Presente de Morte

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Ficção Científica, Terror 114 min 2009 M/12 26/08/2010 EUA

Título Original

The Box

Sinopse

EUA, 1976. Norma (Cameron Diaz) e Arthur Lewis (James Marsden) formam um casal comum a viver nos subúrbios com o seu filho pequeno. Ela é professora, ele é engenheiro da NASA. Um dia são abordados por um homem desfigurado (Frank Langella), que lhes faz uma estranha proposta: numa determinada caixa há um botão que, se carregado, lhes dá imediatamente 1 milhão de dólares mas que, simultaneamente, tira a vida a alguém. O homem dá-lhes 24 horas para decidirem, mas eles cedo descobrem que perderam completamente o controlo sobre tudo, inclusivamente sobre as suas vidas.<br/> Do mesmo realizador de "Donnie Darko" (2001) que, logo na sua estreia, se tornou num filme de culto, é baseado no conto "Button Button", de Richard Matheson.<p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Presente de Morte

Luís Miguel Oliveira

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Presente envenenado

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Vale a pena para quem gosta de Cinema e não de blockbusters

Maria

Não é o filme do século, mas ir ao cinema e declarar que não se percebe nada dum filme destes é quase passar um atestado de auto-burrice. A história central é mais que perceptível para quem tenha alguma imaginação os gaps preenchem-se com facilidade. A meu ver Lynch faria melhor, mas ainda assim... A história não é obviamente agradável, afinal se o filme está classificado como sendo de terror esperavam ver uma comédia??? No final fica aquele gostinho amargo, mas é exactamente isso que um bom filme faz. Faz-nos sentir, pensar, viajar, junto com os actores. É claramente um bom filme, uns pontos acima do “Inception”. Em conjunto com “Shutter Island” faz a dupla dos melhores filmes que tenho visto nos últimos tempos.
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Vale a pena para quem gosta de Cinema e não de blockbusters

Maria

Não é o filme do século, mas ir ao cinema e declarar que não se percebe nada dum filme destes é quase passar um atestado de auto-burrice. A história central é mais que perceptível para quem tenha alguma imaginação os gaps preenchem-se com facilidade. A meu ver Lynch faria melhor, mas ainda assim... A história não é obviamente agradável, afinal se o filme está classificado como sendo de terror esperavam ver uma comédia??? No final fica aquele gostinho amargo, mas é exactamente isso que um bom filme faz. Faz-nos sentir, pensar, viajar, junto com os actores. É claramente um bom filme, uns pontos acima do “Inception”. Em conjunto com “Shutter Island” faz a dupla dos melhores filmes que tenho visto nos últimos tempos.
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Caixa mágica ou científica?

Thim

"Any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic" Esta sentença, pertencente ao escritor de ficção científica Arthur C. Clarke, é utilizada como peça argumental no novo filme de Richard Kelly, resumindo perfeitamente a essência da película e ilustrando igualmente, e de forma figurativa, a obra (ainda curta) de um dos realizadores verdadeiramente originais do panorama cinematográfico norte-americano. Dada a coragem deste em permanecer o mais fiel possível à sua visão (e o estado do mundo actual), não é de admirar que muita pouca gente tenha presenciado, recebido ou sequer entendido este filme (diga-se que o trailer não mostra nem metade da beleza complexa, inteligente deste excelente "thriller / Sci-Fi / arty / mindmessing movie"). Ou seja e resumindo, Kelly utiliza um tema altamente moralista camuflando-o de filme incatalogável. Parece que “Donnie Darko” não terá sido, de maneira nenhuma, um fogacho, dado que e tendo em conta esta sua 3ª obra, Kelly é um dos novos valores autorais a ter em conta para o futuro.Para mentes que dispensam fórmulas ou finais felizes "hollywoodescos" e preferem desafios mentais complexos, terror psicológico de bom recorte ou puzzles místicos carregados de simbologia e, já agora e tão somente, fãs da melhor ficção científica, o filme "The Box" está aí em estreia discreta (e que irá, presume-se, ser visionada por poucos) destinado a ser uma futura peça de culto. Nota: Para quando a edição portuguesa de "Southland Tales", o 2º filme do realizador?
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De Kelly, “Presente de Morte”, “Southland Tales”, “Donnie Darko” e Lynch

Fernando Costa

“Presente de Morte” (mais uma vez uma tradução que passa completamente ao lado do título original “The Box” e do filme) é a 3ª longa-metragem do realizador americano Richard Kelly e vem confirmar as obsessões do argumentista/realizador; melhor que “Southland Tales” mas sem atingir o nível de “Donnie Darko”, “Presente de Morte” é um óvni cinematográfico (embora não no mesmo sentido que os anteriores filmes de Kelly) que vale a pena ver. Baseado na história curta “Button, Button” escrita por Richard Matheson e que esteve na origem de um episódio da série televisiva “The Twilight Zone” (TTZ) dos anos 80, “Presente de Morte” nunca se confundindo com televisão tem para os conhecedores da série a típica premissa de um episódio de TTZ. Impossível de prolongar com interesse o que foi escrito para um segmento de um episódio da referida série, Kelly utiliza o material de base para o inicio do seu filme e decide com o resto do argumento dar uma explicação e explicitar “Button, Button”, enquadrando-o no seu universo fílmico. Aqui reside a primeira diferença com as primeiras duas obras onde Kelly não se preocupava em fazer a papa ao espectador; os críticos ou os não especialmente entusiastas de “Donnie Darko” apontaram o dedo ao realizador quando da estreia do filme afirmando que ficava a sensação de não se saber se “Donnie Darko” teria na realidade um sentido ou se era propositadamente “incompreensível” para se fazer passar por obra maior. Ora em “Presente de Morte” tudo (ou quase tudo) é explicado e essa diferença é ao mesmo tempo a maior novidade mas também o que o impede de ser um filme maior. Se no primeiro segmento (chamemos-lhe assim) Kelly consegue inequivocamente manter o suspense, a tensão e o mistério, a partir de certa altura (onde terminava o episódio de série televisiva) o filme parece mudar de tom. Isso resulta nalguma desconexão uma vez que de forma mais intensa e frequente Kelly introduz elementos estranhos ao material de base; o problema dos elementos introduzidos é uma questão de escala, passamos de um nível intimista de uma família, a quem é oferecido por um misterioso desconhecido a escolha de carregar num botão provocando a morte a alguém recebendo um milhão de dólares ou recusar a oferta e consequentemente o dinheiro, para um plano de nível cósmico com manipulação da mente e controlo de vontade, viagens através de portais e a existência de uma “entidade” desconhecida, talvez alienígena ou não, controladora de tudo. Mas Kelly não é mau argumentista nem mau cineasta e consegue com a continuação do filme unificar a película ficando apenas a sensação de em certas alturas o mistério ser mantido à força com as personagens a não dizerem aquilo que já sabem há muito só para dosear a expectativa da audiência. Ora aqui está um facto curioso é que em “Donnie Darko” o mistério (ou melhor as coisas que não compreendíamos imediatamente) nunca parecia forçado, em “Presente de Morte” tudo se explica ao longo do filme e o mistério parece-o (curiosa contradição que deve suscitar reflexão). O que não deixa o filme resvalar é que Kelly leu bem o que interessava em “Button, Button” e mantém a reflexão que a história original provocava e nunca abandona as suas personagens – esse interesse por e a existência de verdadeiras personagens estavam também presentes em Darko e seguravam os espectadores mesmo quando estes não percebiam inteiramente o que se estava a passar durante o filme. Em “Southland Tales”, a 2ª obra e uma extravagância de Kelly, as personagens eram caricaturas no meio de uma complicada trama (a envolver tecnologia avança e viagens no tempo) com a qual ninguém se importou realmente; “Southland Tales” contém sequências capazes de provocar um prazer delicioso ao espectador mas a audiência estava emocionalmente distante das improváveis personagens e da história – Kelly provavelmente percebeu isto e emenda-se em “Presente de Morte”. Assim o seu último filme, mais contido, agrega a reflexão que o material de base suscitava com os temas caros de Kelly - as preocupações com o universo, portais e acontecimentos maiores que as suas personagens, acontecimentos que estas não podem controlar e aos quais não podem fugir o que nos leva a concluir que para Kelly o universo é determinístico. É curioso notar que “The Box” se passa nos anos 70 ressoando os aspectos retro do décor com a história também ela uma criação que parece do passado e que já não víamos em cinema há muito tempo. Muito se tem falado sobre Kelly e Lynch (e Kelly alimentou-o falando da influência que Lynch teve nele). Lynch, esse grande artista e realizador, tem progressivamente vindo a testar os limites da quebra da narrativa clássica – se isso já era visível anteriormente agravou-se de sobremaneira com “Inland Empire”. Lynch dá o mote inicial ao seu filme e depois vai adicionando sequência atrás de sequência que embora contenham elementos comuns com o que vimos até então não parecem fazer sentido no imediato. Lynch vai dando fragmentos e informações importantes e fazendo sentir o espectador. Todo esse capital é utilizado para no final Lynch conseguir dar um sentido ao seu filme sem ter explicitado a narrativa classicamente no ecrã. É evidente que Lynch é excepcional. Se se pode entender que algumas das ideias de Lynch estão em Kelly (no sentido em que o espectador não tem a percepção imediata daquilo que se passa no ecrã) é preciso dizer que Kelly não é Lynch e se tivéssemos de pôr os dois na mesma frase Kelly seria uma versão “light new age pop” de Lynch. Não nos parece primordial tentar fazer a comparação entre os realizadores, o que nos interessa é que Kelly tenha uma visão própria (independentemente das fontes de inspiração) e sobretudo que realize bom cinema. Até agora Donnie Darko, sem ser uma obra-prima, é a jóia da coroa e “Presente de Morte” é um filme interessante que vale a pena ver. *** PS - para os interessados “Southland Tales” que “secretamente” já visionamos 3 vezes com uma espécie de “guilty pleasure” é um filme menos conseguido.
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Presentes destes não

Rita Aguiar

Desaconselho vivamente. Foi dos piores filmes que me lembro de ter visto ate hoje. Historia sem sentido, efeitos 'especiais' muito pouco especiais e por ai em diante. Os comentários que se ouviam quando o filme acabou demonstraram que a maior parte da sala pensou o mesmo. Apesar de estar longe de ser uma comédia ouviram-se muitos risos durante o filme devido ao ridículo a que chegavam certas cenas.
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Ficção Científica Old School

Carlos Rodrigues

Ao contrário da opinião da maioria dos votantes acho este filme muito bom. As referências ao 2001 de Kubrick são visíveis, sendo que provavelmente quem gostar de ficção científica na onda de Arthur C. Clarke ou Robert Heinlien seguramente vai gostar do filme. Sem estragar nada, o próprio botão da caixa mais parece a câmara de vídeo do HAL9000. Acho que o filme segue em tendência contrária aos argumentos modernos de ficção (seria melhor dizer de acção...), mostrando que ficção científica não tem necessariamente de se passar no espaço, no futuro, em ambientes fantásticos, nem tem de ser sinónimo de efeitos especiais elaborados e complexos. Para quem quiser ir ver um filme que vale pelo argumento e que mostra os perfis desagradáveis e perigosos da natureza humana.
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Não gostei!!!!

Atlântico Azul

Provavelmente um dos piores filmes que vi em toda a minha vida!!!
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Da incompreensão...

Carlos Figueiredo

"The Box" chega com grande atraso às salas de cinema portuguesas (já tinha visto o filme em Blu-Ray há alguns meses), mas mais vale tarde que nunca. Esmagado pela crítica um pouco por todo o mundo, este filme irá sem sombra de dúvida gerar um fenómeno de culto nos anos vindouros, um pouco à semelhança de "Donnie Darko". A forma como Richard Kelly recria a década de 70 (não só através do aspecto cénico e de guarda-roupa, mas também da própria fotografia, com ajuda essencial da banda sonora inquietantemente retro) é brilhante e cria uma sensação de desconforto quase imediata. Como Lynch, este é um autor obcecado com os subúrbios aparentemente perfeitos das cidades norte-americanas, brincando com o que se esconde sob o brilhante verniz das belas casas e dos relvados aprumados. É também ele um surrealista, embora Lynch enverede mais pelo esotérico e Kelly pela ficção científica pura. O que acontece quando o inexplicável invade a existência comum de uma família? Já em "Donnie Darko" se partia de um pressuposto similar. Em "The Box" acrescenta-se a paranóia que fez escola no cinema dos seventies, sentem-se ecos das grandes conspirações governamentais e empresariais. Kelly expande-as rasgando o limite do razoável, tecendo uma teia cósmica de eventos que afectam uma família comum (também ela espelho da infância do realizador). Esta é uma obra inquietante e absurda, um deleite que trespassa qualquer intento simplista de racionalização. É um nonsense controlado, que flutua entre o drama familiar quase telenovelesco e o suspense puro. Richard Kelly será sempre um incompreendido, um proscrito até. Quando assistimos, em “The Box”, a uma sequência em que Cameron Diaz é impelida por um dos seus alunos a descalçar-se e a mostrar perante a turma o seu pé desfigurado percebemos imediatamente que estamos a navegar em território não cartografado. Aqui navega-se no lado mais obscuro da mente, por entre dilemas morais (usar ou não usar o botão, sabendo que isso provocará a morte de alguém, mesmo que desconhecido) e manipulações colossais, num jogo incompreensível de enganos e verdades escondidas. Não é nem nunca será um filme convencional e muito menos consensual. É por tudo isso que o considero um dos melhores dos últimos anos.
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Da abjecção

joãocarpinteiro

Talvez haja resquícios de um contágio binário em alguns pareceres cinéfilos; somos herdeiros [homens do século XXI] de uma trama económica que reinventou medidas e reprime contingências, inclusive no campo artístico. As facções que protelam o direito à subjectividade bifurcam (com imperativa lógica) o caminho binário trilhado. No entanto, o que antes era “surreal” e “esquinado”, ou uma facção anti-lógica binária com face própria (estética surrealista), tornou-se apenas o reverso da moeda, a cara oposta à coroa economicista: isto é dizer que, da mescla democrática formada por direitos de expressão e direito ao erro [todo o objecto sem propósitos lucrativos] nasceu a nova facção – a do direito à implementação científica da subjectividade. É a ciência do eufemismo, que ao invés de dizer, por uma, outra coisa, diz por outra coisa, coisa nenhuma – esquema niilista da cultura vigente. Chamemos-lhe a ciência do adjectivo [37, se contei bem]; gramaticalmente é formidável, diga-se, e digno de realce – há aqui um jogo complexo entre dois elementos de criação semântica e sintáctica –, pois do uso aleatório do adjectivo nasce o eufemismo, ou melhor, transforma-se o nada (aquilo que há a dizer inicialmente) noutro nada (resultado da adjectivação); ou seja, o adjectivo funciona enquanto consumação da ciência da subjectividade, ou o seu devir-ciência, que dá ao nada uma forma de nada visível – as matérias criadas são de particular eloquência quando se usa dupla adjectivação ou se reforça, habitualmente no final do texto (quando o eufemismo começa a perder força, desgastado pela transformação operada ao nada), o desgastado adjectivo com um advérbio – ah, que objectos se roubam ao nada quando têm este suporte! Passar-me-ia despercebida – ou catalogada enquanto opinião controversa – esta tentativa de “acordar” estados inorgânicos, não fosse cruzar-se com eufemismos de outra estirpe, no caso corpórea [neste caso, a adjectivação reduz a nada objectos inicialmente corpóreos – num processo ainda mais elaborado]: são os casos citados de James Gray ou David Lynch. Quantas distopias adolescentes se não desenvolveram? Quantos Donnie Darko's não tiveram progressão, permanecendo para sempre ligados à trucagem precoce, sem se soltarem das amarras criadas por esse objecto pioneiro? Quantos não chegaram ao lugar onde o travelling pode ou não ser uma questão moral? É que desta Caixa só saem travelling's frontais, em busca de tensões [inexistentes], esperançoso(s) de conseguir mascarar o carácter oco da narrativa, da composição de personagens, da profundidade estética... Uma necessidade do homem civilizacional em criar símbolos que exprimam a nossa coerência – eis o fenómeno Richard Kelly. Pois é um abismo que separa DONNIE DARKO deste PRESENTE DE MORTE. O ponto de partida, ou melhor, a essência, é a mesma num e noutro filme. SOUTHLAND TALES (porque, hoje em dia, já não há KAPO's, ou filmes que nunca ninguém tenha visto) pareceu-me uma investida de Kelly pelo que devia ser o seu caminho – uma abordagem superficial à América superficial, repleta de figuras a quem a face rouba a profundidade; parecia-me uma muito sólida alusão aos meandros da pop art. Mas THE BOX é um desastre a todos os níveis. Não há inconsistência em ter de um (DONNIE DARKO) e de outro (estoutro) visões diferentes. Mas, infelizmente, como nos debates políticos, a necessidade de coerência do discurso rouba à acuidade interpretativa o que lhe pertence. O nosso ego é excessivamente ameaçado pela possibilidade de não-conformidade entre uma opinião actual e outra anterior. A verdade é que, após o nascimento, o crescimento de Kelly não aconteceu. Os filmes nunca adquiriram profundidade, mantendo-se tudo muito aquém das potencialidades visuais do Cinema; o casting (talvez único aspecto a quem se deva apontar responsabilidades noutras direcções, que não a de Kelly) é tenebroso: Peter Mardsen e Cameron Diaz são medíocres, Langella tipificado. O que antes “distraía”, pela sobreposição de histórias e direcções narrativas, agora entedia, pelo não governo/ mau tratamento de uma história já de si fraca.Como dizia antes, a análise a que me refiro passaria incólume, não fosse a comparação com, quiçá, os dois nomes mais importantes do cinema americano das décadas 90 e da primeira deste século. A Lynch não farei referência; Gray é tão só o mais habilidoso tradutor de uma linguagem narrativa (de partida) para uma linguagem visual (de chegada). TWO LOVERS é, provavelmente, o melhor filme americano desta primeira década, filmado (a câmara, a câmara!) com harmonia musical (a lembrar CASSAVETES?), interpretado na perfeição. Faz sentido “romper” com a acuidade estética para enfatizar premissas narrativas? O “romantismo terminal” de Gray provém dos travellings luminosos de Nova Iorque, das subjectivas da vista da cidade, da música de Henry Mancini! Não tem sequer um milímetro de contacto com o romantismo decrépito da oferta da prótese... A comparação de duas coisas tão distintas é de mau tom. E é de mau tom por ignorar a essência do cinema – a sua componente visual –, por desvelar a falta de acuidade visual patente nesta observação. Não é fácil opinar negativamente todas as semanas; também não é bonita a criação moderna de um lugar de intangibilidade pela não admoestração de objectos medíocres – o devir-ciência do “não é assim tão mau”, tão concordante com a essência do homem civilizacional português –, mas esta análise roça a incompreensão! Não se pode transformar objecto de tão pouco valor noutra coisa que a não é, referindo-o a par de obras de nível estético ímpar.
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Ridículo

Miley (L'

Filme completamente RI-DÍ-CU-LO. O homem é completamente tarado. E daqueles filmes que nos fazem pensar muito e que acabam por não explicar nada. O final é dramático demais. Então ele mata a mulher para ficar com o filho e ainda vai preso? Opá. E aquilo de sangrarem todos do nariz? Também não percebi... A cena mais cómica do filme é a mulher do tarado ao pé dos portais de água, na biblioteca. Até chorei a rir! Não recomendo. Tenho 13 anos, odiei, não percebi nadinha...
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