Cowboys e Aliens

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Western, Ficção Científica 119 min 2011 M/12 18/08/2011 EUA, Índia

Título Original

Cowboys And Aliens

Sinopse

<p>Velho Oeste, 1873. Um homem (Daniel Craig) acorda sem memória em Absolution, uma pequena cidade perdida no deserto, com uma misteriosa pulseira no pulso direito. Desorientado e ferido, ele rapidamente se dá conta que, na cidade, os forasteiros não são bem-vindos e que não é o xerife, mas o temível coronel Dolarhyde (Harrison Ford), quem dita as leis da terra e dos homens. Quando, a meio de uma rixa, a cidade é atacada por naves alienígena, a população vive momentos de pânico e algumas pessoas são raptadas. É então que o forasteiro, usando o estranho aparelho à volta do seu pulso, consegue abater uma das naves, tornando-se na única esperança de salvação de uma população aterrorizada. E é assim que, numa estranha conjugação de forças, ele se une a cowboys, criminosos e apaches, combatendo um adversário que não tenciona deixar ninguém vivo. <br />Com a realização de Jon Favreau (“Homem de Ferro”) e com a experiência de Steven Spielberg, Ron Howard, Brian Grazer e Alex Kurtzman na equipa de produção, um filme de acção baseado na novela gráfica, criada em 2006, por Scott Mitchell Rosenberg, que cruza a ficção científica ao western clássico. PÚBLICO </p>

Críticas Ípsilon

Cowboys & Aliens

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Ridículo!

Isabel

Não vale a pena a perda de tempo!<br />Bons actores num filme péssimo. História linear, textos muito pobres, bonecos saltadores, etc. Enfim, duas horas maçadoras.
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Dinheiro a mais e cinema a menos

Pedro Vardasca

<p>Há, no seio da cultura popular, provas muito significativas de que a mobilização de recursos extraordinários não é, por si, um factor decisivo para o produto de determinada empreitada. O caso da música é bastante explícito quando atentamos a alguns pastelões gerados pelo rock progressivo dos anos 70, indubitavelmente repletos de virtuosismo técnico e de parafernália instrumental, mas carentes da subtileza poética que distingue os feitos de eleição ou, se preferirem, a riqueza de meios está muito longe de garantir a preservação do sentido auditivo de cada um. Em contraponto, a escassez pode operar verdadeiros milagres, como bem demonstraram os galeses Young Marble Giants em "Colossal Youth", obra-mestra do minimalismo pop.<br /><br />Na arte do cinema, a questão coloca-se igualmente, o que suscita problemas na actualização de certos géneros cinematográficos, outrora muito populares, mas com menor expressão no presente. "Cowboys & Aliens" é o exemplo perfeito de uma incongruência difícil de resolver. Na verdade, o género em que se insere - a ficção científica, aqui centrada na temática da invasão do território humano - foi particularmente explorado nas décadas de 40, 50 e 60, filão que metaforizava o perigo, tido quase por alienígena, com origem no Império Soviético - então fonte de toda a malignidade deste mundo -, o que ancorava este cinema à dicotomia típica da Guerra Fria. <br /><br />É exactamente por isto que entendemos o aparato visual deste cinema como um meio auxiliar para histórias engenhosas, que faziam desembarcar na Terra marcianos, presumivelmente esverdeados, monstros de proveniência diversa ou corruptores invisíveis da fisiologia terrestre. Fazendo muitas vezes recurso da fotografia a preto e branco, beneficiavam do reduzido desenvolvimento da tecnologia dos efeitos especiais, habilmente utilizados na exploração do medo e da dúvida dos espectadores, essencialmente sugerindo, sem revelar os contornos precisos da ameaça, que era um inimigo diluído na multidão.<br /><br />Depois, a tensão entre os blocos desfez-se lentamente e o cinema ficou órfão de um conflito útil para a indústria. "Cowboys & Aliens" faz parte desta era pós-comunista que carece, mais do que anteriormente, do talento dos argumentistas, limitados na utilização de materiais significativos para o público. Neste caso, a ideia de uma espécie agressiva vinda de um qualquer lugarejo do Universo em busca de ouro no velho oeste é razoavelmente feliz, mas os problemas deste provável sucesso estival - como prova o recurso a duas figuras gradas de Hollywood, Harrison Ford e Daniel Craig, aqui mais chamarizes do que propriamente actores - são outros, como a abundância e a sobreexposição. <br /><br />Assim, o frenesim visual é tremendo, com a utilização de meios tecnológicos que circunscrevem mais a respiração da narrativa do que a libertam. Em boa parte, é esta literalidade das imagens que impede outros voos para um filme em que o perigo extraterrestre procede mais da imagem dos invasores - verdes, terrivelmente monstruosos e letais - e menos de um qualquer tipo de angústia que se apodere dos nossos corpos, entidades excessivamente passivas na escuridão da sala. É neste ponto que se questiona a gestão da tecnologia, cuja torrente não chega para edificar uma obra sólida, com fundações em personagens que não se esgotem na unidimensionalidade. <br /><br />Ainda assim, "Cowboys & Aliens" será com certeza um bom divertimento para o calor do Verão, que consegue a proeza de arregimentar sob a mesma bandeira bons e maus, índios, salteadores, rancheiros, agentes da autoridade, uma criança, um cão e até uma amiga vinda das estrelas, mas não ambiciona constituir-se como referência de qualquer tipo, como conseguiu, por exemplo, o sul-africano "Distrito 9", que contextualiza num cenário de ficção científica a desumanidade quotidiana das megas urbes. Mas este western com lasers carece irremediavelmente de um fôlego que vá muito além do artifício visual.<br /><br />Ao invés, para ser um verdadeiro herdeiro de outros tempos, sugerir-se-ia uma boa dose de exiguidade financeira, o que pode ser uma riqueza de valor inestimável. Talvez esta penúria cativasse o interesse - e por acrescento o génio - de John Carpenter, um autor que compreende na perfeição que o menos pode, sem sombra de dúvida, ser mais. Moral da história: um filme a ver como se bebe uma cerveja refrescante no ocaso do dia, com uma actividade cerebral estacionada nos mínimos aconselhados.</p>
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