomas Cailley segundo um argumento seu em parceria com Claude Le Pape. Apresentado no Festival de Cinema de Cannes em 2014, "Os Combatentes" conquistou quatro prémios, entre os quais o da Crítica Internacional (Fipresci – Federação Internacional de Críticos de Cinema). Em 2015, obteve ainda nove nomeações para os Césars (os Óscares franceses), sendo contemplado com quatro galardões: Melhor Primeiro Filme, Melhor Actriz (Haenel), Melhor Actor Revelação (Azaïs) e Melhor Argumento Original (Cailley e Le Pape). PÚBLICO

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Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Se vos fizer uma espécie de sinopse dos "Combatentes", mencionando que o filme retrata o crescendo de uma amizade colorida entre dois jovens, que inicialmente "não se gramavam nem com molho de tomate" (ela uma rapariga culta e difícil de trato, que não sabe o que pretende da vida, que abandona "tudo" com o objectivo de ingressar na carreira militar; ele um rapaz humilde que não terminou sequer o ensino secundário, e que repentinamente, após a morte do seu pai, se vê confinado ao trabalho na marcenaria da família), automaticamente vão pensar tratar-se de mais uma comédia romântica xaroposa com todos os estereótipos do costume. No entanto, estão redondamente enganados, de facto, o argumento (aparentemente - e reforço o "aparentemente" - leve/descontraído, construído de maneira dinâmica e delicada), não se resume aos meros lugares-comuns (conseguindo, inclusive, surpreender-nos em diversos momentos), e é (quase) tudo menos romântico (no sentido tradicional da "coisa") - até acaba por ser, de um modo irónico (fazendo-se socorrer para o efeito de um humor refinado) e muito subtil, um manifesto crítico em relação à actual crise económica e social em França, nomeadamente, no que concerne à falta de perspectivas de futuro para os jovens e ao "facilitismo do sistema". <p> Além do mais, é detentor de duas características que o elevam da mediania, mais concretamente, a construção dos seus personagens (sendo que os dois protagonistas possuem um entrosamento perfeito) e a dualidade da linguagem utilizada (na medida em tudo parece, em simultâneo, leve/sério, caricato/realista e engraçado/comovente). </p><p> Tudo isto na primeira obra do realizador. Fica-se, portanto, ansiosamente à espera da sua próxima longa-metragem (o que promete!!!). </p>
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Se vos fizer uma espécie de sinopse dos "Combatentes", mencionando que o filme retrata o crescendo de uma amizade colorida entre dois jovens, que inicialmente "não se gramavam nem com molho de tomate" (ela uma rapariga culta e difícil de trato, que não sabe o que pretende da vida, que abandona "tudo" com o objectivo de ingressar na carreira militar; ele um rapaz humilde que não terminou sequer o ensino secundário, e que repentinamente, após a morte do seu pai, se vê confinado ao trabalho na marcenaria da família), automaticamente vão pensar tratar-se de mais uma comédia romântica xaroposa com todos os estereótipos do costume. No entanto, estão redondamente enganados, de facto, o argumento (aparentemente - e reforço o "aparentemente" - leve/descontraído, construído de maneira dinâmica e delicada), não se resume aos meros lugares-comuns (conseguindo, inclusive, surpreender-nos em diversos momentos), e é (quase) tudo menos romântico (no sentido tradicional da "coisa") - até acaba por ser, de um modo irónico (fazendo-se socorrer para o efeito de um humor refinado) e muito subtil, um manifesto crítico em relação à actual crise económica e social em França, nomeadamente, no que concerne à falta de perspectivas de futuro para os jovens e ao "facilitismo do sistema". <p> Além do mais, é detentor de duas características que o elevam da mediania, mais concretamente, a construção dos seus personagens (sendo que os dois protagonistas possuem um entrosamento perfeito) e a dualidade da linguagem utilizada (na medida em tudo parece, em simultâneo, leve/sério, caricato/realista e engraçado/comovente). </p><p> Tudo isto na primeira obra do realizador. Fica-se, portanto, ansiosamente à espera da sua próxima longa-metragem (o que promete!!!). </p>
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