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O Cavalheiro com Arma

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Comédia Dramática 93 min 2018 M/12 03/01/2019 EUA

Título Original

Sinopse

Em 1979, quando já estava na casa dos 70 anos, Forrest Tucker, criminoso desde novo, fugiu da prisão de San Quentin, na Califórnia, e começou uma série de assaltos, na sua maioria a bancos. Charmoso, tornou-se famoso. Foi apenas uma de várias fugas na prisão. Em 2003, um ano antes da morte de Tucker, o jornalista David Grann escreveu sobre o ladrão na revista "The New Yorker", artigo que é agora adaptado ao cinema.

David Lowery, realizador de filmes como a versão de 2016 de "A Lenda do Dragão", da Disney, "Amor Fora da Lei" ou "História de Um Fantasma", escreveu e esteve atrás das câmaras. Robert Redford, que anunciou que este foi provavelmente o seu papel de despedida do mundo do cinema, faz de Tucker, à frente de um elenco que inclui também Sissy Spacek, Casey Affleck, Tom Waits, Danny Glover e John David Washington. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O sentido da vida

Jorge Mourinha

O Cavalheiro com Arma é uma belíssima maneira de abrir o ano cinéfilo de 2019: um assaltante idoso e cavalheiresco dá a Robert Redford um papel para as calendas.

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Críticas dos leitores

O cavalheiro com arma

Fernando Oliveira

O que é mais bonito neste filme é a sua simplicidade, como em pouco mais de hora e meia nos conta uma história onde o que importa são os personagens e os actores que as interpretam, coisas da vida, tão intensas que sublimam aquela espécie de aridez estilística da realização. Simples, porque de uma história adaptada de um artigo de jornal, nos conta apenas a história de um homem que com setenta anos assalta bancos porque quer continuar a sentir-se "vivo"; um homem "que vem de longe" na memória do Cinema, o bandido cavalheiro e que não é violento; portanto um filme ancorado num imenso classicismo. Filme terno, porque também um filme de um adeus: Redford anunciou ser este o seu último filme, e isto faz com que a sua "presença" quase deixe a história lá atrás, e não será o menor dos feitos de Lowery conseguir esbater esse "peso". Filme triste, porque ancorado na memória de um Cinema que já não existe: os policiais dos finais dos anos 60, inicio dos anos 70, filmes também "políticos", filmes que tornaram Redford num dos actores essenciais do Cinema americano. Filme alegre, enfim, porque é sobre pessoas que nos fazem sorrir, que se apaixonam, que procuram a felicidade, que mesmo quando em confronto, o assaltante e o policia que o persegue, é tudo muito leve. <br />Este é assim um filme fora deste tempo. <br />De história de um homem que na altura apaixonou a América, a forma delicada como decorriam os assaltos, a sua capacidade para fugir da prisão (a fuga de San Quentin num barco fabricado com os restos da madeira utilizada na serração da prisão tornou-se em história de lenda), David Lowery, sem complicar e atento aos mais pequenos pormenores da representação dos seus actores (Redford, mas também Sissy Spacek, Casey Affleck, ou Tom Waits), criou um belo filme sobre o fim de uma certa forma de contar histórias em filmes. O adeus de um dos seus maiores actores. <br />Como "Gran Torino", um filme crepuscular. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot. pt")
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Uma tarde de cinema

Tocc

Um filme que se vê bem e de forma agradável mas sem grandes estímulos para a plateia, não nos faz ficar a pensar nele, é fugaz. <br />Casey Affleck tem presença mesmo que o filme não o enalteça.
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O Cavaleiro com Arma

Ana Ribeiro

Robert Redford é um actor que se mantém charmoso, apesar dos seus setenta e tal anos, e um bom actor. <br />É sobretudo um filme divertido e agradável.
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Vê-se com agrado

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque o argumento me pareceu potencialmente interessante, ainda para mais baseado numa história real. O filme tinha também o aliciante, de ser o último filme de Robert Redford, enquanto actor. <br />Gostei do filme, o filme vê-se bem, tem um argumento fluído, uma história interessante, dada a boa realização, e uma boa interpretação de Roberto Redford e dos restantes actores. <br />Estamos perante um filme entre o suficiente mais e o bom pequeno. <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 14 valores a este filme.
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O Cavalheiro com Arma

Maria Gonçalves-Ferreira

Um bom filme de uma grande história americana. Uma lição de representação dos magníficos "Velhotes", no caso… os atores. Vale muito a pena.
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O Cavalheiro Com Arma

Ilda

Fraco... sem interesse, saí no intervalo.<br />
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Fraco

Pedro

Traz desconforto.
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«O Cavalheiro com Alma»

Pedro Brás Marques

<p>“Time’s what you make of it” proclamava, há uns anos, a mais popular marca de relógios do planeta. E, na verdade, o que releva não é a fria contabilidade dos dias, meses e anos de um ser humano, mas o que efectivamente experienciou. E sendo cada ser humano um universo único e incomparável, certamente que a busca dessa adrenalina existencial pode enveredar por caminhos que a maior parte dos cidadãos reprovará. <br />É precisamente esse o caso de Forrest Tucker, a personagem central de “O Cavalheiro com Arma”. Após uma vida inteira a roubar e a evadir-se de estabelecimentos prisionais, encontrámo-lo já idoso, mas ainda com o brilho nos olhos de quem se deslumbra a cada assalto que concretiza. Não é o dinheiro que o move, antes a necessidade de se sentir vivo, de vencer desafios que lhe façam ferver o sangue e a emoção de conseguir enganar terceiros e fazê-lo, há que admitir, sempre com muita classe. Nem todos temos a sorte de poder fazer o que realmente nos apetece, por condicionalismos pessoais, familiares e até morais, mas isso não é impedimento para Tucker. Mesmo quando sabe que vai ser apanhado, foge para sentir uma derradeira emoção. Quando vê o polícia que o investiga, em vez de fugir, vai ter com ele para conversar. De fato e gravata, um verdadeiro “gentleman”, dirige-se a um qualquer balcão duma instituição bancária e explica ao caixa, ou ao director, que está ali para fazer um assalto, solicitando que lhe entreguem o dinheiro. Sem tiros, sem violência, sem ruído, para logo sair com a mesma calma com que havia entrado. É claro que a polícia não anda a dormir e apesar de não estar perante o habitual “modus operandi” deste tipo de crime naturalmente que vai no seu encalço, especialmente o detective John Hunt que pessoaliza a questão. Mas Tucker e os seus dois colegas de profissão continuam a sua digressão pelo sistema bancário norte-americano como se nada fosse e o “gentleman-outlaw” acaba, claro está, por encontrar uma miúda por quem nutre verdadeira afeição, com quem poderá mudar de vida agora que o ocaso se aproxima, mas que se revela insuficiente para conseguir afastá-lo do vício. </p><p>Robert Redford dá corpo e alma a Tucker, auxiliado pelo par de colegas interpretados por Tom Waits e Donald Glover, enquanto a sua apaixonada Jewel é interpretada por Sissy Spacek. Casey Affleck é o principal perseguidor, algo perdido entre a admiração e a vontade de apanhar o elegante criminoso. Todos eles oferecem interpretações sólidas e serenas, acabando por formar uma verdadeira guarda de honra nesta anunciada despedida das telas de Robert Redford. É claro que a apurada e escorreita realização contribui, e muito, para a homogeneidade que se sente ao visualizar “O Cavalheiro com Arma”. David Lowrey sabe contar uma história como poucos e é mestre na economia narrativa. Os seus filmes duram cerca de hora e meia como em “Amor Fora da Lei” (2013) e no surpreendente “História de um Fantasma” (2017). E o mesmo se passa com os meios empregues, sem recurso a grandes efeitos para lá da reconstituição histórica, como acontece primorosamente aqui, desde o guarda-roupa aos automóveis, incluindo a própria paleta de cores, a evocar as imagens e os tons dos anos 80 do século passado. </p><p>Se Robert Redford realmente se despede do cinema, fá-lo em grande, tendo encontrado em Lowrey o escultor perfeito para a homenagem. O realizador não esconde a idade do actor, antes a recorda constantemente nos omnipresentes grandes planos da sua face, bem como brinca com o passado, quando o da personagem e do actor se (com)fundem no momento em que a polícia está a ver o longo cadastro do primeiro e folheia as sucessivas fotografias. Até porque Redford interpretou vários “bons bandidos” ao longo da sua carreira, como nos clássicos “A Golpada” e “Dois Homens e um Destino”. “O Cavalheiro com Arma” é isso, assim, a serena despedida dum verdadeiro “Cavalheiro com Alma”.</p>
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4* - (EL) Condor passa...

Luis

...e deixa o seu perfume numa "estória" simples e que dispõe bem, com boas ilações como pano de fundo.
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3 estrelas

José Miguel Costa

No filme "O Cavaleiro Com Arma", David Loweri transformou uma "pequena" história (baseada em factos verídicos), sobre um cortês ladrão geriátrico que assaltou dezenas de bancos, numa quase fábula glamorosa (e algo estelizada) povoada por "banais "personagens de encantar (com toda a certeza, muito aligeiradas e romantizadas em relação aos verdadeiros ditos cujos" - mas neste caso tal é de "somenos importância"), ao impregná-la de um charmoso e sóbrio classicismo. Tivesse sido filmado a preto e branco e acreditariamos estar perante uma qualquer pelicula dos anos de ouro de Hollywood. <br /> <br />Claro que David Loweri conseguiu tal façanha devido à preciosíssima ajuda (até porque, no fundo, estamos sobretudo perante um "filme de actores") dos carismáticos Robert Redford (alegadamente na sua última aparição à frente das câmaras, aos 82 anos), Casey Affleck (que mais uma, vez está magnífico no papel de Casey Affleck), Sissy Spacek ... e até o Tom Waits (sim, esse mesmo!) deu uma perninha.
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