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De Cabeça Erguida

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Drama 120 min 2015 30/06/2016 FRA

Título Original

La Tête Haute

Sinopse

Vencedor de dois Césares, este filme da também actriz Emmanuelle Bercot passa-se num centro de reabilitação juvenil. Gira à volta de uma juíza e de um educador que tentam a todo custo ajudar um adolescente que está em conflito com tudo e todos, incluindo ele próprio, desde os seis anos. Isto mesmo que ele não queira ser salvo por eles. Bercot, cujo tio trabalhou em centros destes e passou por histórias muito parecidas, incluiu no elenco nomes como Catherine Deneuve ou Sara Forestier, além do estreante Rod Paradot e Benoît Magimel, conhecido por filmes como Pequenas Mentiras Entre Amigos, tendo sido ambos galardoados com Césares.
Foi o filme que abriu o Festival de Cannes em 2015, naquela que foi a segunda vez desde 1987 que tal aconteceu com um filme realizado por uma mulher. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Babysitting

Vasco Câmara

O adolescente faz les 400 coups e tem Catherine Deneuve e Benoît Maginel ao seu serviço.

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Críticas dos leitores

Disfunções sociais

Nelson Faria

O corpo de funcionários do Estado Francês é muito bem tratado neste filme. Pacientes, interessados na correcção de comportamentos. <br /> <br />O personagem principal de Paradot é muito bem interpretado; trata-se de uma família francesa de raíz europeia, com problemas semelhantes àquelas que procuraram neste país a resolução para os seus problemas de subsistência, e originárias de África. <br /> <br /> <br />Deneuve(1943) está imperial. Bela interpretação no papel de Juíza de Menores. <br /> <br />O espectador fica com uma visão do esforço que é preciso empreender para ocorrer a estas situações, autênticas manifestações de disfuncionalidade social. Estas situações são vividas em exclusivo pelos mais desfavorecidos. Um sintoma das desigualdades sociais.
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"De Cabeça Erguida" é um filme de ficção quase documental (com um tom algo intimista) que se constitui como mais um excelente exemplo do realismo social made in France (tão do meu agrado). A narrativa dá-nos conta do percurso de um jovem de temperamento explosivo com um vasto curriculum de pequenos crimes, proveniente de um contexto social desfavorecido e sem uma rede familiar de suporte estruturada, que, apesar efectuar o tradicional percurso dos "reformatórios", acaba por ter a sorte de cruzar-se com uma juíza e um professor que lutam e se esforçam no sentido de lhe incutir um objectivo de vida válido. <br /> <br />A temática não é propriamente original, todavia, ao contrário de outras obras desta natureza, que na generalidade abordam as questões de um modo melodramático e com recurso a discursos moralistas e/ou sociológicos, a realizadora Emmanuelle Bergula opta por veicular uma mensagem humanista e positiva (sem que tal implique a cedência a facilitismos ou o impingir-nos historietas sensacionalistas cor de rosa) sobre a importância dos programas de reabilitação/inclusão e protecção de menores implementadas pelo Estado Social (afinal, não existem culpados, apenas vitimas das circunstâncias e, como tal, há que dar-lhes oportunidades/implementar a mudança, ao invés de unicamente reprimir). <br />Apesar disto, a sua grande mais valia reside, sem qualquer dúvida, na performance do estonteante jovem protagonista (o bad boy com o qual empatizamos, mesmo que secretamente, desde o primeiro minuto) que nos magnetiza com uma autêntica explosão de sentimentos. Não fosse ele e talvez estivessemos perante uma película simplesmente mediana, ainda mais se atendermos a que "borra a pintura" ao presentear-nos com um final demasiado "politicamente correcto" e um pouco irrealista (ok, eu sei que é importante que estes dramas também tenham um happy end, mas ...).
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