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E Se Fosse o Amor?

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Drama 102 min 1961 08/01/2000 URSS

Título Original

A Esli Eto Liubov?

Sinopse

Segundo filme de Raïzman nesta retrospectiva (depois de "O Expresso do Extremo Oriente" de 1946), esta curiosíssima obra é uma das poucas a abordar um dos grandes tabus do cinema soviético: o sexo. Se nos primeiros anos Alecsandra Kollantaï havia formulado as suas teorias sobre o amor livre (para grande escândalo dos contra-revolucionários), rapidamente esses "desvios" foram corrigidos e o moralismo triunfou. Cada vez que se falava de sexo, falava-se em termos de "necessidades fisiológicas" que "não é preciso mostrar". De "não ser preciso mostrar" a "ser proibido mostrar" o passo foi rapidíssimo. Daí o caso à parte que é este filme em que a descoberta de uma carta de amor anónimo e vibrante de desejo numa escola de adolescentes, provoca a ira dos professores que querem expulsar os jovens apaixonados, enquanto a mãe esbofeteia a filha em público. "Pela primeira vez", escreveu Giovanni Buttafava, "o carácter 'asocial' do amor é posto em evidência. O ponto de interrogação do título (o primeiro ponto de interrogação num filme soviético sonoro) soou como uma 'libertação'. O tempo da dúvida chagara". Se o sexo fosse mais do que uma "necessidade fisiológica"? Minimalista e elíptico, Raïzman fez o primeiro filme contestando a repressão sexual.

Texto: Cinemateca Portuguesa

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