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Abril

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Drama 134 min 2024 18/09/2025 Geórgia, FRA, ITA

Título Original

Sinopse

Nina é obstetra num hospital isolado, situado numa zona rural da Geórgia. Quando um recém-nascido morre sob os seus cuidados, torna-se o centro de uma investigação que acaba por expor aquilo que ela tenta esconder a todo o custo: há anos que realiza abortos clandestinos ao domicílio, ajudando mulheres das aldeias vizinhas em situações desesperadas, mesmo consciente da violação da lei. À medida que a pressão aumenta, a sua vida profissional e pessoal começa a desmoronar, revelando os dilemas éticos e os riscos que enfrenta para proteger outras mulheres.

Com realização e argumento de Dea Kulumbegashvili, o filme conta com interpretações de Ia Sukhitashvili e Kakha Kintsurashvili (que também protagonizaram o filme “O Começo”, outra obra realizada por Kulumbegashvili), assim como de Merab Ninidze, Roza Kacheishvili e Ana Nikolava. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Abril, de Dea Kulumbegashvili: uma parteira na noite georgiana

Luís Miguel Oliveira

A natureza e o orgânico são uma presença crucial no filme Abril, de Dea Kulumbegashvili. Há o pathos da noite e há a luz fria e clínica dos hospitais.

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Críticas dos leitores

2 estrelas

José Miguel Costa

Nina, mulher solitária, é uma experiente médica obstetra de um hospital público que se vê confrontada com a acusação de procedimento clínico indevido que provocou a morte de um bebé durante um trabalho de parto. Por consequência, a administração da instituição de saúde em questão aproveita este evento para encetar uma investigação interna com vista ao despedimento há muito desejado, em virtude de pairar sobre a mesma a desconfiança de auxiliar mulheres pobres das zonas rurais na prática de aborto (ilegal por lei na conservadora e subdesenvolvida Geórgia).

Perante esta sinopse do filme "Abril" (galardoado com o Prémio Especial do Júri no Festival de Cinema de Veneza) seria expectável estarmos em presença de um tenso drama familiar, impregnado de realismo social até ao tutano. Todavia, quem conhece a anterior obra da realizadora Dea Kulumbegashvili ("Começo"), por certo, estará alertado para que a "coisa" eventualmente descambe para uma vertente de natureza eminentemente contemplativa (e ultra-melancólica) com uma narrativa minimalista.

Tal premissa acaba por confirmar-se, já que a georgiana reafirma o seu cunho pessoal, ao utilizar meticulosos e crus longos planos-sequência de ritmo lentíssimo (maioritariamente sem conteúdo relevante), povoados por personagens desconfortavelmente rígidos e frios/distantes (e nem a inquietante atmosfera claustrofóbica e imersiva lhes induz a necessária emotividade), aconselháveis exclusivamente a cinéfilos com "C maiúsculo". @jmikecosta

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