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Paixão

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Drama 75 min 2011 M/12 09/02/2012 POR

Título Original

Paixão

Sinopse

Maria Salomé (Ana Brandão) acabou de perder o marido e a filha. Em desespero, aprisiona num prédio devoluto João Lucas (Carloto Cotta), um jovem escritor que conheceu numa festa. Ali, no meio dos escombros de um lugar abandonado, ela tenta amar aquele homem e reconstituir com ele a família que perdeu. A sua relação acaba por transitar entre a paixão e o ódio, o desejo e a cólera. Porém, mesmo estando fechado contra a sua vontade, no momento em que tem a oportunidade de escapar, João Lucas vê-se impedido de partir. A verdade é que ele já não consegue viver sem Maria nem sem o amor trágico que nasceu entre ambos. PÚBLICO

Críticas dos leitores

O sindrome de estocolmo

MIGUEL COSTA

<p>Um filme de autor "puro e duro", minimalista (não aconselhável a alminhas dadas ao "comercial") sobre o amor doentio ("que encerra em si o desejo, a violência, o desejo de morte, o erotismo associado ao sofrimento e toda a mística, até a religiosa", de acordo com as palavras da própria realizadora) entre uma carcereira e o seu cativo. A direcção fotográfica (a grande mais valia deste filme) é notável; e alguns dos diálogos estão impregnados de uma cativante poesia "não realista" (ou não fosse o texto escrito por Maria Velho da Costa), embora outros sejam completamente superficiais e ocos (o que faz com que o argumento seja um pouco "assimétrico"). Um filme com grandes potencialidades (com uma ideia de base original), mas que peca pelo tom demasiado teatral.</p>
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Dolorosamente mau

Ricardo S Coelho

<p>Um pastiche do Ata-me até podia ser interessante, se fosse bem feito. Mas isto não é.<br />As interpretações são sofríveis. Aqui destaco a do Carloto, um rapaz saído de uma agência de modelos para o cinema. Logo na primeira fala, ele consegue estragar o filme. Uma mulher aprisiona-o num quarto, sabe-se lá com que intenções, e ele reage como um betinho que perdeu o champô e fica chateado por não poder pôr o cabelo brilhante. Quando consegue uma oportunidade para fugir, acaba por voltar, sabe-se lá porquê.<br />Os diálogos são abaixo de mau. Nem o Ed Wood conseguiu fazer diálogos tão sofríveis, no seu "Glenn or Glenda". Isto nem pseudo-filosófico é, é simplesmente parvo.<br />A única coisa que se safa é a fotografia. Mas mesmo aí surgem situações absurdas, quando a realizadora submete tudo a uma noção estranha de estética. <br />Acabei por me rir com as cenas pretensamente filosóficas do filme. Mas não foi um riso de gosto, daqueles que se dá com o Ed Wood. Foi mesmo de desespero.</p>
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Podia ter sido bom...

Rui Pedrosa Franco

<p>Nas mãos de um francês competente, talvez tivéssemos um bom filme, com Carloto Cotta elevado à categoria de ícone "gay" e ídolo de raparigas adolescentes. Assim, temos um homem bonito que passa um terço do filme seminu sem que se perceba porquê ou para quê. Nas mãos de um realizador anglo-saxónico, talvez tivéssemos uma obra-prima de exploração do lado negro da mente, das relações entre senhor e escravo e da perversidade da alma humana. Mas não... <br />Coube-nos a má sorte de "Paixão" ser um filme português, com quase todos os tiques do nosso cinema de autor. Dos diálogos estúpidos à insuportável obsessão por música "erudita" de cariz soturno, passando pela total inutilidade de algumas cenas e a teatralidade forçada dos atores (misturada, por vezes, com uma desarmante e deslocada "naturalidade"), Margarida Gil apenas consegue acrescentar uma fita ao enorme cemitério de "boas" intenções em que o nosso cinema é fértil. Safa-se a magnífica fotografia (todas as cenas no quarto são visualmente belíssimas) e o bom som que, apesar de artificial (a costumeira ausência de som ambiente) consegue o pouco habitual prodígio de nos fazer entender a 100% a nossa própria língua. Ainda assim, se este fosse um filme mudo, seria certamente muito melhor...</p>
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Só aparência de dor

Ana Castanhede

<p>A fotografia eleva-nos mas o guião inexistente congela-nos no que era suposto ser um amor carnal. Mas não há carne, nem sentimento, só aparência de dor. Não nos toca</p>
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