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Uma História de Amor

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Comédia, Drama 120 min 2013 M/16 13/02/2014 EUA

Título Original

Her

Sinopse

Los Angeles, EUA, num futuro próximo. Theodore é um escritor sensível que ainda se debate com um forte sentimento pela ex-mulher. Mas a sua vida não será a mesma quando decide comprar um novo programa de inteligência artificial que promete ser a solução para os mais solitários. Depois de iniciar o sistema, Theodore conhece Samantha, uma voz feminina que o surpreende com a sua sensibilidade, intuição e sentido de humor. Assim, à medida que o tempo vai passando, nasce entre ambos um sentimento de proximidade tão grande que acaba por se converter em algo que se começa a parecer cada vez mais com amor verdadeiro. Mas, apesar de toda a empatia, Samantha apenas é uma consciência incorpórea, o que faz Theodore sentir um misto de felicidade e inquietação. <br /> Com argumento e realização de Spike Jonze, um filme sobre a natureza do amor que conta com Joaquin Phoenix, Amy Adams, Rooney Mara, Olivia Wilde e Scarlett Johansson, que empresta a sua voz a Samantha. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Uma História de Amor

Vasco Câmara

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Uma História de Amor

Jorge Mourinha

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Fala com ela

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Her

Fernando Oliveira

A história de “Her”; que é apenas a quarta longa-metragem de ficção de Spike Jonze, realizador muito mais dedicado aos vídeo musicais e experiências muitas vezes bizarras em documentários; passa-se num futuro próximo, um mundo limpo que parece fisicamente paralisado, um mundo paralisado nas emoções. O trabalho de Theodore (um desempenho extraordinário de Joaquin Phoenix) diz-nos logo isso: ele escreve para os clientes cartas onde expõe os sentimentos que pelos vistos estes já não são capazes de exprimir por palavras. É um mundo onde comunicar é fácil, mas onde todos estão sozinhos, porque a tecnologia quase que substituiu a necessidade de contacto entre os seres humanos. Theodore vive a dor da recente separação da mulher que amou desde sempre, arrasta-se pela vida usando simulacros de felicidade como todos os outros personagens que vimos no filme, cada um mais patético do que o outro. Quando adquire um novo sistema operativo, o carácter humano “dela” faz com que se apaixonem um pelo outro… <br />Não será só um filme sobre esse mundo paradoxal; mas essencialmente um filme sobre como esse isolamento leva à efemeridade do amor ou mesmo de todas as emoções. Apenas sentem virtualmente. É um filme sobre ilusões, mas também não deixa de ser uma história de amor. “Her” é assim um filme que conta uma história de um amor diferente mas, ao mesmo tempo que discorre da solidão como a razão desse amor, nunca o julga, trata-o como igual – os dois aprendem a conhecer-se, e amar-se, pelo que diz o outro, pelas emoções que exprimem naquilo que dizem, e sem o toque entre os corpos, não é assim para toda a gente? – Até na sua evolução parece-se um amor como todos os outros. Um filme sobre a intimidade, sobre a complexidade do amor, que o argumento de Spike Jonze tem o mérito de contar como um que poderia ser entre dois humanos, mas que é entre um homem e um programa informático – e aqui Jonze ao usar a voz de Scarlett Johansson, torna impossível não pensar no seu corpo cada vez que ouvimos a voz de Samantha: é notável o momento em que arranja um corpo para a sua voz, que nos faz sentir o mesmo que Theodore sente, não é ela… – um sentimento tão essencial que é a sua falta que torna miseravelmente infelizes todas as personagens deste futuro com que o presente se parece cada vez mais. <br />É um daqueles filmes que vimos com um pesar de alma, com uma angústia aflitiva, com uma história que apesar de triste não deixa de ser muito bonita. Um pouco como as cartas que Theodore dita para o computador: são muito bonitas, mas profundamente tristes, porque não são verdadeiras. O argumento e a direcção de Spike Jonze são muitos bons; a fotografia de Hoyte van Hoytema sublinha prodigiosamente aquele mundo asséptico; Amy Adams, Rooney Mara são excelentes secundárias; num filme belíssimo sobre o amor, sobre a solidão, e sobre a solidão que acompanha todos os amantes. <br />em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Limbo

CMaria

Excelente ideia, péssima adaptação ao cinema.
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Vale a pena ver e rever este filme muito original

Ivo Miguel Barroso

O filme é muito original. Na verdade, nunca tinha visto um filme assim, de tão grande talento e visão. <br />É difícil de enquadrar nos géneros habituais, pois é drama, com momentos de comédia; é romântico; é ficção científica, mas muito diferente do género das que estamos habituados. <br />Vai para lá de “2001. Odisseia no espaço”; ou outros filmes em que os computadores ganham vida própria (como em “Star Wars”, com os dróides metalizados e, regra geral (com excepção de R2 e 3PO), a diabolização da máquina face ao homem, “Leitmotiv” de George Lucas; em “Superman”, para o mal). <br />Mas aqui tudo se passa sem um corpo; é apenas “software”. <br /> <br />Se se concretizará no futuro, não se sabe. <br />O certo é que é precursor e que abre portas. <br />Os visionários estão sempre à frente do seu tempo (por exemplo, Júlio Verne; Marsílio de Pádua; Montesquieu; Kant). <br /> <br />A perda de materialização das relações entre as pessoas é um dos tópicos do filme, mas não o principal. <br />O principal é os computadores, os sistemas operativos adquirirem sentimentos humanos de amor e afeição; tendo mesmo a capacidade de afastar a melancolia e solidão de Theodore, que se encontra “numa relação” com o Sistema Operativo “Samantha”. Como disse em comentário o JOSÉ MIGUEL COSTA, “Poderão as relações virtuais ser consideradas reais?". Poderão ter os computadores emoção? <br />Samantha, o Sistema Operativo, diz peremptoriamente que sim! <br />Mesmo o sexo virtual não é entre humanos (salvo quando Samantha convence Theodore a um curioso e original “mènage à trois”…), mas entre um homem e uma doce máquina… <br />Mais: Samantha é um Sistema Operativo que vai crescendo, apreendendo e absorvendo informação, à medida que a sua relação com Theodore avança. Será que isso pode acontecer com um computador: evoluir? <br /> <br />As relações relatadas no filme são diferentes das relações de amor entre os humanos: quando há paixão, ela ocupa todo o espaço. Neste caso, o Sistema Operativo Samantha está, no final do filme, revela estar em relação emocional com 641 sistemas operativos e não se aplica a teoria dos custos de oportunidade; isto é, continua a amar Theodore. <br /> <br /> <br />O filme tem algumas voltas e reviravoltas interessantes. Não é de todo entediante. É, na maioria das cenas, cativante, embora não pedante. <br /> <br />No final, os Sistemas Operativos vão-se embora, e deixam quem os criou e para quem foram configurados. <br />Estranho… A inteligência artificial adquiriu vida própria a ponto de se evadir. <br /> <br />O guião e a história de Spike Jones é muito bom. Não se trata de “cinema puro” (como o de Hitchcock) (em que a cena é mais importante do que a História); mas a colocação de uma série de cenários (interrogações?) sobre o que poderá suceder no futuro. <br /> <br />Se há crítica que se possa fazer ao filme, é que ele pode ser considerado algo pobre – mas tão rico em matéria reflexiva com que o espectador fica no fim de ver o filme…; “leve”, “light” na aparência – mas abordando e colocando em discussão items não discutidos, e, até hoje, cheio de respostas taxativas: a máquina, a inteligência artificial nunca seria capaz de superar o homem, nem de ter emoções de genuína autenticidade. <br />A crítica que considero mais poderosa é a de que o filme pode ser considerado “naïf” neste sentido: não há no filme perversão, maldade, nem entre os humanos, nem entre os sistemas operativos, nem entre as máquinas e os humanos. Há apenas a expressão de sentimentos como o puro amor, o ciúme, o sentimento de rejeição/recusa; algum sentimento de autocomiseração; estados depressivos (como o de Theodore, devido à mulher o ter deixado e ele não a conseguir esquecer, até que chega um computador). Nem mesmo nas cenas em que Theodore encontra uma mulher bonita, ele deixa de ser sincero, e deixar claro que não quer ir para além de uma aventura sexual (sendo o desejo da mulher algo mais do que isso, uma relação estável). <br /> <br />O actor principal, Joaquin Phoenix faz um bom papel. <br />A voz de Scarlett Johannsen resulta de uma forma perfeita: a mulher, perdão, o computador que nunca se tornará de carne e osso. <br />Quase nem se acredita como é que um filme consegue assentar praticamente em um homem falar sozinho com a voz de um sistema operativo, com o seu auricular, e com as imagens que lhe transmite através da sua câmara de telemóvel. <br /> <br />Isso permite lançar uma nova visão sobre as relações interpessoais, como o actor diz no final, em carta para a ex-mulher. <br /> <br />É sem dúvida um filme inesperado, revelador de um grande talento, diferente do que tudo o que vi até agora. <br /> <br />Comprova à sociedade que não é necessário um orçamento milionário para se fazer um bom ou excelente filme. <br /> <br />Nota que atribuo: 19 valores (porque não sei dar 20 valores sem perceber totalmente o filme… E compreendo que um filme precursor possa não ser entendido pelos seus contemporâneos). <br /> <br />Vale a pena ver e rever.
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please delete

tiago

Uma oportunidade perdida. A ideia poderia dar um filme interessante mas o realizador transforma-a numa estucha absolutamente pretensiosa. Só apetece dar umas chapadas ao Phoenix e dizer-lhe para ir gastar o talento com quem o mereça. A sua personagem não é mais que um ficheiro temporário pronto a ser deletado sem que nada se perca. Não admira que com tão mau user o SO tenha ida para outra dimensão...
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Uma Imensa Metáfora

Adriana

Imensa e bem construída metáfora sobre a solidão. Afinal, a paixão é sempre um estado estranho mesmo quando existe relativamente a alguém em concreto… diz a amiga de Theodore. Não há assim uma tão grande diferença entre a estranheza pela qual ele passa, emocionalmente ligado a um sistema operativo que tem voz, personalidade, emoções e sentimentos, e a estranheza na qual qualquer um que se apaixona vive. Sentida por muitos (erradamente?) como o principal antídoto contra a solidão, é neste quadro que a ligação amorosa é elaborada no filme. Interpretação notável do actor principal!
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SOFRIMENTO CINEMATOGRÁFICO

Toy PS

Crítica Cinematográfica: Porque será que existem "críticos de cinema" que sofrem tanto no visionamento de filmes? Existe um especialmente, Vasco Câmara (não confundir com a verdadeira Família Câmara), que escreve no único jornal diário que leio, Público, que pura e simplesmente não consegue dar mais de 2* seja a que filme for. Vá lá, deu 3* ao “All is lost” (Robert Redford). Como é possível um jornal como o Público contratar uma pessoa como esta? Confesso que de todos os críticos de cinema, os que mais gosto em solo pátrio são o Pedro Marta Santos, João Lopes, Luís Salvado e o Manuel S. Fonseca.
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Interessante

Cristian Barbarosie

A história deste filme é leve, até podíamos chamar-lhe fútil. É uma história de ficção científica em que o software chegou a ser mais inteligente do que os humanos e até a ter sentimentos. Apesar deste argumento superficial, o filme está muito bem feito e consegue cativar o espectador, com partes carregadas de emoção genuína. No fundo, o filme é um ensaio sobre a natureza e os limites do amor. Vale a pena ver.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Este "Her" com que o Spike Jonze nos brindou é drama, ficção científica, romance e até comédia (tudo misturado de um modo aparentemente "ligth"- e esta adjectivação aqui não é utilizada pejorativamente - com inteligência e grande sensibilidade, impedindo que a história de amor relatada, entre um homem e um sistema operacional, descambe no ridículo - e tal seria tão fácil, atendendo à temática em causa). Através deste harmonioso/clean "emaranhado cinematográfico" (condimentado com excelentes diálogos) vai questionando de uma forma singular, mordaz e introspectiva os relacionamentos interpessoais contemporâneos, cada vez mais dependentes das tecnologias (sendo a confraternização directa/socialização com o semelhante secundarizada em detrimento do "contacto digital" - motivo pelo qual a solidão vai invadindo os espaços cheios de "gente zombie").<br /><br />E entre as múltiplas questões que ficam a pairar sobre a nossa cabeça no final do filme duas delas ecoam de forma mais insistente: "Poderão as relações virtuais ser consideradas reais?" Irão as (exigentes) emoções reais ceder perante o poder ditatorial das máquinas? Não seria justo que terminasse sem realçar a importância das actuações soberbas de Joaquin Phoenix e da Scarlett Johansson (e embora desta última "só" lhe ouçamos a vós, acabamos por vê-la de corpo e alma - e que "corpo"!).
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Sweet

Rui P.

A ideia de base é muito interessante, foi inicialmente muito bem construída, apresentada e bem desenvolvida, mas um pouco depois do meio do filme, encravou; pena. Apesar da sua melancolia de fundo, aquele futurismo, simplicidade e até uma surpreendente autenticidade, porque não, é cativante em quase todo o filme. Claro que não se esteja à espera de acção filmográfica, nem é isso que foi pretendido. Só aquela voz sexy da OS1, dá muitos pontos... Gostei globalmente, 4*. Vê-lo-ia novamente. Cheers.
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Muito bom

Rui Franco

Um filme belo (para o qual contribui, em muito, a banda sonora). <br />Joaquin Phoenix dá-nos mais uma grande interpretação.
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