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Anora

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Comédia Romântica 139 min 2024 M/16 31/10/2024 EUA

Título Original

Sinopse

A vida de Anora Mikheeva (Mikey Madison), uma jovem "stripper" cheia de sonhos, muda radicalmente quando conhece Ivan Zakharov (Mark Eydelshteyn), que se apaixona por ela e lhe pede a mão em casamento. Depois de uma breve cerimónia em Las Vegas, os dois vivem momentos de pura paixão e entrega. Mas ele é filho de uma poderosa família de oligarcas russos e quando as notícias chegam aos ouvidos do pai e da mãe, eles decidem viajar até Nova Iorque para pedir a anulação do casamento e levarem Ivan de volta ao seu país.

Merecedor da Palma de Ouro na edição de 2024 do Festival de Cinema de Cannes, esta comédia romântica assinada pelo norte-americano Sean Baker (TangerineThe Florida Project), conta também com as actuações de Yura Borisov, Karren Karagulian, Vache Tovmasyan e Aleksei Serebryakov. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Anora, Palma de Ouro em Cannes: conto de fadas moderno que bebe dos clássicos certos

Jorge Mourinha

Transportado pela energia desesperada de uma actriz que soube agarrar o seu papel, Anora é uma Palma de Ouro perfeitamente merecida. Estreia-se quinta-feira em Portugal.

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Críticas dos leitores

2 estrelas

José Miguel Costa

Anora é uma irreverente jovem trabalhadora de sexo num clube em Brooklyn. Certa noite calha-lhe em sorte fazer uma lap dance privada para uma mimada e inconsequente criança crescida ultra-milionária (com 21 anos) que esbanja o dinheiro dos paizinhos (temíveis oligarcas russos), como se não houvesse amanhã, enquanto se encontra de férias nos States.

Como o novo brinquedo lhe causou "emoção", convida-a (a troco de 10000 dólares, que o preço do babysitting está pela hora da morte) para compartilhar consigo uma semana de farra desbragada. A meio desse período decide brincar aos casamentos com a dita cuja em Los Angeles.

E aí é que a porca torce o rabo, pois os papás ao descobrirem tal acto de tresloucada impulsividade, colocam na sua alçada um grupo de três capangas fofinhos com o objectivo de obrigar a dama a anular o matrimónio.

Pareceu-vos a sinopse de um filme para adolescentes com acne? Se assim pensam, deixem que vos diga que esta insana comédia dramática (que adopta o nome da sua "Cinderela dos tempos modernos" para titulo) valeu ao seu realizador (Sean Baker) a Palma de Ouro no Festival de Cannes, bem como tem deixado a generalidade da crítica cinematográfica especializada a babar-se por, alegadamente abordar subliminarmente, com elaboradissiiima ironia, as temáticas da luta de classes e desigualdades sociais.

Todavia, continuo entrincheirado no lado da barricada dos incultos, já que não consegui captar nada para além de uma linear história superficial/infantilizada povoada por personagens histéricos (e tal opinião até a mim me soa como heresia, dado estar a referir-me ao realizador do magnífico "The Florida Project").

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Vertiginoso "drama de acção"

Martim Carneiro

Imersão desassombrada no universo do sexo pago, e na realidade hiper luxuosa, destravada, autoritária e sem escrúpulos de "gente que não sabe o que há-de fazer ao dinheiro": eis e um filme cru, vertiginoso, uma espécie de drama de acção, muito bem escrito, interpretado e realizado!

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Não percebo...

Johnny

... Toda a hype à volta deste filme. Uma cinematografia de lana-caprina, história trivial e completamente previsível a partir do meio do filme, personagens sem espessura, performance dos a tores nada de especial, como uma telenovela brasileira de baixo nível. Este pós- modernismo não me diz grande coisa.

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