Pequenos Clarões
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Sinopse
Ver sessõesIsabel é mãe de Madalen e ex-mulher de Ramón, de quem se divorciou há 15 anos. Quando ele fica gravemente doente, a filha pede-lhe ajuda para cuidar do pai. À medida que acompanha a evolução da doença, Isabel confronta-se com feridas antigas e ressentimentos dolorosos. Porém, entre a dor e a partilha, surgem sentimentos inesperados que abrem espaço para o perdão e, quem sabe, para uma reconciliação.
Inspirado no conto "Un Corazón Demasiado Grande", da escritora e professora universitária basca Eider Rodriguez, o filme esteve em competição no Festival de San Sebastián, onde Patricia López Arnaiz recebeu a Concha de Prata para Melhor Interpretação. Com assinatura de Pilar Palomero, conta ainda com as interpretações de Antonio de la Torre, Marina Guerola, Julián López, Lobo el Perro e Ramon Fontserè. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Pequenos Clarões, um breve assombro nas nossas salas
Emoções e embaraços de um ex-casal que, por vontade da filha, se volta a cruzar nos momentos finais da vida dele. Sem peripécias, sem reencontro — pelo menos daqueles dos filmes.
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Críticas dos leitores
4 estrelas
José Miguel Costa
O filme "Pequenos Clarões”, escrito e realizado pela espanhola Pilar Palomero, é um intimista drama familiar naturalista impregnado de uma subtileza emocional extrema, apesar de abordar uma temática que facilmente poderia resvalar para o sentimentalismo, o luto pré-morte (iminente) de um ente querido.
Sem qualquer manipulação emocional e abdicando de catarses dramáticas ou lacrimejantes flasbacks explicativos da situação presente (nada saberemos do passado em comum dos personagens), somos colocados perante uma espécie de processo de rearranjo afectivo de uma mulher (Patricia López Arnaiz, galardoada com a Concha de Prata para Melhor Interpretação no Festival de san Sebastian) que, a pedido da filha, irá acompanhar os últimos dias de vida do moribundo ex-marido (Antonio de la Torre), com o qual não mantinha qualquer contacto desde há cerca de 15 anos.
O lamber das respetivas feridas (encaradas sem medos), o gradual mecanismo de reconciliação e o inerente perdão (sem necessidade de recorrer a reflexões profundas - há silêncios e olhares que as substituem com eficácia) decorre com serenidade e naturalidade, comprovando, deste modo, a velha tese "por vezes, o menos é mais".
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