À Espera dos Bárbaros
Título Original
Waiting for the Barbarians
Sinopse
O primeiro filme em língua inglesa do colombiano Ciro Guerra (“O Abraço da Serpente”, “Pássaros de Verão”) é uma adaptação do romance homónimo de 1980 do sul-africano J.M. Coetzee, que já tinha resultado numa ópera de Philip Glass em 2005. Centra-se num magistrado colonial numa fronteira isolada que começa a pensar sobre o que está realmente a fazer. Isto quando um coronel do exército vem tentar descobrir a verdade sobre uma possível insurreição. Com Mark Rylance, Johnny Depp e Robert Pattinson. PÚBLICO
Realizado por
Ciro Guerra
Elenco
Johnny Depp, Robert Pattinson, Mark Rylance
Críticas Ípsilon
Posto avançado do fascismo
Um romance de um prémio Nobel, um elenco de luxo, um cineasta interessante — receita para um pastelão de tema incapaz de sair fora das convenções.
Ler maisCríticas dos leitores
José Miguel Costa
Em 2016, o colombiano Ciro Guerra conquistou-me irremediavelmente com a arrebatadora obra-prima "O Abraço da Serpente", tendo reforçado o seu estatuto de culto (quase imediato) com o filme que se lhe seguiu ("Pássaros de Verão"). <br />Tal visiblidade catapultou-o até ao nível de conseguir financiamento internacional para filmar um épico histórico em lingua inglesa, "À Espera dos Bárbaros" (adaptação, por si efectuada, do romance homónimo de J. M. Coetzee, Prémio Nobel de Literatura de 2003), com recurso a mega-estrelas de Hollywood, Johnny Depp e Robert Pattinson. <br />Todavia, o estrelato parece ter-lhe sugado a criatividade e irreverência, na medida em que a montanha pariu uma (mera) obra de formalismo clássico anódico, previsivel e entediante, com (goradas) pretensões narrativas de constituir-se uma espécie de alegoria (nada subtil) anti-colonialista e anti-autoritarista (nem sequer se coibindo para o efeito de esterotipar os vilões de um modo quase constrangedor, no limite do ridiculo). <br /> <br />A história, que decorre algures no século XIX, centra-se num magistrado britânico de uma pequena fortaleza isolada num deserto inóspito, junto a uma fronteira desconhecida, que começa a questionar a sua lealdade ao império, após constatar como os cruéis militares maltratam os inofensivos bárbaros (ou seja, os nativos), com a justificação de que estes estariam a planear uma hipotética insurreição contra o colonizador.
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