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Beautiful Boy

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Biografia, Drama 112 min 2018 M/16 29/11/2018 EUA

Título Original

Sinopse

Com artigos em publicações como "The New York Times", "Rolling Stone", "Playboy", "Wired" ou "Fortune", o jornalista David Sheff sente que está a viver um bom momento na sua vida. Até descobrir que Nic, o filho mais velho, se debate com um grave problema de dependência de drogas. A descoberta deixa-o chocado, pois sempre se sentiu muito próximo dos filhos, em particular de Nic.

Determinado a não baixar os braços, interna-o numa clínica de reabilitação para jovens toxicodependentes. Mas, apesar dos aparentes progressos de cada terapia, o adolescente acaba por ter recaídas constantes. Com a família em ruptura, David resolve investigar a fundo a toxicodependência, acreditando que, se compreender o problema em todas as suas dimensões, poderá encontrar a solução para o seu filho.

Estreia na realização em língua inglesa do belga Felix Van Groeningen (Ciclo Interrompido), um drama que tem por base o aclamado livro de memórias "Beautiful Boy: A Father's Journey Through His Son's Addiction", de David Sheff, e também "Tweak: Growing Up on Methamphetamines", que narra a própria experiência de Nic Sheff.

Estreado internacionalmente no Festival de Cinema de Toronto, é protagonizado por Steve Carell, Timothée Chalamet, Maura Tierney e Amy Ryan. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Duro amor de pai

Luís Miguel Oliveira

Alguns inescapáveis clichés, mais ou menos “didácticos”, do típico filme sobre os “malefícios da droga”.

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Críticas dos leitores

Pais e filhos

Marcelo Alves

Talvez por vir de uma carreira mais sólida em filmes de comédia e até por preconceito com o gênero, poucas vezes percebemos o quão bom ator é Steve Carell. Suas escolhas recentes, porém, só servem para reforçar o talento do “Virgem de 40 anos” (2005) também como ator dramático. “Foxcatcher: uma história que chocou o mundo” (2014) e principalmente “A grande aposta” (2015) já exibiam a sua versatilidade. E quando ele mergulhou em dramas como “A melhor escolha” (2017) e o mais recente "Beautiful Boy" (2018), Carell justificou ainda mais as escolhas feitas por diferentes diretores pelo seu trabalho. <br /> <br />Há algumas semelhanças entre estes dois filmes mais recentes. “A melhor escolha” é a história de um pai que perde o filho na guerra do Iraque e só quer enterrá-lo enquanto vive o seu luto ao lado dos amigos companheiros da guerra do Vietnã. "Beautiful Boy" é a história de um pai, uma família, mas muito centrada neste pai, que lida com o vício de drogas do seu filho mais velho. Em ambos o trabalho Carell é preciso, tocante e com a segurança de veteranos experientes atores dramáticos. <br /> <br />O seu David Sheff é um dos pontos fortes de "Beautiful Boy". O outro é o trabalho do seu colega de cena Timotheé Chalamet. Com apenas 23 anos, o ator vem se consolidando como um forte nome no cinema com atuações cada vez melhores. Chalamet já havia chamado a atenção no drama “Me chame pelo seu nome” (2017), quando fazia o jovem Elio, que se apaixonava por um escritor americano, seu primeiro amor. Em "Beautiful Boy", ele traz a carga dramática necessária à história de Nic e não cai no exagero dos devaneios de loucura pelo uso de drogas tão frequentes em filmes que reportam esse tipo de problema. <br /> <br />A dor de Nic é absurdamente palpável. O seu desespero por sair dela também. A depressão entremeada por momentos de falsa alegria, pois sabia-se o quanto Nic sofria por dentro, estão vivas nos olhos de Chalamet. <br /> <br />"Beautiful Boy" é um filme duro de ver. Uma história real sobre uma família que tinha tudo para ser perfeita e é dragada pelo problema das drogas. Em especial o uso de metanfetamina. Mas ao mesmo tempo é de uma beleza ímpar, ou talvez difícil de descrever por mostrar essa força da relação entre pai e filho. Uma força quase inquebrantável até mesmo quando David vê a necessidade de sair de cena para se recompor. E quão belo é o trabalho de Carell ao carregar todas essas nuances consigo. <br /> <br />E neste ponto é preciso falar de outra questão fundamental na construção desta história: a edição do filme de Felix van Groeningen, o mesmo diretor de “Alabama Monroe” (2012). A ideia de construir uma história fragmentária com pedaços do passado e do presente misturando-se era arriscada, poderia causar confusão, mas ficou muito bem feita. Nela, íamos entendendo aos poucos aquela relação de amor entre pai e filho, a forma como Nic mergulhou nas drogas, se afastou do pai, os erros de cada um, as suas idas e vindas, o fundo do poço... Uma estrutura não linear que trouxe ao filme momentos de pura poesia. <br /> <br />"Beautiful Boy" fala de um tema muito sério, a dependência química, mas sem cair em falsos moralismos. Por outro lado, é também um filme sobre a força do amor. O amor de um pai pelo filho, de uma família toda por esse filho e sobre não desistir jamais. Mesmo quando tudo parece perdido. E ainda tem uma excelente trilha sonora.
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Pais e filhos

Marcelo Alves

Talvez por vir de uma carreira mais sólida em filmes de comédia e até por preconceito com o gênero, poucas vezes percebemos o quão bom ator é Steve Carell. Suas escolhas recentes, porém, só servem para reforçar o talento do “Virgem de 40 anos” (2005) também como ator dramático. “Foxcatcher: uma história que chocou o mundo” (2014) e principalmente “A grande aposta” (2015) já exibiam a sua versatilidade. E quando ele mergulhou em dramas como “A melhor escolha” (2017) e o mais recente "Beautiful Boy" (2018), Carell justificou ainda mais as escolhas feitas por diferentes diretores pelo seu trabalho. <br /> <br />Há algumas semelhanças entre estes dois filmes mais recentes. “A melhor escolha” é a história de um pai que perde o filho na guerra do Iraque e só quer enterrá-lo enquanto vive o seu luto ao lado dos amigos companheiros da guerra do Vietnã. "Beautiful Boy" é a história de um pai, uma família, mas muito centrada neste pai, que lida com o vício de drogas do seu filho mais velho. Em ambos o trabalho Carell é preciso, tocante e com a segurança de veteranos experientes atores dramáticos. <br /> <br />O seu David Sheff é um dos pontos fortes de "Beautiful Boy". O outro é o trabalho do seu colega de cena Timotheé Chalamet. Com apenas 23 anos, o ator vem se consolidando como um forte nome no cinema com atuações cada vez melhores. Chalamet já havia chamado a atenção no drama “Me chame pelo seu nome” (2017), quando fazia o jovem Elio, que se apaixonava por um escritor americano, seu primeiro amor. Em "Beautiful Boy", ele traz a carga dramática necessária à história de Nic e não cai no exagero dos devaneios de loucura pelo uso de drogas tão frequentes em filmes que reportam esse tipo de problema. <br /> <br />A dor de Nic é absurdamente palpável. O seu desespero por sair dela também. A depressão entremeada por momentos de falsa alegria, pois sabia-se o quanto Nic sofria por dentro, estão vivas nos olhos de Chalamet. <br /> <br />"Beautiful Boy" é um filme duro de ver. Uma história real sobre uma família que tinha tudo para ser perfeita e é dragada pelo problema das drogas. Em especial o uso de metanfetamina. Mas ao mesmo tempo é de uma beleza ímpar, ou talvez difícil de descrever por mostrar essa força da relação entre pai e filho. Uma força quase inquebrantável até mesmo quando David vê a necessidade de sair de cena para se recompor. E quão belo é o trabalho de Carell ao carregar todas essas nuances consigo. <br /> <br />E neste ponto é preciso falar de outra questão fundamental na construção desta história: a edição do filme de Felix van Groeningen, o mesmo diretor de “Alabama Monroe” (2012). A ideia de construir uma história fragmentária com pedaços do passado e do presente misturando-se era arriscada, poderia causar confusão, mas ficou muito bem feita. Nela, íamos entendendo aos poucos aquela relação de amor entre pai e filho, a forma como Nic mergulhou nas drogas, se afastou do pai, os erros de cada um, as suas idas e vindas, o fundo do poço... Uma estrutura não linear que trouxe ao filme momentos de pura poesia. <br /> <br />"Beautiful Boy" fala de um tema muito sério, a dependência química, mas sem cair em falsos moralismos. Por outro lado, é também um filme sobre a força do amor. O amor de um pai pelo filho, de uma família toda por esse filho e sobre não desistir jamais. Mesmo quando tudo parece perdido. E ainda tem uma excelente trilha sonora.
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Bom filme

Diogo Sousa

Excelentes desempenhos do filho e do pai. Vale a pena ver.
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3 estrelas

José Miguel Costa

Em 2015 Félix van Groeningen deu-me um brutal murro no estômago com o filme "Ciclo Interrompido", pelo que a expectativa em relação à sua nova obra, "Beautiful Boy", era necessariamente elevada (tanto mais que tem granjeado simpatia em vários festivais e, inclusive, já existe muito "burburinho de Óscares" em seu torno). <br /> No entanto, "Beatiful Boy" é pouco mais que um (desinspirado) drama familiar mediano que explora, pela "milionésima vez" (sem lhe acrescentar qualquer característica e/ou perspectiva diferenciadora), a lenga-lenga do rastro destrutivo da dependência das drogas no seio de uma "família feliz" da classe média americana (neste caso, tendo por base a história verídica do famoso jornalista David Sheff - e do seu filho, que se iniciou no consumo de metanfetaminas na adolescência). <br /> <br />Apesar de tudo, não se pode deixar de reconhecer que é um filme simples/honesto (que resiste à tentação da "história de superação heróica") com uma estrutura narrativa milimetricamente desenhada (intercalada com competentes flashbacks, que se constituem como a sua "coluna dorsal"), isento de sensacionalismos, didactismos e tentativas de explicações psicossociológicas sobre a eclosão do vicio ("não abdicando", todavia, do tradicional ciclo de crises, recusas em reconhecer a dependência, processos de desintoxicação falhados, regressos ao vício, comportamentos extremos por parte do toxicodependente e consequente angústia e impotência vivenciada pelos restantes membros da família). <br /> Para além do mais (e acima de tudo), é protagonizado pela nova coqueluche da sétima arte, o magnético TIMOTHÉE CHALAMET (e atrevo-me a afirmar que sem Ele a película não teria "nem um décimo do brilho"), e possui uma banda sonora de excelênciaaa (Nirvana, Sigur Ros, Massive Attack, David Bowie, Mogwai, Neil Young, John Lennon, Zolla Jesus ...)
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A dificuldade do amor

Helena Costa

Como o comentário anterior refere, Steve Carell redime-se completamente com esta difícil interpretação. O Thimothée, que já nos tinha presenteado com o "Call Me", volta a distinguir-se. Adorei. É difícil amar, mesmo quando o amor é incondicional.
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Beatiful filme

Raul Gomes

<p>Com uma interpretação consistente e notável de Steve Carel, que cada vez mais se supera em filmes de drama, fazendo-nos esquecer os pobres filmes de comédia que fez. O papel de pai presente, amigo, companheiro, e de porto de abrigo muitas vezes, tenta com a ajuda da família, ser uma espécie de ilha, que o filho "náufrago" aporta algumas vezes. </p><p>Tenta não de deixar derrotar, mas é uma luta desigual e para a qual ele não estava preparado, pois tudo fez, para que a "adição" não lhe batesse à porta. Luta, desiste, mas reergue-se pelo amor desmesurado ao filho e à família, que tenta manter unida. Um testemunho real, escrito em duas versões, do salvador e do "naufrago", que nos deixa um pouco angustiado, pela realidade que é insuportável, porque muitas das vezes é insuportável a realidade da vida.</p>
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