A "câmara analítica" (como eles lhe chamam) de Gianikian e Ricci-Lucchi continua a investigar as imagens do passado, a re-trabalhá-las e a encontrar-lhes outros sentidos e, porque não, outras imagens. Depois da retrospectiva que lhes dedicámos em 2001, apresentamos agora o mais recente trabalho do casal de cineastas, nova incursão nos tempos da Itália mussoliniana e colonialista (imagens captadas nos anos 20 e 30 na Etiópia) que desemboca numa reflexão sobre o Homem como animal (inevitavelmente) guerreiro. Um filme que instaura um "ambiente de hipnose colectiva" (Philippe Azoury).

Texto: Cinemateca Portuguesa