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Matrix Reloaded

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Ficção Científica 124 min 2001 M/12 23/05/2003 EUA

Título Original

Sinopse

Isto não é um filme, é um jogo. E ou se sabe jogar e se partilha o universo ou então é impossível sair a ganhar. "The Matrix Reloaded" é o segundo capítulo da saga dos irmãos Larry e Andy Wachowski e um dos filmes mais aguardados do ano (o terceiro capítulo, "The Matrix Revolutions" estreia já em Novembro). <br /> No filme anterior, Neo (Keanu Reeves), depois de lhe terem revelado que a realidade em que vivia era apenas uma ilusão, um programa de computador gerado por Máquinas, descobre ser o Escolhido. O único que poderá conduzir (e vencer) a luta contra a Matrix. Em "Matrix Reloaded", Neo, Trinity (Carrie-Anne Moss) e Morpheus (Laurence Fishburne) têm apenas 72 horas para salvar Zion das garras das Sentinelas que escavam rapidamente e têm como objectivo a destruição total do último reduto de resistência contra a Matrix. Neo tem o destino dos rebeldes nas mãos, mas também a vida de Trinity. E terá de escolher, agora que sabe ser o Eleito e está cada vez mais ciente das suas capacidades - já não trava apenas uma bala com as mãos, trava centenas que caem no chão como pequenos berlindes inofensivos. Mas essa não é a cena mais impressionante do filme. Depois do "bullet time", o que "Reloaded" acrescenta ao primeiro capítulo é um combate entre Neo e o agente Smith - que está desligado e adquiriu a capacidade de se reproduzir -, e centenas de "clones" seus (que vão caindo como peças de dominó em cadeia) e uma sequência de perseguição a alta velocidade na auto-estrada.<p> </p>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Metafísica de pacotilha

Mário Jorge Torres

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Podes tentar, mas não podes fugir a Matrix

Vasco T. Menezes

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Matrix Reloaded

Vasco Câmara

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Que o jogo comece

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

O Discurso Antiglobalização de Matrix

Ricardo Pereira

A ficção cientifica trabalha com uma forma de simbologia semelhante à do mito. De facto, ela em geral promove uma inversão temporal da lógica que os mitos utilizam, pelo menos da mais tradicional. Em vez de rebater a lógica do presente num passado ancestral, de origem (como um conto de fadas ou num livro bíblico como Génesis, por exemplo), ela costuma rebater esse presente no futuro. Salvo em casos metalinguísticos mais extremos – como num Alphaville, de Godard – o futuro se torna sempre um espelhamento simbólico de uma problemática estabelecida no presente. A dimensão profética da ficção científica é geralmente na verdade um véu que oculta a dimensão historiográfica ou de crítica/denúncia. A série “Matrix” se mostrou particularmente atraente ao surgir, no final dos anos noventa, por que ela trabalha duplamente com esse espelhamento. O retrato traçado pela saga dos hackers que querem libertar o homem das máquinas que lhe impuseram, além da escravidão, um mundo ilusório no qual acreditam viver normalmente, é, num primeiro olhar, sem dúvida profética – no sentido em que coloca no horizonte dos eventos futuros uma problemática pertinente para um mundo em que a alta tecnologia se tornou um dado quotidiano e a interacção homem-máquina uma problemática para o cidadão comum, ainda que certamente não na proporção extrema proposta pelo filme. Mas é a dimensão de metaforização do próprio presente de “Matrix” (sempre é) a mais importante. Isso porque ela consegue assumir ao mesmo tempo a forma de uma metáfora crítica historiográfica e política e mitopoiese ontológica. A segunda é a dimensão de “Alegoria da Caverna” que o texto tem. Claramente desenhado para ser um mito, cheio de personagens com nomes simbólicos (Morpheus, Neo, Trinity), cheio de citações a mitologias grega e judaico-cristã, o primeiro filme parece ser uma versão pós-moderna da metáfora platónica de que o homem é enganado pelos sentidos, a realidade está em outro plano e só o conhecimento da verdade pode libertá-lo. Neo representa uma espécie de guerreiro filosófico, que traz a verdade para o homem. E disso mesmo decorre a segunda dimensão: a actualidade estabeleceu um tipo de relação entre homem e técnica e com a imagem que tudo se tornou simulação. E é nesse ponto que o filme estabeleceu seu elo mais forte com o presente. Os guerreiros que libertam o homem em muito se assemelham ao exército antiglobalização de nossos dias, aqueles militantes que utilizam o hackerismo e alta tecnologia criticada na globalização justamente para fazer frente à mundialização da cultura. Pois bem, “Matrix Reloaded” é justamente a ampliação dessa ligação com o presente e a redução da dimensão ontológica. A opressão da máquina que oprime o homem e que impõe outra realidade é a opressão de uma cultura sobre o homem, como a militância antiglobalização quer demonstrar que o capital produz na actualidade. É curioso, por exemplo, que poucos dos lutadores sejam brancos de beleza greco-romana. Eles são um exército de excluídos, de minorias. São negros, orientais, latinos. O grande libertador, Morpheus, é negro. Libertador e crente religioso, praticamente um fundamentalista, aliás. Entretanto, a mesma história reservou para brancos, Neo e Trinity, papéis de quase divindades. E divindades que se colocam através do mito maior do individualismo capitalista: Neo é predestinado. “Matrix” dava conta de uma dimensão ontológica. Ao afirmar que um dia as máquinas controlariam o homem e produziriam uma realidade imaginária na qual o homem, mergulhado, acreditaria viver sua normalidade, e que o real mesmo é diferente do que está diante dos sentidos, o filme falava na verdade de um presente em que o homem é já controlado pela máquina – o problema retorna neste segundo filme, no diálogo entre Neo e o conselheiro de Zyon diante das fábricas da cidade – e que nossa realidade, esta que nos cerca, é mesmo ilusória. Não se trata de uma revelação ontológica completa, claro. Não significa que desde sempre a realidade é produzida em computadores. A dimensão do domínio é mais política – o filme remete o tempo todo para um discurso dos movimentos antiglobalização actuais. Já em “Reloaded”, o que aparece é um contexto do que Gilles Deleuze chamou de controle – um sistema em que a própria intermediação do desejo é responsável pela dominação. É o que dá ao filme seu vigor possível. É para isto que ele pode ser proveitoso: como objecto justamente para dar noção de o quão o controle é um dado da realidade. Mas não de uma forma conspiratória e mirabolante e sim nas relações de poder que o jogo tecnológico – ligado em nosso tempo ao consumo – impõe. Nesse sentido, o próprio filme faz pensar sobre o cinema e sobre o estatuto da imagem, que se tornou mais um entorpecente do que uma possibilidade libertadora de conhecimento.
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John Woo Sci-Fi

Luís Mendonça

“Matrix Reloaded”, o filme sensação deste ano de 2003, tem cenas de um esplendor visual impressionante, a magnificência de certos combates ou, mesmo, a já mítica perseguição final garantem, ao filme, uma forte componente de acção. Contudo, esta virtude encontra-se suspensa no ar sem qualquer base sólida que a sustenha. Falo de um filme com inúmeras cenas de pancadaria sci-fi aliados a momentos que brindam pelo ridículo e pelo estupidificante. O romance Neo/Trinity revela-se ainda mais forçado que no primeiro filme da série. Filme que terminava precisamente com o início dessa paixão ardente. Mas até neste aspecto todo o filme é bastante forçado, tudo é conduzido para os milhares e milhares de dólares gastos em cada cena de acção. Tanto dinheiro, que os próprios irmãos Wachowski esqueceram-se das suas personagens. Elas, bem como toda a filosofia barata que rodeia o filme, são meros pretextos para a ostentação da imagem. “Matrix Relodaded” tem momentos de um ridículo atroz: a cena em que Monica Belluci beija Keanu Reeves; o combate entre Keanu Reeves e o chinesito que o irá, mais tarde, conduzir até o Oráculo; a cena final em que Neo salva Trinity e ficam quites (relembro a forma degradante como o primeiro filme da série termina)... Por outro lado, este filme tem, como já disse, sequências de grande espectacularidade em termos de acção e de coreografias de combate, tudo muito ao jeito de John Woo, que sempre juntou tiros a acrobacias. Associo mais rapidamente este filme a um “Once a Thief”, “The Killer” ou, mesmo, “Mi2” do que a um “Terminator 2” ou, mesmo, “Star Wars”. É nisto que “Matrix Reloaded” difere de “Matrix”: é só um filme de acção, deixando toda a mitologia e filosofia ,que povoavam o primeiro, de lado. Smith de inimigo feroz e tenebroso, passou a representar uma personagem cómica e inconsistente; Neo passou a ser um todo poderoso imbatível; o obscurantismo e a claustrofobia do mundo real deixou de existir... tudo isto, para entreter os mais irrequietos. Contudo nem tudo foram desgraças: surgiram novas personagens, desta vez, bem concebidas. Os irmãos gémeos ou o senhor das chaves são dos melhores frutos que o mundo Matrix nos ofereceu. Enquanto que a pergunta primordial de “Matrix” era “O que é a Matrix?”, neste filme, a frase que me ficou em mente foi “Só conhecemos realmente bem uma pessoa quando lutamos com ela” (?). Isto é “Matrix Reloaded”.
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Eu Vi Este Filme!

Pedro

Impacto visual! Instintos primários! Não é preciso pensar para gostar! :)
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Podia Ser Melhor

Amílcar

O filme é bom, é verdade. Mas preferi o primeiro. Pontos fortes: neste segundo filme, não há tempo para pensar nas frases enigmáticas que vão sendo proferidas a cada instante. Mas, pronto, essa é uma imagem de marca deste tipo de filmes: só se percebe mais ou menos o fio da história quando chegamos ao fim. Ponto fraco: as sequências de luta, apesar de muito bem coreografadas, são intermináveis e acaba por não haver pachorra para tanto sapateado.
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Enjoativo

João Morais

Cenas de luta que se repetem até à exaustão, um Neo a imitar o Super-Homem, um conselheiro da cidade sem brilho nenhum, com um discurso filosófico de cordel e finalmente um criador da Matrix, do qual se esperava mais que filosofia barata. Enfim, uma desilusão total. Teriam feito melhor estar quietos, e que cada qual imaginasse a Matrix...
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Não Perceberam Nada

Artur Saraiva

Os críticos deste jornal, bem como todos os críticos de cinema bem pensantes de diversos meios de comunicação não perceberam o filme. "Matrix Reloaded" é muito superior ao primeiro, que se limitava a pintar o cenário da acção. A razão porque não percebem tem a ver com as suas mentes pouco preparadas para este tipo de filme, simplesmente não dominam minimamente o universo informático para puderem perceber o filme. Qualquer criança hoje em dia pode-lhes explicar o filme em três pinceladas, simplesmente porque tem a mente muito mais aberta para todas as inovações a nível de programação de sistemas (real/virtual) que o filme retrata. E por favor, não se limitem a fazer eco, quando não é copy/paste, do cahiers do cinema
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Muito Bom

Rui Dias

O filme é muito bom, embora os críticos profissionais, com os seus típicos preconceitos contra produtos deste género, digam que é uma desilusão. Esses críticos devem ser os mesmos que dizem que os filmes de Manoel de Oliveira são obras-primas. O mais certo é que os filmes que esses críticos classificam como geniais desiludam multidões muito mais vastas que os fãs de "Matrix".
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O Sexo...!

Danger Mouse

Em primeiro lugar quero fazer uma referência ao filme como um todo. Na verdade estava à espera de mais... e mais. Não que o filme seja fraco, as expectativas é que eram muitas. Os efeitos estão melhores que nunca, a prová-lo está o facto que muitas pessoas ainda não terem percebido que em algumas cenas (voo “tipo super-homem”, a famosa luta com o agente, etc.) estamos a ver o “The One” virtual e não o verdadeiro. Sobre a cena de sexo, também já comentada por um leitor, tenho a dizer que pode ter outra função além de dar um carácter humano às personagens… Na verdade, penso que talvez esteja para surgir o verdadeiro “The One” ou seja o filho de Neo; ou servirá apenas para dar uma possibilidade de estender o número de filmes, como aconteceu com o Star Wars… Só o futuro o dirá… Saudações a todos!
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Aquilo Que Era e Aquilo em Que se Transformou...

Gottard

Depois de uma magnífica primeira parte ("Matrix"), eis que nos encontramos com mais um desalento. É triste quando os realizadores colocam os efeitos especiais em primazia e descuram a necessidade de uma história coerente e focada. Esta segunda parte está realmente preenchida com maravilhosos efeitos especiais, alguns deles já presentes na primeira parte e que ficaram de certo como um marco neste campo, no entanto, é o único elemento presente no decorrer de todo o filme. Diálogos nada coerentes, humanos "livres" do Matrix e que por certo dominam o mundo paralelo (realidade), vivem em cavernas qual "alegoria da caverna" e no entanto pelo aspecto de degradação, apenas sobrevivem….podia continuar com os erros de dialéctica, mas o facto é que o "Matrix Reloaded" é uma verdadeira desilusão.
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Já Sei o Filme que Não Vou Ver...

V.G.

Sim! O Matrix III. Depois da chachada do "reload". Tanta despesa e tanto barulho para aquilo. Um grupo de mal vestidos e um "seminarista" que rodopia e pontapeia um, dez, cem mauzões. Ah! Já me esquecia: aqueles óculos de sol são porreiríssimos. Nunca caem! Melhor que a gravata do 007. Agora se compreende a recepção fria de Cannes. Ainda se gosta de bom cinema na Europa...
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