O Azul do Cafetã
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Realizado por
Elenco
Sinopse
Halim e Mina (Saleh Bakri e Lubna Azabal, respectivamente) possuem uma loja na cidade de Salé (Marrocos), onde costuram e vendem cafetãs, as tradicionais túnicas debruadas muito usadas por mulheres marroquinas. Um dia, contratam os serviços de Youssef (Ayoub Missioui), um jovem aprendiz com a mesma devoção à delicada arte da costura e debruo. Mas a sua chegada, em especial a proximidade que se cria entre ele e Halim, vai transformar a dinâmica entre marido e mulher.
Segunda longa-metragem da marroquina Maryam Touzani, depois de “Adam” (2019), “O Azul do Cafetã” recebeu o prémio do Júri no Festival de Cinema de Marraquexe e o FIPRESCI no Festival de Cinema de Cannes (secção “Un Certain Regard). PÚBLICO
Críticas Ípsilon
O Azul do Cafetã: um alfaiate na sombra
Um filme inteligente, mas um pouco aquém do que podia ser.
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4 estrelas
José Miguel Costa
"O Azul de Cafetã", segunda longa-metragem da marroquina Maryam Touzani (premiada no Festival de Cannes), é um intimista e delicado drama que se debruça sobre a evolução das dinâmicas relacionais de um triângulo amoroso (quase platónico), que envolve um artesão de uma loja cafetãs (túnica tradicional feminina) da medina de Salé, a sua mulher de "conveniência" (que muito respeita e acarinha genuinamente) gravemente doente e um jovem aprendiz recém-admitido. A obra, detentora de um subtil cariz político (já que a homossexualidade ainda é punida por lei em Marrocos), brilha sobretudo enquanto produto estético impregnado de lirismo visual (que aposta no formalismo, e num ritmo paciente, para que não percamos qualquer detalhe ou o "não dito").
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