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Eu Amo-te Phillip Morris

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Comédia Dramática 102 min 2010 M/16 22/04/2010 EUA, FRA

Título Original

I Love You Phillip Morris

Sinopse

Steven Russel (Jim Carrey) passou metade da sua existência fiel ao estereótipo de homem bem enquadrado e perfeitamente adaptado: foi um bom cristão, um marido exemplar e um pai dedicado. Tudo isto até ao dia em que, após um acidente de carro, se dá a grande epifania da sua vida e se assume como homossexual. Decidido a mudar de rumo, deixa tudo e parte para a Florida. Aí tenta enquadrar-se na comunidade gay arranjando um esquema de pedidos de indemnizações que lhe garantem um luxuoso estilo de vida, forjando acidente atrás de acidente. Tudo parece correr-lhe de feição até ao dia em que se torna vítima dos seus próprios esquemas e é preso por fraude. E será durante essa estada num estabelecimento prisional que encontrará Phillip Morris (Ewan McGregor) por quem sentirá imediatamente um amor arrebatado que o levará às mais inconsequentes e arriscadas decisões da sua vida.<br /> Baseado num livro do jornalista Steven McVicker sobre a história verídica de um vigarista americano que se tornou famoso nos anos 90, é a estreia na realização da dupla de argumentistas Glenn Ficarra e John Requa.<br /> Após uma série de mirabolantes fugas ao presídio, o verdadeiro Steve Russel encontra-se hoje a cumprir 144 anos de prisão no estado do Texas. Phillip Morris vive incógnito intervindo, neste filme, como figurante anónimo.<p> </p> PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Vasco Câmara

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Mário Jorge Torres

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Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Até nem está nada mau

Jorge Jesus

O Jim Carrey torna-se gay depois dum acidente que quase lhe tirou a vida. Passa a viver de esquemas - um pouco como o José Sócrates, mas com mais respeito pela sociedade, já que as vítimas dos seus esquemas são as seguradoras - e assim consegue o dinheiro necessário para viver a vida de gay que é uma vida muito dispendiosa porque só em margaritas vai para cima de um montão de dinheiro por mês. Como não podia deixar de ser, nos EUA o sistema de justiça funciona e Carrey acaba por ir para a cadeia quando são descobertas as suas fraudes. Na cadeia conhece o amor verdadeiro. E aí começam os problemas. Mas o melhor é irem ver o filme.
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Catch me if You Can em pequena escala e gay

L.Carlos

Médio menos. Um 'Catch me if You Can' em pequena escala e gay; O que vale é o trabalho do actor Ewan McGregor. Mais um caso que se pode visionar bem em formato DVD, não gastem tempo e recursos p ir ver em película.
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Muito bom

Peter Lawrence

Quem quiser ver um filme cómico, divertido e bem realizado, tem neste filme uma boa oportunidade. Não sairão defraudadas as suas expectativas.
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Sem pré- CONCEITOS

Paula R.

Baseado na história real, de um condenado a prisão perpétua por sucessivas e agravadas burlas contra o Estado, o filme conta-nos a história de Steven Russel l( Jim Carey ) policia, bom pai, bom marido e um tranquilo e “integrado” elemento da cidade onde vive, até que um brutal acidente de viação o confronta com o desperdício de tempo e a falta de sentido da vida dupla que tem. Em plena intervenção de socorro do 112 e entre flashbacks de uma infância marcada pelo abandono da mãe e da inaptidão da familía de adopção que nunca lhe permitiram superar o permanente sentimento de abandono que traz em si - Steven Russell toma a firme decisão de pôr um ponto final àquela que sempre foi a grande mentira da sua vida - e assumir a sua homossexualidade. Separa-se da mulher e após tantos anos aperreado numa vida que não era a sua assume-se histrionicamente e reproduz o estereótipo gay: muda-se para Miami e de namorado pelo braço (Rodrigo Santoro) e lulus pela trela, passeia-se orgulhoso pelas avenidas da cidade e desenvolve um estilo de vida claramente acima das suas possibilidades que alimenta à custa da burla e que acaba por o levar à prisão. Prisão onde desenvolve uma improvável e recíproca história de amor com Phillip Morris (fantasticamente representado por Ewan McGregor), um homem aparentemente preso por causa injusta. Cumprida a pena, ao longo da qual se sucedem toda uma série de peripécias onde Steven Russell vai aprimorando os seus dotes de manipulador e burlão e Jim Carrey dá (e bem) largas à sua construção do personagem. O casal é finalmente liberto e ao que parece tem agora todas as condições para viver o seu amor, não fora (mais uma vez) a vida dupla “escolhida” por Steven Russell- agora na qualidade de burlão compulsivo. O filme desenvolve-se numa sucessão de peripécias onde Steven Russell vai até ao limite do absurdo, dando mostras das suas crescentes e cada vez mais imaginosas competências de burlão numa singular linkagem com a de amantíssimo namorado, cujo último e derradeiro golpe … até o espectador atinge. Um filme para ser visto sem pré-conceitos
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Apenas Regular

Fernando Costa

A julgar pelo “trailer” “I Love You Phillip Morris” (ILYPM) prometia ser um filme interessante sobre “coming out”, mas a verdade é que ILYPM é apenas e no máximo um filme regular. Rápida sinopse: Steve é um polícia respeitado, casado com uma mulher que o ama e que é tão boa pessoa e humilde que enjoa e ambos têm uma filha linda. Steve tem tudo, casa, carro, família, está integrado na sociedade mas há um pequeno detalhe…é que Steve é gay! Após descobrir o paradeiro de sua mãe e de esta o rejeitar novamente (Steve foi dado a adopção pela mãe quando era pequeno) Steve sofre um acidente de viação e decide viver a sua vida como ele é, e não como os outros esperam que ele seja. Deixa a mulher e o seu trabalho (que escolheu apenas para encontrar a sua mãe) e parte para a Florida. Mas o que rapidamente Steve se apercebe é que para viver como realmente é vai precisar de dinheiro, de muito dinheiro, e então determinado decide torna-se num vigarista, acabando por ser preso e encontrando na prisão o amor da sua vida, o Phillip Morris do título. O filme tenta explorar, sempre do ponto de vista da comédia, o que pode acontecer a uma pessoa que durante grande parte da sua vida escondeu o seu verdadeiro eu e as consequências que a mentira pode ter em termos de personalidade. E o que pode acontecer é exactamente aquilo que sucedeu à personagem de Jim Carey – o eu perdeu-se, a mentira é tão fácil como tomar um chá ou ir ao café. Steve é o homem que com o medo de ser rejeitado decidiu tornar-se no que a sociedade esperava dele e não no que ele era realmente, viveu o sonho dos outros em vez de viver o seu próprio sonho e desapareceu no meio de tantas personagens que criou para ele próprio. E Steve não consegue agora ver-se livre das mentiras, que passaram a fazem parte intrínseca da personagem. Mesmo depois de revelar que é gay e de ter cumprido pena de prisão por fraude de seguros, Steve torna-se num falso advogado e posteriormente num falso administrador financeiro, primeiro para ajudar uma amiga de Phillip (a quem tinha dito na prisão que era advogado) e depois para dar a Phillip a vida que ele sonhou. O que é trágico é que Steve consegue ter sucesso no que faz; é que Steve poderia ser tudo o que quisesse, só que depois de uma vida de farsa é para Steve impossível continuar a viver a vida negando-se aquilo que quer e ele fará tudo para o conseguir e para o conseguir rapidamente. Não pensem que Steve é pura e simplesmente um sociopata, não Steve realmente ama os seus companheiros, e acredita-se que até ame a sua ex-mulher; o mais trágico de tudo é que é essa capacidade de esconder (“escondi coisas toda a minha vida”, diz a personagem a certa altura), dissimular e falsear que ele desenvolveu para se integrar e da qual não consegue agora ver-se livre é a razão por qual Steve perderá aqueles que ama e Steve quer/precisa de ser amado. É claro que o que discutimos até aqui perde-se um pouco no meio da comédia que o filme nos apresenta, Carey entra bem no papel mas rapidamente resvala para a sua habitual comédia física de exageros e McGregor é desapontante com uma personagem tão estereotipada e limitada que dói (os maneirismos das personagens estão também demasiado presentes). O filme tem cenas hilariantes é claro, como a cena de intimidade do casal em que Steve está mecanicamente a fazer “amor” com a sua mulher, contraposta à fantástica cena em que nos apercebemos que Steve está a ter sexo com um homem. O filme trata a temática gay exclusivamente como “easy listening”; a obsessão com o sexo oral está desconfortavelmente presente para quem é heterossexual e Jim Carey e Ewan McGregor beijam-se, acariciam-se frequentemente e fazem bastante mais. É mesmo a pobreza da personagem de McGregor e a exuberância habitual de Carey e a falta de visão dos realizadores que contribuem para que o que poderia ter sido um grande filme seja apenas regular - o fundamental da história perde-se. É isto que nos leva a dizer que este filme poderia ter sido muito mais do que aquilo que é – temos de nos contentar com um filme divertido, não desprovido de ideias e que entretém – e já não é mau…
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Uma grande história de amor

Raúl Reis

Jim Carrey é Steven Russel, um típico americano de classe média que preenche todos os requisitos do sonho americano: tem uma casa com um relvado e uma cerca branquinha, filhos e um trabalho. Desde criança, Steven sabe que deve procurar a felicidade a qualquer preço. Custe o que custar. Após um acidente de carro que quase o mata, Steven toma a decisão da sua vida: sair do armário e assumir que é homossexual. Deitado na cama de hospital, Steven toma consciência de que deve ser verdadeiro consigo próprio para alcançar plena satisfação e, afinal, ser feliz de uma vez por todas. A história passa-se nos anos 80. Época em que ser “gay” implicava uma vida “jet set” ou uma certa discrição. Steven opta pela vida de luxo. Para manter o seu novo estilo de vida, a personagem interpretada por Jim Carrey decide optar pelo crime. Falsificação de cartões de crédito, falsos acidentes em supermercados para obter compensações... tudo vale para ganhar dinheiro. Só que os esquemas de Steven são descobertos e ele vai preso. É então que Seteven conhece um rapaz chamado Phillip Morris (Ewan McGregor). Depois de uma conversa na biblioteca da cadeia, os dois apaixonam-se loucamente. “I Love You Phillip Morris” é uma comédia com momentos divertidos, mas o filme escrito e dirigido por Glenn Ficarra e John Requa vai da comédia ao drama permanentemente. Os espectadores mais influenciáveis arriscam-se a passar do choro ao riso. Esta original história de amor é, surpreendentemente, baseada em factos reais e inspirou-se do livro “I love you Phillip Morris: a true story of life, love, and prison breaks” de Steve Mcvicker. Os realizadores nunca tentaram fazer do filme um panfleto a favor da causa “gay”, nem os actores quiseram concentrar as suas declarações no aspecto “gay” da história de amor. No festival de Sundance, um jornalista perguntou a Jim Carrey qual era a sensação de beijar Ewan McGregor?”. Carrey decidiu responder de forma divertida: “foi um sonho que se tornou realidade”, e acrescentou: “olhem bem para ele! É lindo!”. Com este tipo de respostas, os actores foram evitando entrar em polémicas pró-gay ou de hostilidade em relação aos homossexuais, apesar das tentativas trôpegas dos jornalistas. Os realizadores têm no currículo pelo menos um filme politicamente incorrecto: “Bad Santa”. Talvez por isso se esperasse um filme desagradável para os homossexuais. O resultado é claramente não-alinhado e mostra aspectos da vida de um casal “gay” que a maioria das pessoas desconhece. E com boas doses de humor, todas as mensagens passam. Juntamente com “Brüno”, “I Love You Phillip Morris” faz mais pela aceitação dos homossexuais na sociedade que os mais sérios filmes sobre o assunto.
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