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Espanglês

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Romance, Drama 130 min 2004 M/12 31/03/2005 EUA

Título Original

Spanglish

Sinopse

Flor (Paz Vega) é uma belíssima mexicana que é contratada para empregada doméstica da complicada família Clasky. Flor quer dar uma vida melhor à filha, mas cedo descobre que a vida nos Estados Unidos é mais complicada do que ela imaginava, sobretudo quando se é acolhida por uma excêntrica família americana. <p/> PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Espanglês

Mário Jorge Torres

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Críticas dos leitores

Não gostei

Ana

Na realidade, desaconselho vivamente este filme porque, além de maçador, é demasiado fantasista e não traz nada de novo ao nosso universo. A sério, não vão ver...
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Perdidos na tradução

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Há filmes assim… Perante o "trailer" e outros elementos do marketing de "Espanglês" ("Spanglish"), muitos espectadores poderiam ser levados a pensar que a película era mais um concentrado de "gags" inseridos num argumento indistinto e descartável, proporcionando mais uma banal comédia "mainstream" norte-americana. O facto de Adam Sandler estar entre os nomes do elenco apenas reforçava ainda mais essa ideia, tendo em conta os trabalhos habituais do actor - sim, houve "Punch Drunk Love – Embriagado de Amor", de Paul Thomas Anderson, mas é uma rara excepção – e, por isso, o filme não prometia apresentar nada de especialmente original ou estimulante.<BR/><BR/>Contudo, se "Espanglês" está longe de ser uma obra-prima, também não envereda por domínios tão fáceis e rotineiros como sugeria, tornando-se, de resto, numa agradável surpresa e num título bastante meritório. Pormenor relevante: James L. Brooks está a cargo da realização, e o cineasta já provou que consegue gerar títulos onde o drama e a comédia se mesclam de forma satisfatória, proporcionando sucessos de crítica e de público como "Laços de Ternura", "Edição Especial" e "Melhor é Impossível". Neste novo projecto, Brooks oferece uma interessante perspectiva sobre a (falta de) comunicação, o choque de culturas, a identidade e as relações familiares, abordando estas questões de forma sóbria e honesta num filme que cativa e envolve.<BR/><BR/>No cerne da acção encontra-se Flor, uma jovem mexicana que parte com a filha, Cristina, para os Estados Unidos e vai trabalhar em casa de uma família californiana da classe média alta. Ao fim de algum tempo, as duas vão viver para casa dos patrões, e aí adensa-se um tenso e progressivo contraste de mentalidades, valores e códigos culturais, onde os dramas pessoais das personagens (e são muitas) começam a interceptar-se.<BR/><BR/>"Espanglês" é um filme de actores, uma aposta claramente ganha quando as interpretações são convincentes, tanto no caos dos protagonistas como no dos secundários. Paz Vega, que já brilhou em filmes de Pedro Almodóvar ou Júlio Medem, acerta na mistura de sensibilidade e seriedade; Adam Sandler contorna registos histriónicos e segue rumos mais subtis, e Téa Leoni é exímia no papel de neurótica em convulsão, unindo dor e complexidade. Shelbie Bruce encarna a jovem Cristina de forma não menos notável – a comprovar na cena da tradução entre o diálogo de Sandler e Vega - e a veterana Cloris Leachman é igualmente subtil na sua composição de matriarca vivida e magoada.<BR/><BR/>O trabalho de realização de Brooks é discreto e minimalista, nunca caindo em caminhos ostensivos e dando espaço para as personagens respirarem, e o argumento é bem escrito, conseguindo conciliar momentos de humor com cenas de considerável tensão dramática. Mesmo assim, "Espanglês" nem sempre resulta, pois embora se afaste de muitos lugares comuns também abusa, a espaços, de um sentimentalismo algo óbvio e dispensável. No entanto, a honestidade e carisma do filme sobrepõem-se a esses pontuais desequilíbrios e fazem com que esta seja uma experiência cinematográfica muito digna e agradável. Classificação: 3,5/5 - Bom.
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Bom, muito bom

Miguel Bordalo (blogue Pastelinho)

Com o King Kard há filmes assim. Uma pessoa vai ao cinema por tudo e por nada e decidimos ir ver o ´"Spanglish", uma comédia romântica, um filme fácil. Eu gosto de filmes assim, bem mascarados. "Spanglish" não é uma comédia romântica, "Spanglish" é o filme anti-sonho americano. É o confronto entre a personalidade das pessoas e aquilo que o sonho americano representa, e que pode muitas vezes tornar-se um entusiasmo exacerbado atropelante. "Spanglish" é sobre uma família disfuncional que tem como centro o homem mais perfeito alguma vez filmado, que carrega sobre os seus ombros o sonho de ser pai de uma família a cima de todas as outras coisas. É exímio no seu trabalho mas sabe que a sua arte o pode afastar daquilo que realmente gosta, e daqueles que realmente importam.<br/><br/>Tenta cuidar de uma mulher que se encontra no limite da insanidade e de dois filhos normais com os problemas que os filhos normais têm, mas que nunca, como pai perfeito, deixa de compreender, nem os diminui de maneira alguma. Adam Sandler é perfeito a fazer o papel de pai, Téa Leoni também está a cima da média no seu e a mãe... a mãe é fantástica! Cloris Leachman é a melhor peça do filme a nível de comédia. Adam Sandler prova mais uma vez que é capaz de fazer mais que comédia, porque este homem perfeito atravessa a crise familiar toda numa tensão evidente e muito bem interpretada.<br/><br/>Depois chega Paz Veja, a mãe da observadora, a mulher que vai ser responsável pela segunda intenção do filme, uma espécie de uma purgação do sonho americano, um assentar os pés na terra, para mostrar a importância dos valores. Ainda que para mim me pareçam exagerados, o personagem é coerente e muito bem desenhado para que se perceba que nem toda a gente procura a oportunidade, o facilitismo. Muito interessante este filme, se passarmos para além da comédia.
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Pior filme do ano

Miguel Santos

Fiquei muito desiludido quando percebi que as únicas cenas cómicas do filme são aquelas que aparecem no "trailer". O filme é muito semelhante a uma novela, das más. É muito, muito mau e quando uma piada era boa, já ninguém se ria, de tantas desgraças e tristezas que tinham acontecido anteriormente. Para acabar e a quem ler esta crítica, peço-vos, não vejam este filme deprimente e chato. É daqueles filmes que destrói a auto-estima de qualquer um, por ser tão mau.
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