Escândalo na Televisão

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Comédia, Drama 116 min 1976 01/01/2002 EUA

Título Original

Network

Sinopse

A loucura dos Média nesta sátira fabulosa de Sidney Lumet com argumento de Paddy Chayefsky, adaptado do romance da sua autoria, que lhe valeu uma estatueta dourada em 1977. "Escândalo na TV" é um filme actual, apesar de ser datado de 1976, e é uma das mais apreciadas obras de Lumet que gerou, na altura do seu lançamento, uma acesa polémica em torno dos efeitos perversos da televisão na sociedade. Um filme quase profético, uma vez que o retrato dos bastidores de uma grande cadeia de televisão se assemelha às dos nossos dias: regras ditadas pelas audiências, programas de baixa qualidade e golpes comerciais. A figura central da história é Howard Beale (Peter Finch), o principal jornalista e apresentador da cadeia norte-americana de televisão UBS. Howard Beale é despedido devido à queda de audiências do seu programa. Completamente fora de si, anuncia em directo que se vai suicidar em frente das câmaras. Max Schumacher (William Holden) é chefe do departamento informativo e um velho amigo de Howard, que não quer manter o desesperado jornalista no "ar", que continua a mergulhar na insanidade, reflectindo em directo sobre a televisão e a sociedade. Curiosamente, Howard, torna-se num fenómeno de audiências e Diana Christensen (Faye Dunaway), a nova e ambiciosa directora de programas, explora-o de forma sensacionalista. Dos 10 Óscares para que foi nomeado recebeu quatro: melhor argumento adaptado, melhor actriz (Faye Dunaway), melhor actor (Peter Finch) e melhor actriz secundária (Beatrice Straight).<p/><b>Mariana Mata</b> (PUBLICO.PT)

Críticas dos leitores

Network

Fernando Oliveira

Acontece algumas vezes, filmes dos quais temos uma memória simpática, quando vemos outra vez descobrimos defeitos que lhes tiram o encanto. Foi o que aconteceu com “Network”, filme de 1976, que já não via há muitos anos. <br />O filme é uma das mais duras e mordazes criticas que se fizeram à televisão, e é da autoria de dois nomes que começaram por trabalhar nela, o realizador Sidney Lumet e o argumentista Paddy Chayefsky. A televisão onde tudo está condicionado pelo balanço feito entre os custos e o valor das audiências, e as relações profissionais são estilhaçadas e trituradas por esta violência imposta pela obrigação do sucesso; onde a programação segue um padrão quase fascizante na tentativa de massificar o gosto de quem a vê, onde até a morte pode ser usada como uma parte do espectáculo televisivo. Se tudo isto parece muito actual, é porque o é. <br />Ora se o argumento com todos os seus excessos continua a ser capaz de nos perturbar, de agitar; a liberdade que Lumet deu aos seus actores, e num filme onde a narrativa evolui por meio dos diálogos, tornou as suas interpretações pretensiosas no seu exagero, teatralizando, no mau sentido, os seus gestos e falas. Interpretações muito discutíveis de actores muitas vezes notáveis: Faye Dunaway, Peter Finch ou até o normalmente contido William Holden espalhafatam e gritam em demasia. É esta ostentação representativa que torna o filme algo penoso de ver. <br />Continua um filme intenso pela denúncia, mas notam-se em demasia os seus defeitos. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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