As Ervas Daninhas

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104 min 2009 M/12 08/04/2010 FRA, ITA

Título Original

Les Herbes Folles

Sinopse

Georges Palet (André Dussollier) é um homem de meia-idade, casado com Suzanne (Anne Consigny), uma mulher adorável, com quem tem dois filhos. Marguerite Muir (Sabine Azéma) é solteira, médica dentista e tem uma paixão por aviões. Um dia Marguerite é assaltada, perdendo a carteira de documentos que é, por acaso do destino, encontrada por Georges. Sentindo-se muito atraído pela fotografia da mulher dos documentos perdidos, a até então estável vida de Georges, fica de pernas para o ar: agora sente que tem de conhecer aquela mulher nem que para isso tenha de usar os esquemas mais bizarros. E, assim, de um incidente banal, resulta um inesperado caso de amor que porá as suas vidas em total desordem.<br/> Baseada no romance "L''Incident" escrito por Christian Gailly, uma comédia romântica com o toque do francês Alain Resnais ("Hiroshima, Meu Amor", "É Sempre a Mesma Cantiga", "Fumar"/"Não Fumar", "Corações"). <p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

As Ervas Daninhas

Mário Jorge Torres

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Ele está vivo, ele mexe-se!

Vasco Câmara

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As Ervas Daninhas

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Excelente

Nuno Câmara Lima

Recomendo vivamente este filme.
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Uma autêntica erva daninha

Clara

Fime mais patético seria difícil. Uma erva daninha.
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A Erva Daninha

Fernando L Costa

“As Ervas Daninhas”, baseado no romance “L’incident” do autor Christian Gailly, respira cinema em cada fotograma e a realização de Alain Resnais, agora com quase 88 anos, é tão refrescante como uma brisa de ar fresco. Tudo começa com o roubo de uma carteira que George Palet, um homem na casa dos 50 anos, encontra no chão de um parque de estacionamento. George fica interessado na mulher proprietária da carteira ao observar uma das duas fotografia que fazem parte dos documentos de identificação que se encontravam do item roubado; a fotografia que o interessa está integrada numa licença para pilotar aviões, sendo os aviões uma das paixões de George. George é casado com uma mulher alguns anos mais nova que ele e têm dois filhos adultos e um genro. Tudo poderia ser o prelúdio para a história de um caso amoroso entre um homem casado e uma mulher que acidentalmente e tardiamente entra na sua vida, mas logo de inicio percebemos que George sofre de uma perturbação psíquica, tem um estranho relacionamento com o mundo, nomeadamente com as mulheres e existe um mistério no seu passado que poderá estar relacionado com um crime sexual. George ao mesmo tempo que quer conhecer esta mulher não o consegue fazer porque é/está psiquicamente perturbado (Resnais usa um artificio já antigo mas que funciona muito bem para nos mostrar os pensamentos de George). George por causa da sua condição tem uma relação estranha com o mundo e com as pessoas - George vê o mundo de determinada maneira e espera utopicamente que o mundo aja com ele de determinada forma, o que não acontece; George não consegue lidar com isto e reage desadequadamente. É desta dissociação entre o pensamento e a acção e entre a fantasia e a realidade que surge o conflito que faz avançar o filme e que põe a personagem em ”perigo”. André Dussolier encarna George na perfeição, com todas as suas fúrias, medos, angústias, ambiguidades, fantasias e desejos. Alain Resnais dirige este filme como se de um sonho se tratasse, os planos são perfeitos, a fotografia quente e sensual, isto apesar do “background” da personagem e do seu estado actual. Para Resnais, assim como para as outras personagens, George (uma das “Ervas Daninhas”) tem tanto de insuportável como de sedutor e de “contagioso” e essa sensação de onirismo serve mesmo esse propósito, o de fundir o George real cru com o George sedutor imaginário. Se este filme respira cinema também rouba ao cinema, ou não seja este a maior fábrica de sonhos (fantasia ou desejos) do mundo. Chama-se particularmente a atenção para a sequência em que George vai ver “The Bridges at Toko-Ri” onde ouvimos uma das mais interessantes linhas de que recentemente tenho memória. E Resnais vai ainda mais longe nesta dissociação/associação fantasia/realidade ensaiando o final feliz (“hollywoodiano” porque ouvimos o jingle da FOX) para a sua história de amor improvável apenas para alguns minutos depois o destruir completamente. Há tanta liberdade artística neste filme que nos arriscamos a dizer que Alain Resnais é a verdadeira “erva daninha”. No fim do filme uma criança pergunta à sua mãe: “Mãe posso comer croquetes quando for gato?”. A resposta só pode ser: “Uma vez que nunca serás gato podes comer os croquetes que quiseres!”. Cinema em grande.
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Ervas daninhas do meu quintal!

Carlos D Silva

A criança (filha do autor da ficção que inspira o filme?) que pergunta se poderá comer croquetes quando for gato, descobrirá um dia que não foi por ser gato que pôde comer croquetes. Nunca será pacífica a convivência da fantasia com a realidade e quando se confundem podemos ter o ser humano no seu melhor ou no seu pior. Neste caso, temos Resnais no seu melhor, filmando com ironia de mestre as vicissitudes dos que comeram croquetes e ficaram frustrados por não serem gatos. São seres que moem sempre e por vezes matam. Com graça!
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As Ervas Daninhas

Maria Teresa Silva

Em vez de crítica procuro saber o que pensam da cena em que aparece uma das protagonistas em criança dizendo que gostava de ser gato... Dá para darem a vossa visão/entendimento? Obrigada
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