O Começo

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Drama 130 min 2020 M/16 29/04/2021 Geórgia, FRA

Título Original

Beginning

Sinopse

Yana (Ia Sukhitashvili) vive numa pequena aldeia da Geórgia com David (Rati Oneli), o marido, líder de uma comunidade de Testemunhas de Jeová, e o filho de ambos. Um dia, um grupo de extremistas ateia fogo ao lugar de culto da sua congregação. Yana, que até aí seguia à risca os preceitos da sua religião, vê-se a pôr em causa a forma como sempre se submeteu às regras patriarcais daquela comunidade. Já David, determinado a fazer justiça, faz o que pode para obter imagens de uma câmara de segurança que se encontra junto ao local do ataque. Mas isso vai desencadear eventos que provocam o total isolamento daquela família, deixando-os à mercê da hostilidade de todos, incluindo da polícia local. 
Um filme dramático sobre obediência e sacrifício, com assinatura da georgiana Dea Kulumbegashvili, na sua estreia em realização. Seleccionado para competição no Festival de Cinema de Cannes (onde não chegou a ser exibido, devido à pandemia de covid-19), "O Começo" teve a sua estreia internacional no Festival de Cinema de Toronto (TIFF) em Setembro de 2020, onde recebeu o prémio FIPRESCI. Já no Festival de San Sebastian, o filme arrecadou a Concha de Ouro, Concha de Prata para melhor realização e a Concha de Prata para melhor actriz (Ia Sukhitashvili). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O estilo como efeito especial

Luís Miguel Oliveira

Menos um filme “georgiano” do que um filme “internacional”.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

José Miguel Costa

Detentor do selo de qualidade de Cannes e tratado como obra-prima nos festivais de Toronto (onde arrecadou o prémio da Imprensa Cinematográfica) e de San Sebastián (no qual foi distinguido com a Concha de Ouro), eis as credenciais de "O Começo", a primeira longa metragem da realizadora georgiana Dea Kulumbegashvili. <br /> <br />É uma obra para cinéfilos com estofo, que exclui logo nos primeiros minutos de exibição os ávidos de acção, bem como os receosos de escutar silêncios (por vezes, ensurdecedores) ou de percorrer milimetricamente com o olhar a sequência continua de (magnificos) longos planos fixos impregnados de uma estonteante/hipnotizante beleza crua não imediata e de "pistas não verbais" por/para descodificar. <br />Possui uma narrativa minimalista que dá primazia à linguagem estética (austera) em detrimento da gramatical, todavia quem tiver capacidade (ou paciência) para imergir (durante 130 minutos) no seu universo melancólico e cru jamais sentirá qualquer economia nas palavras <br /> <br />O Começo começa (redundância propositada com um intuito de - pseudo - estilo literário) com um ataque a uma igreja de Testemunhas de Jeová, inserida numa recôndita vila pobre dominada por cristãos ortodoxos. No entanto, a realizadora, ao contrário do expectável, não envereda pelos trilhos da intolerância religiosa, preferindo aproveitar o evento para "dissecar" a (sobre)vivência da solitária e ostracizada mulher do sacerdote (revelando-se, desse modo, como um filme eminentemente feminista de - quase - "personagem única", encarnado de forma sublime por Ia Sukhitashvili).
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