Uma mulher jovem foge pela estrada, pelos campos, pelas matas, passa pelos subúrbios e acaba por chegar a uma zona de pequenas casas. Está assustada com tudo. O medo por vezes acalma, mas nunca verdadeiramente a abandona. Aproxima-se então de uma casa, rouba comida, volta no dia seguinte e quase é apanhada pelo dono, um homem jovem, só, mecânico de automóveis que lida desajeitadamente com os seus clientes. Ela volta e ele sente que não tem motivo para a hostilizar. Oferece-lhe comida. Ela, a custo vai aceitando, cada dia que passa, encurtando distancias, vencendo o medo. Até que a intervenção de um terceiro personagem, brutal e surpreendente a faz voltar à fuga sem direcção.<p/>Texto: Cinemateca Portuguesa