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Passageiros

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Drama, Romance min 2016 22/12/2016 EUA

Título Original

Passengers

Sinopse

<p style="line-height: 1.38; margin-top: 0pt; margin-bottom: 10pt" dir="ltr">A Avalon é uma nave espacial que transporta mais de cinco mil pessoas em hibernação numa viagem que dura 120 anos. O destino? Um planeta-colónia chamado Homestead II. Só que uma das câmaras abre-se acidentalmente 90 anos antes da chegada ao destino e o seu inquilino, Jim Preston (Chris Pratt), um engenheiro mecânico, descobre que não era suposto ter acordado tão cedo.<br />Um drama de ficção científica cheio de implicações morais e filosóficas, realizado por Morten Tyldum, o norueguês responsável por "O Jogo da Imitação", com guião de Jon Spaihts, que co-escreveu filmes como "Prometheus" ou "Doutor Estranho". O elenco inclui, além do actor televisivo transformado numa das novas estrelas de Hollywood Chris Pratt, Jennifer Lawrence, Michael Sheen, Laurence Fishburne e Andy García. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

Wall-E e a bela adormecida

Jorge Mourinha

Não chega ter ideias nem Jennifer Lawrence, pedia-se apenas que Passageiros não os desbaratasse aos poucos numa sensação de déjà vu simpática mas insuficiente.

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Críticas dos leitores

Passageiros ou capitães? (spoil)

Pedro Brás Marques

A ficção científica e a sua inerente liberdade criativa continuam a ser terreno fértil para histórias que nos fazem reflectir sobre a condição humana, sobre a passagem do tempo e o que com ele fazemos. <br />O argumento de «Passageiros» convida o espectador a entrar na nave Avalon, que transporta cinco mil almas a caminho dum novo planeta, Homestead. A viagem dura cento e trinta anos terrestres, a nave segue em piloto automático, pelo que todos estão em estado de hibernação. Mas trinta anos após a partida, algo de estranho acontece e Jim, um dos passageiros, acorda e depara-se com a solidão da vasta nave. Só tem um robot, no bar, para conversar. Passa um ano e Jim toma a mais do que discutível decisão de acordar outro passageiro, uma mulher, para lhe fazer companhia. Escolhe-a pelos critérios que entende serem os que mais se ajustam a si. Aurora acorda, eles apaixonam-se e vivem felizes até ao momento que ela descobre que o seu despertar não foi um mero acaso, mas sim propositado. E nasce a questão central: o que é estar vivo? É o período de tempo que se tem consciência ou é a duração física do corpo humano? <br />“Passageiros” está pejado de referências, umas mais subtis que outras. Começa logo pelo “momento Wall-E” em que acompanhámos a solitária personagem durante o seu dia-a-dia, o que acontece durante uma boa parte do filme. Depois, o “momento Bela Adormecida” em que esta “princesa” igualmente chamada Aurora, é acordada do seu sono profundo por uma versão adequadamente plebeia do Príncipe Encantado. E há, claro, o piscar de olhos a Tarkowski, a Kubrick e de até ao injustamente esquecido Douglas Trumbull e o seu conto ecológico, “O Cosmonauta Perdido”. Temos, ainda, as ligações à mitologia, como a da nave chamar-se Avalon e a única entidade acordada ser o bartender…Arthur. Ou seja, uma conjugação de citações que permitem à história ser ainda mais universal na sua proposta de questionar se, realmente, era preferível o “homem” e a “mulher” continuarem mais um século adormecidos com toda a imprevisibilidade do futuro ou se mesmo tendo encontrado a felicidade de forma pouco ortodoxa, se devem agarrar a ela porque esse é o desígnio da existência. <br />Se Jenniffer Lawrence, enquanto actriz, já não precisa de mais aplausos, a verdade é que Chris Pratt é uma surpresa. Entretido que anda em westerns terrestres e espaciais ou a lutar contra dinossauros jurássicos, o actor teve aqui um desafio: o de interpretar uma personagem que não precisa dos músculos para nada e cujo humor vai desde o desespero existencial até momentos de humor, no balcão do bar ou nas irritações com as teimosias tecnologias ao seu dispor… E ele aguenta-se muito bem. Já a realização, não passa da mediania. Talvez a herança artística fosse pesada ou talvez o norueguês Morten Tyldum não quisesse arriscar depois de ter sido nomeado para o Óscar de Melhor Realizador pelo trabalho no seu filme anterior, “O Jogo da Imitação”. Até à “revelação” sobre o despertar de Aurora, o filme corre muito bem mas, depois, Tyldum pede claramente a mão, perdido entre continuar uma história de contornos existenciais ou avançar para o thriller clássico da nave em perigo e de se ter de realizar incríveis proezas acrobáticas para que não se desfaça… <br />Depois do recente “A Chegada”, este “Passageiros” continua a oferta de cinema de ficção científica que vai para lá da habitual luta entre as forças opostas do universo ou de sonoros combates intergalácticos. São filmes que usam a imensidão do espaço exterior para nos questionarem sobre o nosso infinito interior e o que dele fazemos. Somos meros passageiros ou os capitães das nossas almas?
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Passageiros ou capitães? (spoil)

Pedro Brás Marques

A ficção científica e a sua inerente liberdade criativa continuam a ser terreno fértil para histórias que nos fazem reflectir sobre a condição humana, sobre a passagem do tempo e o que com ele fazemos. <br />O argumento de «Passageiros» convida o espectador a entrar na nave Avalon, que transporta cinco mil almas a caminho dum novo planeta, Homestead. A viagem dura cento e trinta anos terrestres, a nave segue em piloto automático, pelo que todos estão em estado de hibernação. Mas trinta anos após a partida, algo de estranho acontece e Jim, um dos passageiros, acorda e depara-se com a solidão da vasta nave. Só tem um robot, no bar, para conversar. Passa um ano e Jim toma a mais do que discutível decisão de acordar outro passageiro, uma mulher, para lhe fazer companhia. Escolhe-a pelos critérios que entende serem os que mais se ajustam a si. Aurora acorda, eles apaixonam-se e vivem felizes até ao momento que ela descobre que o seu despertar não foi um mero acaso, mas sim propositado. E nasce a questão central: o que é estar vivo? É o período de tempo que se tem consciência ou é a duração física do corpo humano? <br />“Passageiros” está pejado de referências, umas mais subtis que outras. Começa logo pelo “momento Wall-E” em que acompanhámos a solitária personagem durante o seu dia-a-dia, o que acontece durante uma boa parte do filme. Depois, o “momento Bela Adormecida” em que esta “princesa” igualmente chamada Aurora, é acordada do seu sono profundo por uma versão adequadamente plebeia do Príncipe Encantado. E há, claro, o piscar de olhos a Tarkowski, a Kubrick e de até ao injustamente esquecido Douglas Trumbull e o seu conto ecológico, “O Cosmonauta Perdido”. Temos, ainda, as ligações à mitologia, como a da nave chamar-se Avalon e a única entidade acordada ser o bartender…Arthur. Ou seja, uma conjugação de citações que permitem à história ser ainda mais universal na sua proposta de questionar se, realmente, era preferível o “homem” e a “mulher” continuarem mais um século adormecidos com toda a imprevisibilidade do futuro ou se mesmo tendo encontrado a felicidade de forma pouco ortodoxa, se devem agarrar a ela porque esse é o desígnio da existência. <br />Se Jenniffer Lawrence, enquanto actriz, já não precisa de mais aplausos, a verdade é que Chris Pratt é uma surpresa. Entretido que anda em westerns terrestres e espaciais ou a lutar contra dinossauros jurássicos, o actor teve aqui um desafio: o de interpretar uma personagem que não precisa dos músculos para nada e cujo humor vai desde o desespero existencial até momentos de humor, no balcão do bar ou nas irritações com as teimosias tecnologias ao seu dispor… E ele aguenta-se muito bem. Já a realização, não passa da mediania. Talvez a herança artística fosse pesada ou talvez o norueguês Morten Tyldum não quisesse arriscar depois de ter sido nomeado para o Óscar de Melhor Realizador pelo trabalho no seu filme anterior, “O Jogo da Imitação”. Até à “revelação” sobre o despertar de Aurora, o filme corre muito bem mas, depois, Tyldum pede claramente a mão, perdido entre continuar uma história de contornos existenciais ou avançar para o thriller clássico da nave em perigo e de se ter de realizar incríveis proezas acrobáticas para que não se desfaça… <br />Depois do recente “A Chegada”, este “Passageiros” continua a oferta de cinema de ficção científica que vai para lá da habitual luta entre as forças opostas do universo ou de sonoros combates intergalácticos. São filmes que usam a imensidão do espaço exterior para nos questionarem sobre o nosso infinito interior e o que dele fazemos. Somos meros passageiros ou os capitães das nossas almas?
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Inseto

Rodrigo

Aos 32 minutos e 39 segundos, quando nosso herói se senta na cama, apavorado por ter acordado a moça, um inseto (mosca?) voa por trás dele!
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Palavras para quê?

FS

Sublime!!
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Duas formas há para...

Francisco Zuzarte

...analisar este filme. Uma romântica, tal "Wall-E" à procura de companhia, outra científica, o que aí levanta serias dúvidas nomeadamente a cena do reactor. <br />Tirando isso e um robot absolutamente fleumático que faz um slide perfeito de um lado para o outro na qualidade de barman de serviço, é um filme a ver com, agrado (?) e nada mais. Claro que a presença de Jenifer Lawrence dá sempre uma ajuda.
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Diferente e interessante

Ramiro Esteves Ferreira

Obra francamente original e, na minha opinião, bem conseguida. Com boas doses de drama, humor, suspense e amor e abordando questões éticas importantes, este filme, que se pode considerar de ficção científica, vai para além dessa catalogação, fazendo o espetador ficar em suspense, com várias peripécias e imagens fantásticas da nave em que viajam os dois passageiros que preenchem a quase totalidade do enredo.
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2*- É preciso ter paciência...

Luis

...quase 1 hora desde o início do filme, com a intervenção de um único personagem (um dos 2 passageiros - que afinal até teve bom gosto no 2º elemento a "ressuscitar"), a falar com um "robot" (um "andróde", mais especificamente como o próprio tem o cuidado de destacar)... <br />Enfim... se calhar fui eu que não vi o mesmo filme, pois em nenhum momento lhe vi "imprevisibilidade"...
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Aconselho

José

O filme fez-me reflectir sobre diversos aspectos, nomeadamente: <br />- um possível novo tipo de crime (ultrapassa a ética); <br />- viagens mais longas que uma vida, serão realmente viáveis? Interessam a alguém? <br />- eliminação da relação humana = prisão solitária perpétua. Mesmo com duas pessoas, parece-me difícil não enlouquecerem ambos passado uns meses, é uma gaiola dourada. <br />- Não deveriam ter acordado mais pessoas, logo após identificarem que existiam problemas? <br /> <br />Julgo que os críticos a este filme conseguiram antever que eles salvavam todos os restantes membros. Peça pouco importante quando comparada com os restantes elementos do filme. É um mal necessário para tornar o filme comercial. <br /> <br />Questões mal tratadas: <br />- a nave arranca com todas as pessoas em hibernação. A que propósito necessita que estas acordem 4 meses antes do final da viagem? Poderiam acordar apenas no novo planeta, nem sequer abriam os olhos na nave, e assim a nave não precisava de ser um paquete de luxo, bastaria ser um cargueiro. <br />- Porque a tripulação estava numa zona fechada em hibernação, e protegida de um possível motim? Poderiam estar na mesma zona que os passageiros. Não era suposto acordar ninguém, e a tripulação de qualquer forma acordava primeiro.
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8 motivos para assistir Passageiros

Flavia

1- Não é previsível <br />2- A fotografia é linda <br />3- A trilha sonora em perfeita sintonia com o roteiro <br />4- A nave é fantástica <br />5- As atuações prendem a atenção <br />6- Humor, drama e romance na medida certa <br />7- Ficção científica? Um pouco, mas o filme empolga no sentido de imaginar como serão as viagens espaciais e aos grandes avanços tecnológicos que a humanidade alcançará. <br />8- Narra uma questão ética importante. Vale a pena assistir.
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De fugir

Durruti

Um tiro no pé do realizador…uma história que até podia ser interessante – e o consegue ser aí na primeira meia hora do filme – transforma-se num romance estilo “novela da tarde” chocho, cheio de clichés e lugares comuns, banal e previsível. Quase na categoria de “must” é a cena em que o herói, armado de um escudo qual cavaleiro medieval, sobrevive à sangria radioactiva do gerador nuclear da nave. O bom cinema, apesar dos 110 milhões gastos na produção, não mora aqui...
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