A Ilha Vermelha
Título Original
Realizado por
Sinopse
Início da década de 1970, quando Madagáscar é já um país independente mas onde existe ainda uma das últimas bases militares francesas. Naquele lugar paradisíaco vivem várias pessoas ligadas aos militares destacados. Entre eles está Thomas, um miúdo de dez anos fã das aventuras de BD que, à medida que vai crescendo, vai perdendo a inocência e vendo com novos olhos tudo o que se passa à sua volta.
Um drama com teor biográfico realizado pelo franco-marroquino Robin Campillo — conhecido por 120 Batimentos Por Minuto, filme-sensação da 70.ª edição do Festival de Cinema de Cannes, onde recebeu o Grande Prémio do Júri —, que assina o argumento em parceria com Gilles Marchand e Jean-Luc Raharimanana. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
A Ilha Vermelha: muito poucos batimentos por minuto
Do realizador de 120 Batimentos por Minuto, uma evocação da sua infância em Madagáscar com muito poucas funções vitais.
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2 estrelas
José Miguel Costa
O trailler do filme "A Ilha Vermelha" não me convenceu minimamente a incluí-lo na minha lista de próximos visionamentos, até perceber que estava na presença do novo projecto do realizador do impactante "120 Batimentos Por Minuto" (o francês Robin Campillo).
Aí mudei o "chip" em 180 graus e, consequentemente, dirigi-me a uma sala de cinema logo no dia de estreia. No entanto, aquele que no passado teve a capacidade de agitar consciências com um drama de denúncia intenso e emotivo, optou por conduzir esta obra semi-autobiográfica (neutríssima e observacional) em modo "ralenti", dada a notória falta de ritmo.
Acresce que o seu intuito principal (mostrar, sob a perspectiva de uma criança pequeno-burguesa "colonizadora", o amorfo ambiente familiar vivenciado no microcosmo hermético de uma base militar francesa, na década de 1970, no período pré-independência de Madagáscar) não e minimamente alcançado, já que não possui um enredo estruturado/definido, denotando, ao invés, um carácter eminentemente episódico (apesar de percebermos que pretende denunciar a ausência de um intercâmbio social e económico "justo" entre a população local e os representantes do "Império", bem como expor o enraizado racismo estrutural).
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