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Montanha

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Drama 90 min 2015 M/12 19/11/2015 ALE, FRA, POR

Título Original

Sinopse

É Verão em Lisboa. David, de 14 anos, foi criado com a mãe e o avô. Quando o velho senhor fica gravemente doente e é hospitalizado, a mãe decide passar lá as noites, esperando o momento da inevitável morte.

David recusa-se a entrar no hospital ou a encarar a possibilidade da partida do homem que o criou. O vazio pela falta do avô e da mãe obriga o rapaz a tornar-se o homem da casa e a entrar precocemente na idade adulta.

Estreado no Festival de Cinema de Veneza em 2015, um filme sobre as dores do crescimento que marcou a estreia de João Salaviza na longa-metragem depois das curtas Arena (2009, Palma de Ouro em Cannes), Cerro Negro (2011) e Rafa (2012, Urso de Ouro em Berlim). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Artesanato Emocional

Luís Miguel Oliveira

Um ponto de chegada da obra de João Salaviza.

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O príncipe da escuridão

Vasco Câmara

Nos filmes de Salaviza os rapazes partem à conquista da luz e da cidade. Mas em Montanha David transporta a sua escuridão. É esse o habitat de um jovem em busca do sopro épico que nunca lhe acontece.

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Críticas dos leitores

Obra bela e agreste

Egas Branco

Atravessar a adolescência é quase sempre subir a uma montanha, entre escolhos e veredas muitas vezes difíceis de ultrapassar, até descobrir novos horizontes. <br />Mas muito mais complicado se torna quando se vive nas margens de uma sociedade em período de declínio, em que os horizntes e as esperanças estão reduzidos ao mínimo (de súbito renascem as esperanças, em Portugal, hoje, mas o filme ainda o não sabia), <br />Sabemos, julgo eu, como os exemplos a as lições aprendidas nessa fase crucial da vida são importantes para a formação do carácter, por isso quase sempre com reflexo no resto da vida. A primeira LM deste jovem cineasta faz-nos pensar nisto e isso já é um mérito. <br />Acresce que o faz utilizando uma linguagem um pouco rara de ver no grande ecrã, embora ele nos fale de duas ou três grandes referências - Nicholas Ray, Robert Bresson, os manos Dardenne, em obras-primas, difíceis mas, por razões compreensíveis, detestadas por muitos... <br />Não digo que tudo seja perfeito mas algumas cenas de MONTANHA vão ficar na nossa memória cinéfila. Para obra de estreia é notável!
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Obra bela e agreste

Egas Branco

Atravessar a adolescência é quase sempre subir a uma montanha, entre escolhos e veredas muitas vezes difíceis de ultrapassar, até descobrir novos horizontes. <br />Mas muito mais complicado se torna quando se vive nas margens de uma sociedade em período de declínio, em que os horizntes e as esperanças estão reduzidos ao mínimo (de súbito renascem as esperanças, em Portugal, hoje, mas o filme ainda o não sabia), <br />Sabemos, julgo eu, como os exemplos a as lições aprendidas nessa fase crucial da vida são importantes para a formação do carácter, por isso quase sempre com reflexo no resto da vida. A primeira LM deste jovem cineasta faz-nos pensar nisto e isso já é um mérito. <br />Acresce que o faz utilizando uma linguagem um pouco rara de ver no grande ecrã, embora ele nos fale de duas ou três grandes referências - Nicholas Ray, Robert Bresson, os manos Dardenne, em obras-primas, difíceis mas, por razões compreensíveis, detestadas por muitos... <br />Não digo que tudo seja perfeito mas algumas cenas de MONTANHA vão ficar na nossa memória cinéfila. Para obra de estreia é notável!
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montanha

Martha

Brilhante e comovente. Mais um presente do cinema português para o mundo.
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A Montanha pariu um rato

Luís Telles

O grande problema do filme de João Salaviza é esse mesmo: em momento algum nos faz esquecer que estamos a ver um filme. Se essa noção de artifício não perturba, muito pelo contrário, a visão de, por exemplo, um 007 é porque tais filmes nunca se fazem passar pela realidade. Porém, no caso de “Montanha” que pretende reproduzir a Vida, ou mais rigorosamente, uma “tranche de vida”, o artifício é fatal. No fim, resta apenas uma sequência de planos “esteticizantes” , glacialmente compostos, sem qualquer vibração, espontaneidade ou autenticidade, por onde não perpassa o mínimo sopro de emoção ou de vida. Em suma: o filme morre muito antes do avozinho.
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Sombrio

Andrea Azevedo

Filme obscuro, depressivo, mostra o pior lado de todas as personagens.
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Já sabíamos, após as curtas-metragens "Arena" e Rafa" (galardoadas com os prémios máximos nos festivais de cinema de Cannes e Berlim, respectivamente), que poucos filmam a melancólica geografia arquitectónica e humana dos bairros sociais como o Salaviza, sem necessidade de recorrer a melodramatismos de "faca e alguidar" e a estereótipos (embora estes estejam lá presentes, surgem-nos sem "algazarras" e "luzes de néon" a evidencia-los). Agora ficámos a saber, com esta sua 1ª longa-metragem (aos 31 anos), que também possuí uma habilidade eximia para filmar concertos e captar ambientes de tensão pré-sexual. De facto, com "Montanha", brinda-nos com planos fabulosos e com uma excelente direcção de fotografia que faz da iluminação - num universo povoado de sombra(s) - uma das grandes protagonistas. <br /> <br />A narrativa de "Montanha", uma espécie de sub-género do realismo social, centrada num único protagonista (um adolescente de 14 anos, sem referências, que se encontra numa encruzilhada de "limbos" - magnificamente protagonizado por David Mourato, um não-actor que tem uma relação intensa e hipnótica com a câmara), é simples (e, como é apanágio do realizador, não possui principio, meio e fim - parece que não lhe interessam as causas e consequências, pelo que apenas se debruça sobre os factos do "aqui e agora") e decorre sem pressas, no entanto, tal não invalida que estejamos perante um filme interessante, comovente, envolvente e, por vezes, poderosamente atmosférico porque nos conta a(s) história(s), não menos importantes, dos olhares, dos gestos e das palavras não verbalizadas.
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