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O Meu Maior Pecado

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Drama 91 min 1957 02/05/2000 EUA

Título Original

Tarnished Angels

Sinopse

Uma óptima adaptação de um romance de William Faulkner realizada pelo cineasta Douglas Sirk. Baseado no fatalista "Pylon" de Faulkner, "O Meu Maior Pecado" é um melodrama subversivo com excelentes interpretações de Rock Hudson, Dorothy Malone e Robert Stack. Roger Shumann (Robert Stack) é um antigo piloto da I Guerra Mundial que agora participa em espectáculos de acrobacias aéreas. É num desses espectáculos em New Orleans que Burke Devlin (Rock Hudson), o repórter de um jornal local encarregado de cobrir o evento, se cruza com Shumann e a sua família. Devlin entrevista-os a propósito do concurso de acrobacias aéreas em que Shumann vai participar. À medida que vai conhecendo Shumann e a sua mulher LaVerne (Dorothy Malone), fica fascinado com as suas vidas e a sua atitude, inicialmente sarcástica, vai-se alterando.

PUBLICO.PT

Críticas dos leitores

O meu maior pecado

Fernando Oliveira

Há duas frases de Douglas Sirk “Não se fazem filmes ‘sobre’ (a dor, a alegria, o amor, todos estes conceitos abstractos), mas ‘com’”, e “O melodrama tem de produzir, primeiro que tudo, emoções, mais do que acções. No entanto, a emoção é também uma acção: uma acção no interior de uma personagem”, que definindo a sua relação com o Cinema, também explicam o extraordinário número dos seus melodramas que são obras-primas, filmes absolutamente maravilhosos: primeiro na Alemanha (“Para Terras Distantes” e “O Veneno dos Trópicos”) e depois nos EUA durante a década de cinquenta (“Sublime expiação”, “O que o céu permite”, “There´s always tomorrow”, “Escrito no vento”, “The tarnished angels”, “Tempo para amar, tempo para morrer”, e “Imitação da vida”).

“The Tarnished Angels” foi realizado em 1957 e adapta um romance de Williiam Faulkner, “Pylon”. Voltou a juntar grande parte do elenco de “Escrito no vento”, Rock Hudson, Robert Stack e Dorothy Malone (magníficos) e é mais uma história de personagens atormentadas e perdidas na vida, onde o destino parece brincar de forma cruel com elas. Estamos na América da Grande Depressão, um herói da I Grande Guerra tornou-se num piloto de acrobacias aéreas; um jornalista New Orleans, alcoólico resolve escrever a história deste homem; apaixona-se pela mulher dele e encontra uma tragédia.

Uma história de homens e mulheres, presos num mundo que não lhes mostra qualquer saída, um filme tão excessivo como belo, narrativamente sublime. E Sirk é brilhante na forma com filma a geometria dos planos, ou como balança a luz e as sombras (a fotografia a preto-e-branco é de Russel Matty, que trabalhou em muitos dos seus filmes). Dizia Godard: “O que importa, como nos prova Sirk, é crer no que se faz, fazendo acreditar nisso”. O Cinema definido como pura emoção. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")

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