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O Tempo que Resta

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Drama min 2009 15/04/2010 FRA, BEL, ITA, GB

Título Original

Sinopse

Um filme semibiográfico, em quatro episódios (de 1948 aos nossos dias), acerca da família de Elia Suleiman, que se serve dos diários de seu pai e das cartas trocadas pela sua mãe com os familiares forçados a abandonar o país. Juntando as memórias e vivências de todos, é retratada a vida dos palestinianos que resistiram, permanecendo na terra dos seus ancestrais, vivendo como minoria no seu próprio país. A história de duas gerações de uma família como demonstração da própria História da Palestina. Catorze anos depois do filme "Crónica de um Desaparecimento" e sete de "Intervenção Divina" (Prémio do Júri em Cannes em 2002), Suleiman regressa com mais uma crónica sobre a condição dos "árabes israelitas" numa homenagem feita aos seus próprios pais, entretanto falecidos. PÚBLICO

Críticas dos leitores

Fatal como o destino

MF

Subjacente ao filme está o “modus essendi” do palestiniano; isto é, a sua estrutural incapacidade de se superar e lutar contra um destino que lhes foi traçado. Apesar de este filme de E. Suleiman tratar os árabes israelitas, estes não só não se integraram na sociedade israelita como dela se auto excluíram, vivendo uma modorrenta rotina pontuada por um ou outro acto pseudo-libertário (como o fabrico de armas da parte do pai de Suleiman) a contrastar com uma resignação ao destino (a rendição de Nazaré). Embora se perceba que na passividade e no imobilismo das personagens haja uma profunda revolta e desejo de vingança em relação aos judeus que paradoxalmente são seus concidadãos, notoriamente não há uma identidade comum, muito provavelmente nunca estes cidadão se sentirão plenamente israelitas pois não se sentem identificados com os valores dominantes na sociedade israelita. Está implícito um verdadeiro "apartheid" social para os palestinianos de Israel, que continuam a olhar com saudade para um passado e a viver um presente ilusório e sem perspectiva de vida. Verdadeiramente o palestiniano não consegue vencer o destino! Um filme a não perder.
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