Foi um dos filmes mais paradigmáticos da década de 80, criando um enorme consenso à sua volta. Um professor de literatura luta contra o conformismo da instituição escolar e pelo interesse dos seus alunos. É Robin Williams, num dos seus primeiros papéis a contrariar a imagem de marca de comediante voraz (que depois faria escola em "Despertares" ou "Good Will Hunting"). Se o filme de Peter Weir (o realizador de "A Testemunha") nem sempre recua perante a demagogia (a exploração dramática de um suicídio é manifestamente despudorada) ou alguns efeitos poéticos pequeno-burgueses, há a assinalar uma segurança indiscutível na direcção de actores, nomeadamente com o grupo de adolescentes. "O Clube dos Poetas Mortos" ganhou o Óscar de melhor argumento original (Tom Schulman) e recebeu mais três nomeações nas categorias de melhor actor principal (Robin Williams), melhor realizador (Peter Weir) e melhor filme (Steven Haft, Paul Junger Witt e Tony Thomas). Peter Weir ganhou o César de melhor filme estrangeiro de 1991. PÚBLICO