O Clube de Dallas

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Drama 117 min 2013 M/12 16/01/2014 EUA

Título Original

Sinopse

EUA, 1985. Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é um "cowboy" que sempre gostou de viver no limite... Até lhe ser diagnosticado o vírus VIH/sida e dado 30 dias de vida. Após um período inicial de total negação da doença, começa a ser tratado com o antiviral AZT, o único medicamento autorizado, que quase o conduz à morte. É então que decide procurar tratamentos alternativos noutras partes do mundo, independentemente da possível ilegalidade do seu uso nos EUA. É desse modo que, com a ajuda da Dra. Eve Saks (Jennifer Garner), a sua médica, e de Rayon (Jared Leto), um travesti também infectado, Ron cria o Clube de Dallas (Dallas Buyers Club), cujo objectivo é fornecer os mesmos medicamentos a outras pessoas na mesma situação. O sucesso é de tal forma surpreendente que acaba por chamar a atenção das companhias farmacêuticas que, por razões económicas, começam a olhar para o Clube de Dallas como uma verdadeira ameaça ao seu império. <br />Com realização de Jean-Marc Vallée, um drama biográfico inspirado na verdadeira história de de Ron Woodroof e que foi tema de um artigo do jornalista Bill Minutaglio, publicado no jornal “The Dallas Morning News" em Agosto de 1992. Woodroof faleceu a 12 de Setembro de 1992. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Vasco Câmara

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Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Lared Leto surpreendente

JR

Jared Leto tem uma interpretação magnífica. Uma enorme revelação!
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Interpretações soberbas!

Joana Santos

Adorei o filme e adorei sobretudo as interpretações magistrais do Matthew McConaughey e do Jared Leto. Já estou à espera dos Óscares e a torcer para que ambos ganhem!
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Pobres gays de 80...

Antonio José

Baseado de forma quase divertida num tema dramático que infernizou, de forma literal, os gays da década de 1980 apanhados desprevenidos com o flagelo da sida. Muitos morreram de forma terrível arrastando ainda a vergonha de, na altura, ser uma doença quase exclusiva de homossexuais sobre quem recaía o anátema de vidas depravadas castigadas por Deus ... E sem cura. <br /><br />Boa estoria para 'memória futura'.
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2 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"O clube de Dallas" não passa de uma espécie de telefilme com alguns clichés (e podia ser muito mais que isso caso o realizador fosse engenhoso o suficiente para explorar de um outro modo a excelente matéria-prima que teve entre mãos, não se limitando a ficar pela "rama") cujo único interesse "apenas" reside na estrondosa transformação do Matthew McConaughey em "cadáver" de cowboy texano super-machão dos anos 80 devido à "doença dos gays". <br /><br />E exceptuando este (grande) pormenor, deste filme não rezará a história.
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Renascer, com a morte à vista

Pedro Brás Marques

Não sei o que pensam os habitantes de Dallas, mas as principais referências audiovisuais nascidas com o nome da cidade não são famosas… A série televisiva homónima mostrava uma elite poderosa ligada ao negócio do petróleo mas corrupta como poucas. Este “Clube de Dallas” revela uma outra faceta, a de uma sociedade homofóbica, hipócrita e discriminadora. <br /> <br />E é precisamente aí que se move o animal Ron, um predador sexual, o exemplo de garanhão para quem as mulheres servem apenas para lhe dar prazer. E ele vai pagar bem caro a sua desvairada corrida: vê-se portador de HIV e acaba por contrair SIDA. Como se o cenário não fosse já suficientemente negro, o médico dá-lhe a visão da linha de chegada: dali a trinta dias. Desesperado, procura na medicina uma resposta. Há um novo medicamento, o AZT, mas como não vê surgir bons resultados, vai procurar outros, mesmo fora das fronteiras americanas. Apercebe-se, então, que há muitos outros infectados na mesma situação clínica, pelo que cria um posto de distribuição de medicamentos alternativos e ainda não autorizados pela inflexível FDA, o Infarmed americano… E, com isso, nasce um novo Ron… <br /> <br />O filme começa com um plano fantástico: a respiração ofegante de algo ou de alguém, que só consegue ver a arena de um rodeo através das tábuas. Um homem? Um touro? Acabámos por perceber que era um indivíduo enrolado sexualmente com duas mulheres. Aquele som animalesco confunde quem vê e confunde-se com a realidade daquele espaço. O simbolismo da imagem é evidente: aventuras sexuais são tão seguras como montar um touro preso apenas por uma corda – o mais provável é cair… Ron “cai”, assim como caem muitos outros. Ah! Mas Ron é diferente! Ele não tolera ‘paneleiros e larilas’, esses seres inferiores. Ele é o machão todo-poderoso que come as gajas todas que lhe aparecem pela frente. Mas a descoberta da doença muda tudo. Lentamente, apercebe-se que os tais seres que ele ostracizava, afinal são homens e mulheres tal qual ele, com dúvidas e receios, com pânico da morte. Rayon, um homossexual que se veste de mulher, acaba por ser o “Grilo Falante” de Ron, a consciência que o alerta - não por aquilo que faz, mas por aquilo que lhe vai acontecendo. Um dia, Ron perceberá que todo o ser humano merece respeito e deve ser tratado com a dignidade que merece. <br />Este é um filme sobre a viagem de alguém que tem a capacidade e a honestidade de se aperceber que está errado e de caminhar na direcção de uma melhor existência, consigo e com os outros, apesar da pouca que lhe resta. É um filme sobre tenacidade, sobre a força de vontade em lutar por algo que se acredita, algo útil não só para si, mas para muitos outros. <br /> <br />“O Clube de Dallas” sobe acima da média por via de duas enormes interpretações: as de Matthew McConaghey e a de Jared Leto, respectivamente como Ron e Rayon. Ambos passaram por alterações físicas, emagrecendo substancialmente para se ajustarem às personagens, no velho estilo do ‘Método ‘ de representação preconizado por Stanislavski e que teve grandes seguidores nos anos 60 e 70 do século passado. Mas, curiosamente, a magreza quase esquelética, mostra-se perfeitamente integrada no filme, já que está adequada às personagens, não tomando o protagonismo como por vezes acontece com o recurso a excessiva caracterização. McConaughey está soberbo, no papel do extrovertido e lutador Ron, cuja determinação teve como prémio ter conseguido roubar sete anos à sua quase imediata sentença de morte. Jared Leto, o band leader dos dispensáveis ‘30 Seconds to Mars’, está verdadeiramente irreconhecível, num registo secundário em claro underacting, reagindo, mais do que agindo, em relação a Ron. São eles a darem vida e alma a este filme, fazendo esquecer, por exemplo, a sofrível Jennifer Garner. A realização do canadiano Jean Marc Valée não adiante nem atrasa, tirando um ou outro episódio mais bem conseguido, confirmando que é um realizador sem grande chama, como se tinha visto em “A Jovem Vitória” e no confuso “Café de Flore”. Mas ainda vai a tempo de melhorar…
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Reviver, aprender ou pensar

Francisco Zuzarte

Com uma plateia nada preparada para o filme que vi em antestreia no passado dia 14 de Janeiro, confesso ter visto uma obra inteligente apesar de abordar alguns assuntos de forma superficial. <br />Recorrendo a um diálogo forte, leia-se vernáculo no original e na tradução, poderá ter chocado mentalidades mais “puritanas”. É no entanto necessária. <br />Um mérito entre vários lhe pode ser apontado. Todos os medos que vivemos na altura estão lá retratados. O contágio aéreo, o medo do aperto de mão e a ligação que acho ainda persiste, ainda que em menor grau, de que se trata de uma doença de homossexuais. O filme faz jus a isso, ao provar que um verdadeiro macho se vê confrontado com algo que nunca lhe passou pela cabeça. A ele na altura e a muitos quem sabe ainda hoje. <br />Não é um filme para todos os públicos que habitualmente vai ao cinema para se divertir e muito menos com a classificação que lhe foi atribuída, maiores de 12 anos. <br />Lembro no entanto que uma das funções desta 7ª arte é ensinar e lembrar que apesar de tudo, há evolução, quero acreditar, e esperança.
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