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Bando de Raparigas
Título Original
Bande de Filles
Realizado por
Elenco
Sinopse
<p><span style="color: #000000">Marieme é uma adolescente que vive num bairro problemático dos subúrbios de Paris (França). Sente-se oprimida pela família, por um contexto social dominado pelo sexo masculino e pela falta de perspectivas de futuro. Quando conhece um "gang" de raparigas que se norteiam apenas pelas próprias vontades e não dão satisfações a ninguém, vê ali a sua grande hipótese de libertação. Para ser aceite no grupo, adopta uma nova identidade, muda de nome e deixa a escola. Com aquelas raparigas, a agora conhecida como Vic irá desenvolver a sua autoconfiança e encontrar o sentimento de pertença por que tanto ansiava. Mas também há-de descobrir que a liberdade que alcançou está longe de ser sinónimo de plena felicidade...</span><br /> <span style="color: #000000">Apresentado em Cannes, na Quinzena dos Realizadores, um drama que parte das dores e descobertas inerentes à adolescência para questionar estereótipos de raça, género e classe social. A realização é de Céline Sciamma (“Naissance des Pieuvres”, "Tomboy"), que também assina o argumento. O filme recebeu quatro nomeações para os Césares, incluindo na categoria de Actriz Revelação, pela interpretação de Karidja Touré, no papel de Marieme/Vic.<br /> PÚBLICO</span></p>
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Bando de raparigas
Fernando Oliveira
O que Céline Sciamma encena aqui em “Bando de raparigas” é um movimento de revolta de uma rapariga para se libertar da "prisão" social em que habita; um movimento de subversão contra um futuro fechado pela sua condição de mulher, de negra e de habitante de subúrbio pobre de Montreuil, na região de Paris. <br />Quando Marieme (magnifica Karidja Touré), várias vezes repetente, é impelida a seguir a escola profissional (?), junta-se a grupo de raparigas que parecem viver em constante diversão. Nesta nova vida a jovem, agora Vic, vai ganhando uma determinação inabalável, mesmo insolente, pelo direito de escolher ser o que quiser ser, transforma-se. O que é espantoso no filme é a forma como Sciamma filma essa “vontade de viver” a explodir do corpo delas, como a sua feminilidade se apodera das coisas à sua volta, como na dança ao som de “Diamonds” de Rihanna no quarto de hotel. <br />E é muito bonita a forma como Sciamma se despede de Marieme, sem nada nem ninguém, ela chora, há o horizonte que se esbate, e nesse esbatimento a jovem inicia um movimento de força, de vontade de viver. Marieme sempre teve a força para enfrentar o mundo. <br />Um filme triste, mas muito belo. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Vidas de Imigrantes
Marcela Monte
Já enviei uma opinião, mas não foi publicada. Não vejo outros comentários e tenho pena que este filme esteja a suscitar pouco interesse. Será pelo título ou pelas cenas escolhidas para a apresentação que "cheiram" a futilidade? Trata de uma realidade que també existe no nosso país e que é mais próxima da alma do que a descrita no filme do Miguel Gomes que tanto sucesso tem tido!
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Vidas de Imigrantes
Marcela Monte
Com esta história bastante realista, podemos ver algumas das muitas dificuldades, escolares e não só, que os jovens filhos de imigrantes tem de enfrentar devido à diferença de pré-requisitos, à necessidade de, na maioria dos casos, terem de fazer traduções mentais rápidas para responder às questões postas, à dos racismo dos colegas(às vezes é só académico - os bons alunos só acolhem bem quem está ao seu nível) e a falta de tempo para estudar pq tem de colaborar na precária economia familiar. <br />Por outro lado veem-se confrontados com princípios morais diferentes daqueles que a família adota ou teve de adotar para sobreviver nas novas comunidades. As reações são, no entanto, diferentes e o filme mostra essa diferença: as raparigas que querem mostrar-se iguais nas "modas" difundidas pelos média e que usam a força física para conseguirem o respeito dos colegas, e a Vic que ambiciona uma formação superior e nem a proposta de vir a ser uma "dondoca" respeitável, a faz desistir do seu objetivo. <br />Mostra tb o modo de vida dos menos escrupolosos, a desconfiança e incompreensão dos "nacionais" em relação a estas pessoas, a necessidade de um sentimento de pertença e, o valor comum: a solidariedade.
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