Na América

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Drama, Romance 103 min 2002 M/12 01/01/2004 IRL, GB

Título Original

Sinopse

Realizado por Jim Sheridan ("O Meu Pé Esquerdo", "Em Nome do Pai"), a partir de um argumento semi-autobiográfico escrito pelo realizador e pelas duas filhas Naomi e Kirsten Sheridan, "Na América" conta a história de uma família irlandesa em busca do sonho americano. Johnny e Sarah (Paddy Considine e Samantha Morton) chegam a Nova Iorque com as duas filhas pequenas e o seu dia-a-dia torna-se uma luta constante para encontrar emprego, sobreviver e tentar ignorar o sítio horrível em que vivem. Mas enquanto que para eles tudo parece um pesadelo, as pequenas Christy e Ariel (Sarah Bolger e Emma Bolger) olham para a América como um sítio mágico em que tudo pode acontecer.<p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Lacrimante

Kathleen Gomes

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Sonhos de Nova Iorque

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

In America?

http://panascas.blogspot.com

Quanto ao novo movie de Jim Sheridan, palavras para quê? O homem que dirigiu "O meu Pé Esquerdo" e "Em nome do Pai" só poderia fazer algo assim, grandioso, mágico e comovente. O argumento (semi-autobiográfico) é assinado pelo realizador, em parceria com as filhas Naomi e Kirsten Sheridan. A dedicatória, no final, vai para outro elemento do clã Sheridan, cujo nome é (e aqui não há coincidências) o do filho desaparecido do casal-protagonista Johnny e Sarah, brilhantemente interpretado por Paddy Considine e Samantha Morton, respectivamente. Aliás, dirigir actores é, entre outras coisas, o que Jim Sheridan faz de melhor. O título é "In America", mas não é sobre a América. Passa-se em NY, mas não é sobre NY (onde não faltam "agarrados", travestis...). Aborda a questão da imigração, mas não é sobre imigrantes (neste caso, irlandeses). É, isso sim, sobre o olhar de duas meninas Christy e Ariel (Sarah Bolger e Emma Bolger), que, à sua maneira, "carregam nos ombros" uma mãe e um pai destroçados com a perda do irmão. São elas o elixir do filme. São elas (ou melhor, os três desejos cedidos pelo irmão morto a Christy) que "salvam" a mãe e, principalmente, o pai, obrigando-o a dizer adeus ao filho desaparecido e a dar as boas-vindas ao recém-nascido, Mateo. Mateo (Djimon Hounson): o nome do "homem que grita", que, tal como o ET de Spielberg (personagem preferida de Ariel, nome de Anjo), na hora da despedida (entenda-se, morte) parte rumo a "casa", porque, diz-lhe ele, em jeito de segredo, "sou um extraterreste". E ela acredita. Nessa e noutras cenas, a gente (se for piegas, como eu) comove-se, sorri e deixa cair a(s) lágrima(s)... Sim, é um filme lacrimante. Mais: intenso e, ao contrário das más-línguas, não vi qualquer facilitismo e nada de desonesto, entre outras babuseiras (des)escritas pela "especialidade". Para ver e chorar por mais. (O panasca leitor certamente irá gostar da resposta de Mateo a Johnny, quando este, furioso, lhe pergunta "Estás apaixonado por ela (Sarah)?", ao que "o homem que grita" responde: "Não, estou apaixonado por ti..." - E o resto não digo!)
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O pesadelo americano vs os sonhos pessoais

Edmundo José Dias

Ao ler outras críticas a este filme fico espantado com a forma como é descrito como um filme sobre o sonho americano. Francamente, parece-me que nem é esse o aspecto mais importante do filme, como também não me parece que seja sobre o sonho, mas sim sobre o pesadelo americano. Separando as águas comecemos pelo sonho. Relativamente a isto, o filme tem uma aproximação bastante crítica e mordaz, que me parece muito interessante. Quanto ao "happy end" parece-me de uma enorme ironia e até cinismo que fazem com que se fique com a sensação que não podia ser mesmo de outra forma. Por tudo isto é no mínimo curioso ler a descrição de Luís Miguel Oliveira: "Não ultrapassa, apesar do esforço melodramático, uma ilustração beatífica, dir-se-ia pasmada, da América já não como 'mito' ou como 'facto', mas como 'cliché'". Não concordo nada com esta visão, pois ao longo do filme são constantes as criticas mais ou menos directas ao "american way of life" e de algumas formas nada cliché, mas opiniões são opiniões. Seja como for, não me parece que seja este o foco principal do filme e também me parece redutor classificá-lo como "o tema do luto, tratado com sensibilidade". Se por aí passa é também verdade que o filme tenta essencialmente fazer uma profissão de fé acerca da sensibilidade e dos apertados laços familiares, contrapondo a nossa dificuldade em ultrapassar os nossos próprios problemas e limites. Concluindo: parece-me muito mais que o objectivo do filme é mostrar a natureza das relações (principalmente familiares) perante a dor e a adversidade do que qualquer outra coisa e por tal é um filme que vale a pena ser visto, pois pode-nos ajudar a encontrar o nosso próprio equilíbrio e a reencontrar a sensibilidade que por tantas vezes quase nos obrigam a esconder. Quanto aos actores, três interpretações fantásticas e uma muito boa, esplendidamente dirigidos. No geral: um dos melhores filmes do último ano.
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O E.T. dos nossos dias

Luís Mendonça

Uma entrada simpática para este ano de 2004. O último filme de Sheridan é o que se poderia apelidar de uma fábula dos nossos dias, uma simpática variação de "E.T." de Steven Spielberg, tantas vezes invocado ao longo do filme. Bons actores e uma realização cuidada. No entanto, "In America" nunca ultrapassa a fábula ingénua, mantendo-se numa certa uniformidade (para não dizer, por vezes, falta de ideias) que nos afasta da acção e personagens.
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Intimista

Paulo Sousa

Um filme muito intimista, que nos envolve a nós próprios na história de uma familia marcada pela morte do seu filho Frankie e que que viaja para Nova Iorque em busca de uma nova vida para tentar ultrapassar o trauma causado por esta morte. Os actores tem interpretações fantásticas, nomeadamente as duas miúdas que dominam muito o enredo do filme, que nos prende ao ecrã como que rendidos à sensibilidade das personagens. Para mim, poderá ser um dos filmes candidatos aos Óscares, tanto para melhor filme como para melhores actores.
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