120 Batimentos por Minuto

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Drama 140 min 2017 M/16 07/12/2017 FRA

Título Original

Sinopse

Paris, início da década de 1990. Um grupo de activistas esforça-se por captar a atenção da opinião pública para a epidemia de sida que, durante os últimos anos, causou a morte a milhares de pessoas pertencentes à comunidade homossexual.

Face à inacção do Governo francês, que nada fez para prevenir o alastrar do VIH, alguns jovens criam a coligação Act Up (AIDS Coalition to Unleash Power), para promover acções não-violentas em defesa da prevenção e do tratamento da doença. É neste contexto que Nathan, um jovem que se junta ao movimento, conhece Sean, um dos militantes mais fiéis e proactivos do Act Up.

Realizado em 2017, 120 Batimentos por Minuto foi o filme-sensação da 70.ª edição do Festival de Cinema de Cannes, onde recebeu o Grande Prémio do Júri. A realização fica a cargo de Robin Campillo (Les RevenantsEastern Boys), segundo um argumento seu e de Philippe Mangeot, presidente da Act Up francesa nos anos 1990. PÚBLICO

 

Críticas Ípsilon

Os portadores da memória

Vasco Câmara

Filme-performance da memória. O individual transforma-se em colectivo, no histórico pulsa o íntimo. 120 Batimentos por Minuto : como uma narrativa mitológica que se propaga para (re)construir, solidificar o grupo.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

O filme "120 Batimentos Por Minuto", do franco-marroquino Robin Campillo, é um dramático manifesto politico-social (um quase documentário), "enxertado" com uma história de amor, que recua até à década de 1990 para no expor perante os desesperados gritos de socorro da comunidade de infectados pelo vírus da SIDA, à data ainda sem qualquer eco na comunicação social (motivo pelo qual eram mantidos na penumbra/ostracizados pelo governo de Miterrand - afinal, era uma epidemia que julgava-se afectar exclusivamente grupos estigmatizados pela sociedade, como gays, toxicodependentes, prostitutas e imigrantes). <br />Deste modo, constitui-se como o retrato histórico de uma época marcada pelas lutas de algumas organizações civis (aqui representadas através do grupo activista gay Act-Up Paris) junto das empresas farmacêuticas (que viram nestes doentes um novo nicho lucrativo) e do governo (com forte pressão para a implementação de campanhas publicitárias de prevenção da propagação da epidemia, bem como para a adopção de politicas de índole social que protegessem estes concidadãos). <br /> <br />Não estamos em presença de "apenas mais um" filme sobre a temática da SIDA, na medida em que 120 Batimentos Por Minuto é dotado de uma série de ideossincrasias que o elevam acima do mediano, nomeadamente a sua capacidade de metamorfosear-se ciclicamente, oscilando, graças à sua (inteligente) narrativa aberta com um ritmo inconstante, entre o colectivo versus individual e a melancolia versus alegria (alegria essa que advém de uma enorme vontade de continuar a viver - e mesmo que o espectro da morte nunca deixe de estar presente, o humor "is on the air", tal como o amor). <br />No entanto, a película destaca-se sobretudo nos momentos (cinematograficamente de cortar a respiração) em que "foge da narrativa" - que funcionam como uma espécie de "separadores entre cenas" - e vemos os protagonistas a dançar freneticamente em grupo ao som de uma soberba banda sonora. <br /> <br />Tudo isto é potenciado por uma eficiente filmagem com câmara à mão e pelo constante recurso a planos fechados de rostos (que não deixam escapar qualquer ponta de emoção).
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Filme genial

Luís Oliveira Santos

Em ar de documentário, este filme retrata a dureza da perspectiva da SIDA no início dos anos 90 em Paris, dando grande ênfase ao activismo do grupo Act up. Profundamente realista, profundamente duro, enormemente comovente. Este filme conta nos como foi. Imperdível.
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