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Louise-Michel

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Comédia 93 min 2008 M/16 01/07/2010 FRA

Título Original

Louise-Michel

Sinopse

Após o encerramento inesperado da fábrica onde trabalhavam, um grupo de mulheres reúne-se para tentar encontrar uma alternativa onde possam investir, em conjunto, o dinheiro das respectivas indemnizações. Depois de várias propostas, Louise Ferrand (Yolande Moreau), a mais taciturna do grupo, surge com uma insólita ideia: contratar um assassino a soldo para aniquilar o patrão que as deixou na miséria. Contra todas as probabilidades, a proposta é aceite por unanimidade e ela fica com a difícil tarefa de encontrar o homem que as vingará. E é assim que descobre Michael (Bouli Lanners), um segurança mitómano que se faz passar por assassino profissional. Desta forma, de imprevisto em imprevisto, de assassinato em assassinato, Louise e Michel fazem uma longa viagem em busca de um patrão sem rosto e, pelo caminho, ainda vão descobrir que foram feitos um para o outro...
Depois de "Alatra" (2004) e "Avida" (2006), uma comédia burlesca em estilo road movie da dupla de realizadores franceses Gustave de Kervern e Benoît Delépine.

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A Vingança dos Não Privilegiados

Fernando Costa

"Louise-Michel" é uma original e negra comédia francesa que tem como protagonistas personagens que vivem na margem da sociedade. São os pobres, os trabalhadores de salário mínimo, os delinquentes e os intelectualmente menores em busca de vingança dos ricos e privilegiados. Não é um trabalho maior mas mesmo assim vale a ida ao cinema. Gustave de Kervern e Benôit Delépine, que trabalham juntos há 10 anos, assinam como argumentistas e realizadores o seu terceiro projecto. Multi-premiados com a sua primeira obra "Aaltra", o argumento para o seu novo filme tem por base o encerramento de uma fábrica em França e a decisão das funcionárias, depois de terem sido enganadas pela direcção da fábrica que escondeu sadicamente o encerramento da mesma, de usar a miserável compensação financeira que vão receber para encomendar o assassinato do director fabril. A ideia é da protagonista do filme Louise (Yolande Moreau), uma ex-presidiária com um QI duvidoso que se alimenta de pombos que caça em armadilhas. Louise fica encarregue de tratar de tudo e acaba por entregar o trabalho a Michel (Bouli Lanners), um homem que faz "biscates" para ganhar a vida e sobreviver e que está evidentemente a vestir uma pele que não é a verdadeira (Louise encontra-o porque Michel deixa inadvertidamente cair uma arma à porta de um café). Gustave de Kervern e Benôit Delépine com "Louise-Michel" escolhem fazer uma comédia de tom negro, corrosiva, politicamente incorrecta (percebe-se isso desde a cena inicial, antes mesmo de vermos os créditos de abertura) em que patente uma feroz crítica social e económica (leia-se o capitalismo global). Não deveríamos gostar dos protagonistas mas apesar de Louise já ter morto alguém no passado, Michel não se importar em ganhar a vida "cometendo" assassinatos (é melhor que estar desempregado!), de frequentarem clubes duvidosos, de ambos serem pouco inteligentes, de serem rudes (característica verdadeira em Louise) e amorais não conseguimos deixar de sentir por eles alguma empatia. São os "outsiders" da sociedade a decidirem vingar-se desta, culminando em várias mortes e numa fantástica cena de dança em casa de uma das vítimas em jeito de comemoração - pelo menos desta vez "ganhamos"!!! É certo que por vezes o filme arrisca demasiado empurrando o surrealismo para o absurdo, a paranóia e o "nonsense" (sobretudo com a personagem do engenheiro), é verdade que o retrato do CEO é demasiado estereotipado mas no global não é nada que torne este filme num mau filme ou numa má comédia. Relativamente aos actores Yolande Moreau encarna na perfeição Louise conseguindo dar-lhe a rudeza e amoralidade necessárias à personagem sem a tornar odiosa, responsabilidade que deve ser partilhada com a dupla de argumentista/realizadores. Bouli Lanners não está ao mesmo nível mas vai bem. Uma ideia interessante, personagens vindas das margens da sociedade, amorais (ou no fundo exprimindo uma moralidade de que não somos capaz), crítica social e económica feroz e humor muito negro fazem desta comédia uma comédia que se deve ver mesmo que fique uns furos abaixo de um bom filme. ** (2/5)
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“Louise-Michel” é uma original e negra comédia francesa que tem como protagonistas personagens que vivem na margem da sociedade. São os pobres, os trabalhadores de salário mínimo, os “delinquentes” e os intelectualmente menores em busca de vingança dos ricos e privilegiados. Não é um trabalho maior mas mesmo assim vale a ida ao cinema. Gustave de Kervern e Benôit Delépine, que trabalham juntos há 10 anos, assinam como argumentistas e realizadores o seu terceiro projecto. Multi-premiados com a sua primeira obra “Aaltra”, o argumento para o seu novo filme tem por base o encerramento de uma fábrica em França e a decisão das funcionárias, depois de terem sido enganadas pela direcção da fábrica que escondeu sadicamente o encerramento da mesma, de usar a miserável compensação que vão receber para encomendar o assassinato do director fabril. A ideia é da protagonista do filme Louise (Yolande Moreau), uma ex-presidiária com um QI duvidoso que se alimenta de pombos que caça em armadilhas. Louise fica encarregue de tratar de tudo e acaba por entregar o trabalho a Michel (Bouli Lanners), um “homem” que faz “biscastes” para ganhar a vida e sobreviver e que está evidentemente a vestir uma pele que não é a verdadeira (Louise encontra-o porque Michel deixa inadvertidamente cair uma arma à porta de um café). Gustave de Kervern e Benôit Delépine com “Louise-Michel” escolhem fazer uma comédia de tom negro, corrosiva e politicamente incorrecta (percebe-se isso desde a cena inicial, antes mesmo de vermos os créditos de abertura) e está patente uma crítica social e económica (leia-se o capitalismo global) feroz. Não deveríamos gostar dos protagonistas mas apesar de Louise já ter morto alguém no passado, Michel não se importar em ganhar a vida “cometendo” assassinatos (é melhor que estar desempregado!), de frequentarem clubes duvidosos, de ambos serem pouco inteligente, “rudes” (característica verdadeira em Louise) e amorais não conseguimos deixar de sentir por eles alguma empatia. São os “outsiders” da sociedade a decidirem vingarem-se desta, culminando em várias mortes e numa fantástica cena de dança em casa de uma das vítimas em jeito de comemoração – pelo menos desta vez “ganhamos”!!! É certo que por vezes o filme arrisca demasiado empurrando o filme os limites do "surrealismo" para próximo do absurdo, paranóia e do “non-sense” (sobretudo com a personagem do “engenheiro”), é verdade que o retrato do CEO é demasiado estereotipado mas no global não é nada que torne este filme num mau filme ou numa má comédia. Relativamente aos actores Yolande Moreau encarna na perfeição Louise conseguindo dar-lhe a rudeza e amoralidade necessárias à personagem sem a tornar odiosa, responsabilidade que deve ser partilhada com a dupla de argumentista/realizadores. Bouli Lanners não está ao mesmo nível mas vai bem. Uma ideia interessante, personagens vindas das margens da sociedade, amorais (ou no fundo exprimindo uma moralidade de que não somos capaz), crítica social e económica feroz e humor muito negro fazem desta comédia uma comédia que se deve ver mesmo que fique uns furos abaixo de um bom filme. ** (2/5)
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