//

A Descida

Votos do leitores
média de votos
Votos do leitores
média de votos
Terror 99 min 2005 29/12/2005 GB

Título Original

The Descent

Sinopse

Passado um ano de um trágico e horrendo acidente, seis amigas voltam a encontrar-se para a sua viagem anual. Desta vez, vão partir para uma zona remota das montanhas Apalaches. Mas quando exploram uma caverna, uma rocha cai, bloqueando a saída. O pânico instala-se e as raparigas descobrem que a líder da expedição, a imprudente Juno, as levou a uma gruta inexplorada, onde ninguém as virá salvar. O grupo separa-se na esperança de encontrar uma saída. Mas há algo que as observa na escuridão e que ataca sem aviso.

PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

A Descida

Luís Miguel Oliveira

Ler mais

A Descida

Vasco Câmara

Ler mais

A descida a alegoria da caverna

Jorge Mourinha

Ler mais

Críticas dos leitores

A raiz do medo

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Marcado por filmes desinspirados e preguiçosos, o terror é um dos géneros cinematográficos que já viu melhores dias do que os dos últimos anos. Ainda há algumas boas obras a surgir pontualmente, como "A Cabana do Medo", de Eli Roth, ou "Terra dos Mortos", de George Romero, mas por cada uma dessas há quatro ou cinco de qualidade duvidosa, na linha de "The Grudge – A Maldição" ou "Águas Passadas". "A Descida" ("The Descent"), segunda película do britânico Neil Marshall, embora parta de uma premissa que de original não terá muito, consegue injectar vitalidade ao género e tornar-se numa das grandes surpresas recentes, comprovando que ainda há quem tenha boas ideias e igual mestria para as executar.<BR/><BR/>O filme assenta numa viagem empreendida por um grupo de seis jovens mulheres que, de forma a fugirem às preocupações e dilemas do quotidiano, decidem apostar numa aventura radical explorando uma gruta situada num local agreste e isolado. Se ao início o ambiente é pacífico e despreocupado, vincado por conversas divertidas e pelo reforço dos laços de amizade que as unem há vários anos, essa situação sofre alterações à medida que o grupo vai avançando na sua aventura, deparando-se com perigos inesperados que suscitam conflitos pessoais, agravados quando as protagonistas descobrem que, afinal, não estão sozinhas na sua expedição.<BR/><BR/>"A Descida" é uma viagem atípica e memorável, não só para as personagens, que sofrem um verdadeiro teste à sua coragem e capacidade de improviso, mas também para o espectador, que se arrisca a ter suores frios e a sentir o seu ritmo cardíaco a acelerar à medida que vai seguindo as arrepiantes peripécias das seis amigas.<BR/><BR/>Para que este "worst case scenario" funcione as capacidades do realizador são determinantes, e Marshall revela estar à altura para a missão, oferecendo sequências de considerável eficácia. O uso da iluminação é particularmente engenhoso, pois ajuda a distinguir as personagens no meio da escuridão claustrofóbica e permite gerar alguns saborosos momentos de "suspense" (com generosas doses de "gore"), mostrando só aquilo que é necessário e jogando com as expectativas do espectador.<BR/><BR/>Essa subtileza manifesta-se também na banda sonora e fotografia, capazes de modelar uma sufocante atmosfera plena de intensidade, proporcionando um concentrado de medo e desespero em tudo distinto à pirotecnia histérica de muitos produtos em que o terror plastificado norte-americano tem sido pródigo. Mesmo quando as protagonistas se deparam com os assustadores habitantes do subsolo, a plausibilidade e realismo d’"A Descida" mantêm-se intactos, e é refrescante ver personagens que não se tornam em heróis de acção para acentuar a espectacularidade ou a vibração do filme (não há por aqui Laras Crofts, como de resto uma mulheres ironiza).<BR/><BR/>O esforço das actrizes também é notório e reforça a intrigante aura do filme, e apesar de nem todas as protagonistas serem tridimensionais estão acima das figuras descartáveis que caracterizam muitas películas do género. A relação das duas aventureiras mais proeminentes é especialmente interessante, não limitando "A Descida" a domínios do terror mas valorizando-o com uma vital carga dramática, construindo um conflito que se torna inquietante até ao final.<BR/><BR/>Não é fácil criar um filme que desperte uma sensação de enclausuramento e pânico tão fortes, mas Neil Marshall é bem sucedido e edifica aqui uma asfixiante experiência sensorial, a que mesmo os mais destemidos dificilmente permanecerão indiferentes. Não é um clássico, mas está bem acima da média. E o veredicto é: 3,5/5 - Bom.
Continuar a ler

Sim e sopas

Nazaré

Elas são modernas, activas, gostam da natureza e do radical e juntam-se para explorarem uma gruta, ao mesmo tempo para ajudarem uma delas a recuperar do trauma de ter perdido a família num acidente. E vão preparadas, são experientes, tudo vai correr bem. Mas quando as coisas começam a correr mal (e só podia, ao longo do filme percebe-se bem porque é que aquela gruta nunca tinha sido explorada) então começam os comportamentos a alterar-se. Muito bem arquitectado até cerca de metade, este filme consegue trazer um clima especial aproveitando o tema muito bem.<BR/><BR/>Mas porquê só até metade? Porque depois disso já sabemos o que se passa de facto e tudo se banaliza. Uma pena. Todos sabemos que no género do terror/fantástico a imaginação é tudo, e por isso é que revelar os "monstros" no filme "Sinais" (o tal com Mel Gibson e Joaquim Phoenix) foi o borrão na pintura de Shyamalan, que ele tão bem soube emendar na sequela, "A Vila".<BR/><BR/>No final, até que ficamos aliviados pelo desfecho, afinal por pouco não se extinguia o que talvez fosse o derradeiro povoamento dos americanos primitivos (Nota: não sei se foi de propósito, mas o título original, "The Descent", também quer dizer a ascendência evolutiva...). Não podia ser!
Continuar a ler

Sim e sopas

Nazaré

Elas são modernas, activas, gostam da natureza e do radical e juntam-se para explorarem uma gruta, ao mesmo tempo para ajudarem uma delas a recuperar do trauma de ter perdido a família num acidente. E vão preparadas, são experientes, tudo vai correr bem. Mas quando as coisas começam a correr mal (e só podia, ao longo do filme percebe-se bem porque é que aquela gruta nunca tinha sido explorada) então começam os comportamentos a alterar-se. Muito bem arquitectado até cerca de metade, este filme consegue trazer um clima especial aproveitando o tema muito bem.<BR/><BR/>Mas porquê só até metade? Porque depois disso já sabemos o que se passa de facto e tudo se banaliza. Uma pena. Todos sabemos que no género do terror/fantástico a imaginação é tudo, e por isso é que revelar os "monstros" no filme "Sinais" (o tal com Mel Gibson e Joaquim Phoenix) foi o borrão na pintura de Shyamalan, que ele tão bem soube emendar na sequela, "A Vila".<BR/><BR/>No final, até que ficamos aliviados pelo desfecho, afinal por pouco não se extinguia o que talvez fosse o derradeiro povoamento dos americanos primitivos (Nota: não sei se foi de propósito, mas o título original, "The Descent", também quer dizer a ascendência evolutiva...). Não podia ser!
Continuar a ler

Fraquíssimo

Hélder

Filme muito fraco. Sem qualquer "suspense" e acima de tudo não é daqueles filmes onde ficamos "colados à cadeira". A história é interessante mas depois perde-se com o desenrolar do filme.
Continuar a ler

A descida

Paulo Duarte

Quando fui ver este filme já ia informado acerca do mesmo. A minha opinião é muito positiva em todos os aspectos. Fiquei brutalizado com aquela sensação de claustrofobia e suspense, que há muito não sentia. A fotografia é muito bem conseguida, criando um ambiente normal dentro do anormal. No meu ver, e como não posso aqui falar de pormenores da história para não estragar a supresa do filme, o final é aleatorio, ou seja, cada um finaliza o filme como, a seu ver, o entendeu. Se estou mal ou querem partilhar o final comigo, mandem-me um mail, para, com isso, chegarmos a um consenso ou modificar a minha ideia. Agradecia muito, já que sou amante de cinema.
Continuar a ler

Claustrofóbico

Pedro Martins

Nem quero acreditar que finalmente saiu para o nosso mercado um filme tão intenso, tão bem realizado e tão claustrofóbico. Desde unhas roídas a movimentos constantes na cadeira do cinema, foi uma mistura de emoções que me levaram para dentro deste argumento infinito de terror psicológico. Uma coisa é certa, para expedições e excursões a grutas, não contem comigo. Brilhante. O melhor filme de terror dos últimos anos. Nota 10.
Continuar a ler

Assustador

Nuno Miguel

Verdadeiro filme de terror, para os amantes do género recomendo vivamente!
Continuar a ler

Desta vez é a sério

Ricardo Pestana

Quando fui ver o filme estava à espera que fosse um simples "teen slasher movie". Mas estava bem enganado. Isto é mesmo a sério. Tem "gore" a rodos e não tem como objectivo meter uma piada de cinco em cinco minutos. A intenção é mesmo aterrorizar. Mas onde o filme ganha claramente pontos é pelo tema de exploração de cavernas, algo inovador no cinema. As imagens e o som são bem realistas, dando mesmo uma sensação de claustrofobia e de estarmos bem nas profundezas da Terra. O filme não chega aos calcanhares a um "Haute Tension" nem ao "Saw" mas é sem dúvida um dos melhores filmes de terror dos últmos três anos realizados no Ocidente.<br/><br/>Finalmente algo fresco e não uma repetição de um "Friday 13th" ou "Halloween". Para variar fizeram um filme com alguma originalidade e não outra vez um "remake" de uma obra-prima de "asian horror".
Continuar a ler

Puro

O Bom Selvagem

Não se assistia um tal estado de pureza num filme de terror desde o "The Thing" de Carpenter. O "Jeepers Creepers" tinha o humor negro que quebrava a tensão e um final que, de certa forma, relativizava o bom início. Vale a pena, nem que seja pelo fabuloso "cameo" de "Apocalypse Now", quando a actriz emerge do lago de sangue como Martin Sheen do rio lamacento. O filme é "pobre" onde dever ser pobre. A falta de densidade das personagens só acentua a sensação do espectador estar sem a rede de bom gosto que existe, por exemplo, nos filmes de Shyamalan como o "Others" ou "6th Sense". As personagens chegam a ser contraditórias. Não podemos gostar ou admirar ninguém. Não são elas, as mulheres, a estar sós na caverna. Somos nós, os espectadores. Não temos ninguém com quem nos identifiquemos do princípio ao fim do filme. Não há âncoras.<BR/><BR/>Sente-se também a crueldade de um Peter Haneke de um "Funny Games". Aliás, tem sequências em que explora o sentimento de desilusão face à impossibilidade de "vencer", manejando com mestria as sucessivas "esperanças" ou "luzes ao fundo da gruta" que parecem surgir e empolgar o espectador, para logo serem desmontadas ou espezinhadas por uma força 100 vezes superior. É uma experiência cinéfila especial!
Continuar a ler

Excelente filme

Pedro Marques

Verdadeiro filme de terror, dos poucos em que se ouvem gritos de medo na sala. Não o recomendo às pessoas, que geralmente tem assisitido às várias películas "light" que têm passado nas nossas salas de cinema e os acham aterrorizantes.
Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!