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O Conto dos Contos

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Romance 125 min 2015 M/12 31/03/2016 FRA, GB, ITA

Título Original

Il Racconto dei Racconti

Sinopse

Um rei e uma rainha, incapazes de conceber um filho, decidem pedir ajuda a um feiticeiro que lhes dá uma solução mágica: comer o coração de um monstro marinho. Porém, tudo tem o seu reverso e para que o equilíbrio do mundo seja mantido, qualquer vida criada exige, em troca, uma perda. Num outro reino vive um rei deslumbrado pela voz de uma misteriosa rapariga que avistou pela janela, no alto do seu castelo, sem saber que, na verdade, ela é uma velha gananciosa. No terceiro país, um soberano vive obcecado com a descoberta de uma estranha criatura que o faz descurar a sua única filha...
Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, é o primeiro filme falado em inglês do realizador italiano Matteo Garrone numa co-produção entre Itália, França e Reino Unido. Com elementos barrocos, “O Conto dos Contos” é uma adaptação da obra com o mesmo nome do escritor e poeta napolitano Giambattista Basile (1566 – 1632) que, por sua vez serviu de inspiração aos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, Charles Perrault ou Hans Christian Andersen, entre muitos outros. Salma Hayek, Vincent Cassel, Toby Jones e John C Reilly dão vida às personagens. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Após ter no curriculum dois excelentes filmes realistas carregados de sátira social, "Gomorra" (que explora os meandros da máfia italiana) e "Reality" (sobre a alienação provocada pela tv), respectivamente de 2008 e 2012 (e ambos premiados no Festival de Cannes), eis que Garrone neste "O Conto Dos Contos" opta por um outro registo cinematográfico, nos antípodas daquilo a que nos habituou, brindando-nos com o mundo de fantasia das histórias de encantar do "era uma vez...". E embora esta película fique uns furos abaixo das duas anteriores (muito por culpa da temática) tal não implica desilusão para com o realizador, pelo contrário, na medida em que, deste modo, "apenas" revela ser detentor de uma enorme versatilidade. <br /> <br />Garrone narra-nos 3 histórias sobre a realeza renascentista, mais concretamente: a da rainha estéril (Salma Hayek) que manda o marido matar um monstro marinho para que, após comer o coração da besta cozinhado por uma virgem, pudesse finalmente ficar grávida; a do rei, que tinha por melhor amiga uma pulga gigante, que deu a sua filha em casamento a um ogre; e a do rei ninfomaníaco (Vincent Cassel) que, depois de um feitiço, se apaixonou loucamente pela velha mais feia dos arredores. Como seria expectável, estes contos sombrios e sanguinários não são aconselháveis para um público infantil, ou não estivessem impregnados de humor grotesco e satírico (com muitas metáforas que remetem para a sociedade actual). <br /> <br />As três (apelativas e tocantes) histórias, apesar de serem contadas paralelamente, não se interligam (excepto num ou dois momentos, e sem quaisquer consequências ao nível do argumento, através dos seus actores secundários - denotando alguma falta de inspiração criativa). Esta não coesão e o constante saltitar entre narrativas (que prejudica o filme como um todo) é, sem dúvida, o seu grande handicap, implicando a perda de força à medida que as acções decorrem. Todavia, quase nos esquecemos desta característica (ou, pelo menos, esforçamo-nos nesse sentido) perante o seu "ponto forte", ou seja, a sumptuosidade e exuberância visual. De facto, a fotografia, bem como os aspectos técnicos (com o realizador a manter uma enorme sobriedade, mesmo nas cenas com monstros, contendo-se ao ímpeto de "encher a tela" com efeitos especiais), são cinco estrelas ... e "enchem-nos o olho"!
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