Click
Título Original
Click
Sinopse
Realizado por
Frank Coraci
Elenco
Adam Sandler, Christopher Walken, Kate Beckinsale, David Hasselhoff
Críticas Ípsilon
Do céu caiu um controle remoto
Ler maisCríticas dos leitores
Inês Santos
Concordo que o filme "Click" nunca poderia estar no patamar dos Óscares, mas daí a ser intitulado uns dos candidatos a pior filme do ano acho um tremendo exagero! É um filme leve, que dá para rir e também para chorar e que nos faz pensar em certas coisas, não de uma maneira demasiado séria mas mais descontraida. Se não se criar a expectativa de uma grande obra cinematográfica é uma extremamente agradável de se ver! E qual é o problema de mencionar "junk food" ou a era Dr.Phil? Muitos outros filmes abordam "junk food" e outros assuntos bem mais controversos e ninguém faz muito alarido! E na questão do Dr.Phil... ainda pensam que os psicólogos são só para malucos?
Raquel
É impossível concordar com os críticos, raramente estamos de acordo, por isso já sabem, nunca vão por o que eles dizem! Este não é um filme espectacular, mas dá sem dúvida para dar umas boas gargalhadas e para tirar uma lição (já velha, mas pronto). Aconselho para quem quiser dar umas boas gargalhadas. Não percebo como é que os críticos criticam este filme desta maneira e depois há outros, tipo aquele das serpentes, que é bem pior, que até leva mais estrelas do que filmes muito bons... Bah! Intelectualóides!
José Gouveia
Um filme agradável. Não podemos dizer que seja uma comédia de topo, mas dá para passar um bom momento. Ideal para quem trabalha muito: um exemplo que o trabalho não é tudo.
Hugo Char
Mais uma bimbalhice, não tão triste como os filmes "World Trade Center" ou "Voo 93", mas quase... Ou seja, mais um filme-pipocas!
Carlos Natálio - www.c7nema.net
Reparando bem, é bastante curioso que ninguém ainda antes se tivesse lembrado de juntar as duas linhas estruturantes de "Click", de Frank Coraci. Isto porque parecem tratar-se de dois universos mesmo a pedir para se encontrarem. Por um lado, a mil vezes adaptada (e mil vezes oportunisticamente descontextualizada) estrutura tripartida e moralista de "A Christmas Carol" de Charles Dickens. Por outro, o mundo familiar, bonacheirão e maniqueísta em que se movem quase todas as personagens de Adam Sandler. Desta vez, não é de ganância e falta de espírito natalício que se fala, mas antes do muito contemporâneo binómio vida familiar/vida profissional.<BR/><BR/>Assim, Sandler é Michael Newman, um arquitecto que está a dois passos de lhe ser oferecida parceria no escritório, pelo seu patrão Ammer (David Hasselhoff). Enquanto isso não acontece, vê-se forçado a adiar sucessivos compromissos familiares, deixando a sua esposa Donna (Kate Beckinsale) e seus dois filhos à beira de um ataque de nervos. Vem bem a calhar a Michael, quando numa noite em que sai para comprar um comando universal, um estranho cientista, um estranho Christopher Walken, lhe dá um comando da sua própria vida. Com ele, pode pausar, fazer "fast forward" ou "rewind" tal como se passasse pela sua vida como visse um DVD. É óbvio que esta destrambelhada passagem do tempo proporcionada pelo comando rapidamente fica fora do controlo do seu protagonista, ou Michael não reincidisse no erro de Aladino na escolha desacautelada dos três desejos concedidos pelo génio da lâmpada.<BR/><BR/>Desta forma, vem juntar-se aos dois mundos inicialmente referidos, um terceiro: uma não muito profunda, embora interessante, reflexão sobre o poder da imagem e da tecnologia, como suportes construtores da própria vida. O acto de não viver mas ver-nos a viver, como de certa forma acautelava o situacionismo de Debord. Permitindo assim inscrever este "Click" em 2ares próximos" a "The Truman Show" ou "Ed TV". A não mais que esboçada "mise-en-abîme" que a obra sugere, certamente se completará quando tivermos a oportunidade de ver "Click" nas nossas casas, em formato DVD.<BR/><BR/>O tempo esse, passado em elipses descontroladas, talvez fosse um convite a Coraci para usar Sandler num desfile de "gags" ordinários já vistos em obras como "Mr Deeds", "Little Nicky" ou "Anger Management". Se bem que tais desvarios estão sempre presentes, numa espécie de "trademark" de Sandler, o filme sobrevive, estranhamente ou não, pela boa gestão das principais personagens, dando ao inquestionável talento de Sandler um arquitecto que se arrisca a passar uma vida inteira sem ele próprio e sem as pessoas que gosta. Ou na construção serena e muito humorada de Morty, o cientista guardião de Christopher Walken.<BR/><BR/>E numa visão familiar sobre a tecnologia, a mensagem contra os avanços desmesurados da mesma é clara: na forma como os vizinhos detentores dos "gadgets" mais avançados saem ridicularizados, na forma como se deve privilegiar a família em detrimento do trabalho e sobretudo como se aconselha a ver e participar em contínuo na nossa própria vida. Aliás, trata-se de um filme sobre a tecnologia que apela a um certo conservadorismo narrativo para, a espaços, poder triunfar. Nota: 5,5/10.
Tiago Santos
Sr. Mourinha, nem todos os filmes pretendem mudar o mundo. Sandler é fraquinho, de facto, mas toda a gente sabe isso desde o SNL, so what? Não deixa de ser um "funny man".
Ricardo Soares
Filme giro e agradável, onde se passa um bom bocado, pois deu para me rir, chorar e pensar sobre maneiras de estar na vida!
Nuno Pais
Sim, chamemos os bois pelos nomes: os críticos do "Público" precisam de reciclagem imediata em nome de melhor ambiente, i.e., precisam que, depois do "Pilhão", se crie o "Cinzentão", para pôr estes tretas sempre incomodados com o lado leve da vida, aquele lado por vezes absurdo mas sorridente, aquele lado que, cinematograficamente falando, nos faz esquecer a quantidade de pessoas que vê e acha "graça" filmes como "Hostel" e outro tipo de lixo que para aí anda. Não será preciso mencionar que rir faz bem à saúde, não obstante ser necessário compreender que o humor é variável e, por isso mesmo, o que me faz rir pode fazer chorar outra pessoa. Por acréscimo, escusado será dizer que um filme que conte com a participação de Adam Sandler dificilmente será uma obra-prima, precisamente porque o público ao qual este filme se dirige não gosta de obras-primas - pelo menos naquele momento, onde, na saturação do que quer que seja da sua vida pessoal, opta por comprar um bilhete para se divertir.<BR/><BR/>Será que consegue? Na opinião crítica dos cinzentões do costume, é difícil, mas provável. Atente-se por favor à crítica aqui existente: "Dr. Phil", "junk food", "escatológico-infantil" e "melodrama açucarado e peganhento", tudo junto, é sem dúvida uma mescla de "Noddy", "Floribella" e "Dallas", ou seja, um filme familiar, quase um anúncio da "Pepsodent"! O melhor mesmo é ver por si próprio.<BR/><BR/>Finalizando, "Click" é uma comédia dramática que às vezes descamba para a profunda estupidez (carregar no "fast foward"), mas que consegue emocionar o espectador pela sua mensagem (carregar no "pause") e que faz rir aqui e ali com alguma inteligência (carregar no "rewind" e no "play" novamente). Dentro do género, entre duas e três estrelas.
Pedro Carreira
Excelente filme dentro do género cómico. Já não me partia a rir tanto com um filme faz muito tempo! Claro, isto para quem vá ver o filme com vontade de apenas dar umas boas gargalhadas. Agora, quem for ver o filme analisando todo e qualquer pormenor sobre a sociedade em que vivemos, então esqueça! Não vai aproveitar nada mesmo. :P Recomendo o filme. :)
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