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Pássaros de Verão

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Drama 125 min 2018 20/06/2019 Colombia, MEX, DIN

Título Original

Pájaros de Verano

Sinopse

<div>Durante a década de 1960, os EUA vêem nascer o movimento “hippie” altura em que, entre muitas outras coisas, se vulgariza o consumo de estupefacientes. Alguns anos mais tarde, decididos a fazer fortuna, um grupo de norte-americanos investe em Guajira, na Colômbia, onde estabelecem uma plantação de marijuana com o intuito de a exportarem para o seu país. É assim que uma família da tribo Wayuu é atraída para o negócio de tráfico de droga. Ao aceitarem as condições de produção, os Wayuu descobrem o poder do dinheiro fácil, mas também os riscos resultantes da ganância, que ameaça destruir os seus costumes e tradições.</div> <div>Estreado no Festival de Cannes, um drama baseado em factos verídicos sobre a origem do narcotráfico na Colômbia. Com realização de Ciro Guerra ("La Sombra del Caminante", "Los Viajes del Viento" ou “O Abraço da Serpente”) e da estreante Cristina Gallego, conta com Natalia Reyes, Carmiña Martínez e Jose Acosta nos papéis principais. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Violência e tradição

Luís Miguel Oliveira

Ciro Guerra e Cristina Gallego abordam o encontro devastador - “como uma praga de gafanhotos”, sugere a canção que fecha o filme - entre as culturas locais e o negócio do cultivo e comércio de narcóticos. Um olhar ambicioso sobre um peculiar e dilacerante confronto entre tradições e modernidades.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

José Miguel Costa

"O Abraço da Serpente" (2015), do realizador colombiano Ciro Guerra, é uma das obras primas incontornáveis da sétima arte do século XXI. O seu aguardado retorno dá-se, desta feita em parceria com a sua ex-mulher Cristina Gallego, numa co-produção colombiana e mexicana, com "Pássaros de Verão" (pelicula que retrata os primórdios do narcotráfico no seu país natal, baseando-se na História veridica da ascensão e queda de uma família da etnia Wayuu - povo da região de Guajira -, no período que medeia entre as décadas de 1960 e 1980). <br /> <br />Poder-se-ia afirmar, de forma simplista e provocatória, que estamos perante uma autêntica saga familiar (dividida em 5 "cantos" - que delineiam os seus diferentes estádios de poder) ao estilo de Narcos em "versão tribal". E efectivamente trata-se de um mix de drama familiar e triller de gangsters, "só" que Ciro Guerra subverte (com um inovador cunho pessoal) todos os clichés inerentes a tais géneros cinematográficos ao (também) abordar o enredo sob um ponto de vista antropológico e etnográfico (mais concretamente, através da percepção/vivências que o povo indigena teve do fenómeno que colocou em confronto a relação tradição versus "modernidade"). <br /> Consequentemente, como seria expectável, a análise da génese de um novo tipo de criminalidade num universo dominado por mitos e ritos ancestrais nas mãos de um "poeta das imagens", inevitavelmente, teria que resultar numa obra (que roça os limites do realismo mágico) visualmente avassaladora.
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4 estrelas

José Miguel Costa

"O Abraço da Serpente" (2015), do realizador colombiano Ciro Guerra, é uma das obras primas incontornáveis da sétima arte do século XXI. O seu aguardado retorno dá-se, desta feita em parceria com a sua ex-mulher Cristina Gallego, numa coprodução colombiana e mexicana, com "Pássaros de Verão" (pelicula que retrata os primórdios do narcotráfico no seu país natal, baseando-se na História veridica da ascensão e queda de uma família da etnia Wayuu - povo da região de Guajira -, no período que medeia entre as décadas de 1960 e 1980). <br /> <br />Poder-se-ia afirmar, de forma simplista e provocatória, que estamos perante uma autêntica saga familiar (dividida em 5 "cantos" - que delineiam os seus diferentes estádios de poder) ao estilo de Narcos em "versão tribal". E efectivamente trata-se de um mix de drama familiar e triller de gangsters, "só" que Ciro Guerra subverte (com um inovador cunho pessoal) todos os clichés inerentes a tais géneros cinematográficos ao (também) abordar o enredo sob um ponto de vista antropológico e etnográfico (mais concretamente, através da percepção/vivências que o povo indigena teve do fenómeno que colocou em confronto a relação tradição versus "modernidade"). <br /> Consequentemente, como seria expectável, a análise da génese de um novo tipo de criminalidade num universo dominado por mitos e ritos ancestrais nas mãos de um "poeta das imagens", inevitavelmente, teria que resultar numa obra (que roça os limites do realismo mágico) visualmente avassaladora.
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