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Adriana

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Drama 102 min 2004 M/12 26/05/2005 POR

Título Original

Sinopse

Numa ilha remota onde se instalou o luto um homem decreta que nunca mais haverá sexo nem filhos... A ilha vai ficando deserta e, anos mais tarde, ele decide enviar a sua filha, Adriana, para o continente "constituir família por métodos naturais". O filme conta as aventuras de Adriana à procura de um homem que a faça procriar um filho e assim garantir a descendência na ilha. Realizado por Margarida Gil e protagonizado por Ana Moreira, o filme ganhou o Prémio Tóbis para Melhor Filme Português na última edição do IndieLisboa.<P/> PUBLICO.PT

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Críticas dos leitores

A grande ilusão

Fernando Sancho

A grande ilusão do cinema português é chamar arte a filmes não conseguidos. "Adriana" é mais um filme português com uma premisa fantástica que falhou. Não é mau, apenas falhou como milhares de outros filmes no mundo inteiro. O filme simplesmente não deu aquilo que prometia dar. O erro é disfarçar essa falha, que é justificavél (falta de orçamento, falta de tempo, etc), com a ideia de que o filme é assim porque é arte! Pode até ser arte, mas arte não conseguida. A ideia da história é fantastica: uma rapariga das ilhas vai para o continente para procriar (certamente uma das melhores premisas do cinema português). Infelizmente tudo o que vem a seguir é desaproveitado. Todas as cenas que decorrem da premisa não são verdadeiramente aproveitadas.<BR/><BR/>As cenas no cabaret, no Lux , na quinta, tinham toda a potencialidade de serem grandes cenas cinematográficas, mas parece que passaram por elas a correr, a despachar. Nada de concreto é dito, as imagens nada mostram, os actores nada sentem, não há profundidade em nenhum sentido. Quem é o David? Nada se sabe dele. E nada se fica a saber: ele quer ou não procriar com a Adriana? Demasiado dúbio para perceber.<BR/><BR/>Saímos do filme com aquela ideia de que nos podíamos ter apaixonado por aquelas personagens todas, mas como elas não se abriram para nós, não se deram a conhecer, sentimo-nos mais vazios. Mais uma oportunidade perdida. Fico espantado como é que um argumento que deve ter ficado pelo primeiro "draft", quando deveria ter tido 10, consegue ser realizado. Será que não há mais argumentos no mercado para se escolher melhor? Se existe dinheiro para fazer filmes, porquê gastá-lo a correr por que se o tem e não investir com mais calma quando uma história que nos possa verdadeiramente apaixonar, e aí sim, construir uma memória e história do cinema verdadeira, e não uma história do cinema de filmes não conseguidos. Lembram-se de um filme português bem conseguido nos ultímos tempos? Eu não e vi-os quase todos!
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Em terras da demo-cracia

João Lutas Craveiro

O filme, apesar dos rancores da crítica (que seria dos críticos contratados sem o cajado mediático com que pretendem guiar os públicos-rebanhos?), será um filme de referência e um filme de culto, dentro do seu estilo pós-realista. Diz Rui Poças, responsável pela fotografia, que a personagem Adriana só podia existir na literatura ou no cinema, mas a sua ficção cruza-se com o deambular pelo interior de uma realidade tão contemporânea como absurda (acrescento eu). É um filme coberto de anacronismos, e aí reside a sua força interpretativa: o Governador de uma ilha fala para eleitores, mas a democracia não passa disso mesmo - um exercício de poder pela autoridade do dinheiro e da linhagem. Uma ilha assim seria impensável, pela democratização e pela globalização, mas a ilha torna-se numa ficção oposta à vivida pelos utopianos de T. Moore e o continente é uma expansão dos horrores silenciosos: as personagens movem-se por motivações financeiras e pelo curto-prazo (com excepção da criança-motorista).<br/><br/>Nada parece, no entanto, violento: nem os roubos sobre Adriana nem a usurpação da sua identidade. O mundo convive com todas as diferenças, comprimindo-as à ausência de um projecto colectivo. Este filme, pela anacronia, denuncia o poder económico dominante e a ilusão de que vivemos em democracias: vivemos a (curto-)prazo, com dívidas para pagar e indefinições sobre o nosso carácter, até sobre a nossa identidade. Por vezes preferimos as falsificações ou as reproduções abusivas da originalidade: é isso que nos torna democráticos e sociáveis. Adriana nem sob o seu nome é integrada na família nortenha que começou por ser o seu destino perdido.<br/><br/>Ana Moreira, em Adriana, desempenha também um papel de rara beleza e genuinidade (mesmo com a fala açoriana). A sua representação é, mesmo para a crítica contratada que precisa de parecer inteligente, o que salva o filme. Nesse capítulo diria mais: Ana Moreira é a única que, no filme, leva a sério a sua ficção de representar. Mas o filme é mais que isso: vejam e aprendam que tudo é tão real como a ficção que, também nós, quotidianamente representamos. E é preciso ser-se inocente para, como Adriana, se sair incólume disto tudo!
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Muito bem conseguido

cinemascope

Ao ler as críticas anteriores não posso deixar de dar a minha opinião relativamente a este filme que, na minha opinião, foi muito bem conseguido. Vi o filme ainda no IndieLisboa e devo confessar que fiquei rendida à beleza e inteligência dos diálogos. Estes são bastante divertidos e as interpretações estão à altura. Os lugares comuns pelos quais somos levados na cidade de Lisboa conseguem ultrapassar o típico cliché, uma vez que as personagens que por ele se passeiam "salvam" o filme dessa possibilidade. Algumas das personagens levam-nos até ao imaginário de Pedro Almodóvar, dando lugar a cenas hilariantes! Os meus parabéns à realizadora Margarida Gil!
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Ridiculo!

Um espectador indignado

Ganhou o prémio para melhor filme português do Indie Lisboa. Ah, ah, ah! Não dizem é que, de facto, era o único filme português de longa-metragem no festival. Parece anedota mas é verdade. Como é que os autores ainda têm lata para o anunciar? Tenham vergonha! E parem de desperdiçar dinheiro a produzir estes filmes!
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Vão brincar com o outro!

Um espectador indignado

Como é que é possível que estes críticos dêem três estrelas a um filme feito por alguém que nem sequer sabe filmar, com uma história constrangedora, diálogos absolutamente amadores e personagens ridiculas? E, goste-se mais ou goste-se menos, dão duas estrelas a um filme como o "Star Wars", que, quer se queira quer não, é um ícone da cultura e imaginário mundial e tem mais ideias e genialidade numa sequência de abertura que alguma vez a senhora Margarida Gil possa ter em meia dúzia de vidas? Por favor... O cinema português foi há várias gerações tomado por uma brigada do reumático que enquanto não se reformar não vai sair deste constrangimento e perversão entre "autores" (usar este título para os realizadores portugueses que assim se auto-intitulam é um insulto aos verdadeiros autores - e George Lucas é um) e os auto-intitulados "críticos". Tenham vergonha!
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