Casablanca
Título Original
Casablanca
Realizado por
Elenco
Sinopse
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Casablanca
Fernando Oliveira
Muito mais que um filme “Casablanca” é uma referência fundamental na mitologia das artes narrativas do século XX. Mas também é só um filme; um filme que através da sua estrutura dramática nos faz sentir de forma sublime o poder imenso do Cinema.
Filme triste sobre o sacrifício do amor perante a história colectiva, “Casablanca” foi uma produção sem grandes ambições, confusa e difícil; com três (ou quatro) argumentistas a “remarem” cada um para o seu lado (diz-se que a ambiguidade que Ingrid Bergman dá à sua personagem, Ilse, tem a ver com a indefinição, que se manteve quase até ao fim da produção do filme, do que iria acontecer entre ela e Rick; diz-se, também, que aquele ar profundamente melancólico tem a ver com facto de Bergman ter sido informada durante a rodagem do filme que havia a possibilidade de perder o papel de Maria em “Por Quem os Sinos Dobram”); um melodrama passado em lugares exóticos (como sempre por estes tempos, recriados em estúdio de forma muito fantasiosa) com um argumento sublinhando uma forte mensagem anti-nazi.
O que faz a diferença neste filme (mas não lhe explica o imenso fascínio) é a conjugação feliz e perfeita do trabalho e da arte dos que nele participaram. Obviamente, o carisma de Bogart e Bergman, que só não ficaram definitivamente marcados por estas personagens porque foram o que foram na história da arte de representar no Cinema, acompanhados por um magnífico grupo de secundários: por exemplo Claude Rains, Peter Lorre ou Dooley Wilson. Ou a forma como Michael Curtiz (ele que realizava dois ou três filmes por ano, mas que mesmo como “funcionário” conseguiu dar ao Cinema meia dúzia de obras-primas) consegue gerir a espécie de caos que lhe aparecia todos os dias, e parece que sublimou a conjugação dos esforços individuais. Cada qual para o seu lado, ou não, os sublimes diálogos dos irmãos Epstein e de Howard Koch (conta-se sobre um quarto argumentista contratado pelo produtor); a música de Max Steiner. E a canção, “As times goes by”, escrita por Herman Hupfeld (quem?), que ficará para sempre a canção de todos os amores perdidos, ou impossíveis.
Amor perdido, amor impossível? Como, se no fim ficamos com a sensação de que a paixão e amor triunfam? Nem que seja nas memórias que os personagens têm do que sentiram em Paris, e do que sentiram em Casablanca. Ou do que nós sentimos cada vez que a este filme voltamos. Sentimo-nos com Ilse em Paris: “Isto são tiros de canhão, ou é o meu coração a bater?”. Se calhar o imenso fascínio deste filme explica-se com uma simples frase: isto é Cinema. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
Casablanca
José Viegas
We'll always have Paris
Gabriel Bonito
Viva o cinema classico
Anabela Almeida
Cinema classico vs cinema moderno
carlos faria
Casablanca...Lisboa
Luís
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