O Meu Maior Pecado
Título Original
Tarnished Angels
Realizado por
Elenco
Sinopse
Críticas dos leitores
O meu maior pecado
Fernando Oliveira
Há duas frases de Douglas Sirk “Não se fazem filmes ‘sobre’ (a dor, a alegria, o amor, todos estes conceitos abstractos), mas ‘com’”, e “O melodrama tem de produzir, primeiro que tudo, emoções, mais do que acções. No entanto, a emoção é também uma acção: uma acção no interior de uma personagem”, que definindo a sua relação com o Cinema, também explicam o extraordinário número dos seus melodramas que são obras-primas, filmes absolutamente maravilhosos: primeiro na Alemanha (“Para Terras Distantes” e “O Veneno dos Trópicos”) e depois nos EUA durante a década de cinquenta (“Sublime expiação”, “O que o céu permite”, “There´s always tomorrow”, “Escrito no vento”, “The tarnished angels”, “Tempo para amar, tempo para morrer”, e “Imitação da vida”).
“The Tarnished Angels” foi realizado em 1957 e adapta um romance de Williiam Faulkner, “Pylon”. Voltou a juntar grande parte do elenco de “Escrito no vento”, Rock Hudson, Robert Stack e Dorothy Malone (magníficos) e é mais uma história de personagens atormentadas e perdidas na vida, onde o destino parece brincar de forma cruel com elas. Estamos na América da Grande Depressão, um herói da I Grande Guerra tornou-se num piloto de acrobacias aéreas; um jornalista New Orleans, alcoólico resolve escrever a história deste homem; apaixona-se pela mulher dele e encontra uma tragédia.
Uma história de homens e mulheres, presos num mundo que não lhes mostra qualquer saída, um filme tão excessivo como belo, narrativamente sublime. E Sirk é brilhante na forma com filma a geometria dos planos, ou como balança a luz e as sombras (a fotografia a preto-e-branco é de Russel Matty, que trabalhou em muitos dos seus filmes). Dizia Godard: “O que importa, como nos prova Sirk, é crer no que se faz, fazendo acreditar nisso”. O Cinema definido como pura emoção. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
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