No dia da vitória, num compartimento do Transsiberiano, encontram-se um oficial a caminho de Vladivostok e uma jovem moscovita. O filme é a história do exaltado amor entre eles "indiferente aos esquemas moralistas e ao voluntarismo oficial, com um lirismo digno de Grémillon" (Cervoni). Estaline assistiu à estreia e teria declarado a certa altura: "Também eu vou sair deste comboio". O crítico do Pravda foi acordado de noite para escrever um texto hostil, em vez do elogio que tinha redigido na véspera. Apesar dos ataques da crítica, foi um grande sucesso comercial. Raïzman (1903-1994), de quem já vimos "Aviadores-Pilotos" (1935), assinou, com esta obra, o seu "road-movie" mais intimista.

Texto: Cinemateca Portuguesa