O Culpado

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Drama, Thriller 85 min 2018 17/01/2019 DIN

Título Original

Den Skyldige

Sinopse

<div>O polícia Asger Holm está confinado a uma sala onde atende e direcciona chamadas de emergência. A maioria dos contactos são relativamente banais e de fácil resolução. Até que um dia recebe o telefonema de uma mulher em pânico que afirma ter sido raptada. Depois disso, a ligação cessa. Apesar da pouca informação que lhe é dada, Holm dá início a uma investigação desesperada para a resgatar. De telefone na mão, mas impedido pelos superiores de sair da sua secretária, faz de tudo para descobrir o seu paradeiro, mobilizando amigos, colegas e conhecidos...</div> <div>Estreia na realização de Gustav Möller – que escreve o argumento em parceria com Emil Nygaard Albertsen –, um "thriller" psicológico que, entre vários prémios, foi distinguido com o Audience Award no Festival de Cinema de Sundance (EUA). PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

Chamem a polícia

Jorge Mourinha

Um exercício de estilo calculado mas angustiante, uma tragédia em câmara lenta inteiramente ouvida do interior das instalações do 112.

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Críticas dos leitores

Investigação em tempo real (spoiler)

Nazaré

Quem viu o filme Locke vai logo associar o estilo: acção em tempo real, centrada totalmente no protagonista, mas quase toda passa-se fora do écrã, apenas a percebemos através dos diálogos e ruídos de fundo das comunicações. De todos os que não são figurantes, a única cara que vemos é a do protagonista, o polícia de giro colocado "de castigo" no atendimento do 112 enquanto está a resolver-se um caso em que ele matou um suspeito. <br /> <br />Culpado de quê? Dessa morte, do rumo que as coisas tomam nos casos daquela noite, de não se relacionar com colegas e cidadãos da maneira que devia, de falhar na vida? Não é muito claro pelo filme qual é a culpa, mas é certa uma coisa: culpa há sem dúvida nenhuma, e motiva este homem para ir além do que é esperado dele. <br /> <br />Ritmos perfeitos, sonorização perfeita, fotografia exemplar, uma história soberba, actores impecáveis (boa parte deles só na voz), tudo o que podemos gostar de ver no cinema está aqui.
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4 estrelas

José Miguel Costa

O filme “O Culpado” (primeira obra do jovem realizador sueco Gustav Möller - com apenas 31 anos) é um austero triller psicológico mininimalista/quase claustrofóbico (“cingindo-se” a um único actor, uma exígua sala de um call center da policia e um telefone) e de intensidade gradativa (a tragédia e as dúvidas vão-se desenhando na nossa imaginação, em “câmara lenta”, à medida que flui a comunicação telefónica entre um policia e uma alegada vitima de rapto que solicitou ajuda). <br /> <br />Trata-se de um objecto electrizante com um argumento que, apesar de simples, vai jogando, de um modo bastante engenhoso (fugindo com eficácia ao tédio/monotonia que poderia afectar um produto com estas características de aparente “linearidade”) com as informações que vão sendo lançadas amiúde (tanto no que respeita ao desenrolar da acção no “lado de lá da linha” quanto ao “descascar” da personalidade/comportamento do polícia de serviço – ele próprio “a contas com a justiça”). <br /> <br />Como é obvio, tudo isto resulta graças à tremenda interpretação do dinamarquês Jakob Cedergren (cujas expressões faciais são captadas com mestria através de longos planos fechados) e uma inteligente montagem de imagem e som/luz (que nos incute toda uma série de personagens e actos que jamais visualizamos). <br />
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Redenção

Raul Gomes

Turbilhão de emoções num filme claustrofóbico mas repleto de suspense, imprevisível, onde aquilo que parece ser, não o é na realidade. A tentativa de superação de obstáculos no operador do 112, a sua motivação, vai muito além daquilo que se poderia esperar, como que uma compensação ou superação dos seus próprios "demónios". O realizador deixa-nos fascinado pelo desenrolar dos acontecimentos, que não vimos, mas idealizamos. Uma espécie de quarto escuro, onde com o tempo vamos reconhecendo, pensamos nós, aquilo que está a acontecer. Filme fabuloso com argumento arrojado, quase como uma peça de teatro ao vivo, em que o narrador nos vai descrevendo os acontecimentos.
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Um livro que é contado (ao telefone)

MMoreira

Um dos melhores últimos filmes. Uma espécie de livro que é contado... (ao telefone), em que o espectador cria as suas próprias personagens, inventando os cenários e a luz das cenas que se passam em segundo plano. É um bom retrato social da actualidade - uma crítica ao principal modo de comunicação da sociedade - o virtual e a virtualidade, que podem levar muitas vezes a falsas interpretações e mal-entendidos ou às interpretações que naquele momento dão jeito ao interlocutor. <br /> Um filme que poderia ser entediante pela monotonia do que poderia ser filmar o personagem principal sentado a uma secretária, num gabinete cinzento e com luz artificial e ao telefone durante cerca de 2 horas... mas cuja qualidade e diversidade de planos e sobretudo a gradação de luz, vão mantendo a atenção do espectador e afunilando a estória para o final. <br /> É uma estória em discurso directo... Mas que ao mesmo tempo conta varias outras - umas do presente e outras de passados recentes e deixa em aberto os vários futuros desfechos (mais ou menos previsíveis) para o espectador completar. <br /> Um exercício que poderia ser mais estranho para o espectador se fosse um filme de há duas décadas, m que a tecnologia e a virtualidade das comunicações ainda não estavam enraizadas nos hábitos sociais... Mas que agora é perfeitamente "absorvível".
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Um livro que é contado (ao telefone)

MMoreira

Um dos melhores últimos filmes. Uma espécie de livro que é contado... (ao telefone), em que o espectador cria as suas próprias personagens, inventando os cenários e a luz das cenas que se passam em segundo plano. É um bom retrato social da actualidade - uma crítica ao principal modo de comunicação da sociedade - o virtual e a virtualidade, que podem levar muitas vezes a falsas interpretações e mal-entendidos ou às interpretações que naquele momento dão jeito ao interlocutor. <br /> Um filme que poderia ser entediante pela monotonia do que poderia ser filmar o personagem principal sentado a uma secretária, num gabinete cinzento e com luz artificial e ao telefone durante cerca de 2 horas... mas cuja qualidade e diversidade de planos e sobretudo a gradação de luz, vão mantendo a atenção do espectador e afunilando a estória para o final. <br /> É uma estória em discurso directo... Mas que ao mesmo tempo conta varias outras - umas do presente e outras de passados recentes e deixa em aberto os vários futuros desfechos (mais ou menos previsíveis) para o espectador completar. <br /> Um exercício que poderia ser mais estranho para o espectador se fosse um filme de há duas décadas, m que a tecnologia e a virtualidade das comunicações ainda não estavam enraizadas nos hábitos sociais... Mas que agora é perfeitamente "absorvível".
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O inocente

JR

Esta é uma proposta de cinema demasiado arrojada. Confinar o olhar do espetador a uma sala escura e à tortura de constantes marcações telefónicas e recebimento de chamadas, num arremedo de suspense emparelhado com expressões dúbias do polícia telefonista, não chega a ser um filme, é um exercício deleitoso para o realizador, um docinho para os iluminados mas um enorme suplício para o inocente que pagou um bilhete para ver cinema. E cinema é imagem, é o prazer de viajar com os olhos, é liberdade. Nesta espécie de filme estamos presos não sendo nós os culpados...
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