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Amar, Beber e Cantar

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Comédia 108 min 2014 09/10/2014 FRA

Título Original

Aimer, boire et chanter

Sinopse

<div>No condado de Yorkshire, Inglaterra, três casais são abalados pela triste notícia de que George Riley, um amigo em comum, sofre de uma doença terminal e que lhe restam seis meses de vida. De forma a aliviar a dor de George e proporcionar-lhe alguma alegria nos últimos meses, os seis decidem convidá-lo para se juntar ao seu grupo de teatro amador. O que ninguém esperava era que aquela aproximação fizesse vir ao de cima muitas histórias do passado que iriam alterar a dinâmica entre cada casal. E as coisas complicam-se quando George – que, no filme, nunca chega a ser visto ou ouvido – resolve fazer uma viagem a Tenerife, Espanha. Cada uma das mulheres, determinada a marcar a diferença na vida dele, quer acompanhá-lo, deixando os seus respectivos maridos em total perplexidade…</div><div>Adaptando "Life of Riley", uma peça de Alan Ayckbourn, esta é a derradeira obra de Alain Resnais, o celebrado realizador de "Hiroshima Meu Amor" (1959), "É Sempre a Mesma Cantiga" (1997), "Corações" (2006) e "As Ervas Daninhas" (2009), entre outros. Os actores são uma mistura de presenças regulares e estreantes na companhia do cineasta: Sabine Azéma, Hippolyte Girardot, Caroline Silhol, Michel Vuillermoz, Sandrine Kiberlain e André Dussollier. PÚBLICO</div>

Críticas dos leitores

Sim, "Avida é um palco", mas

Domingos Matos

É uma história bem contada, com muitos ingredientes da vida e que dá para pensar. Gostei.
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A despedida de Resnais.

Valentina sousa

É uma bela obra de despedida. Resnais aos 91 anos parece ter olhado a morte com tranquilidade e isso é bonito de ver. A vida e a morte não serão apenas cambiantes da mesma coisa? Podemos viver distraídos da vida, resignados, semi-mortos, como aqueles 3 casais maduros com as suas vidinhas burgeoises. E é a perspectiva da morte que anima a vida, Georges o morto anunciado é afinal a personagem mais cheia de vida, mais amante da vida, de todos eles. Porque a vida não se celebra com patéticas festas de aniversário. A vida celebra- se vivendo... e morrendo.
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OK, "a vida é um palco", mas...

Pedro Brás Marques

Há uns valentes anos, um amigo meu anunciou que tinha descoberto, ali para os lados do Furadouro, um prato novo: feijoada de marisco. “Então, que tal?”, perguntei. “Feijoada é óptimo, não é? Marisco também é muito bom, certo? Agora, os dois juntos não funcionam!”, rematou ele lapidarmente. Tudo isto para dizer que, por vezes, unir o melhor de dois mundos não acrescenta, antes retira ou estraga. <br /> <br />É precisamente isto que se passa com a última obra de Alain Resnais que mais não é do que teatro filmado, o que acontece de forma consciente e intencional. Os cenários são de cartão, as portas são panos pendurados, a iluminação é quase sempre vertical, os movimentos de câmara são escassos e os planos estáticos. O argumento, claro, foi concebido para o palco e isso nota-se. Mas Resnais quis jogar com as aparências, recordar-nos ironicamente a máxima de Shakespeare de que “a vida é um palco” no qual somos constantemente actores e que o relevante não são os cenários mas sim as palavras e as emoções que saem de cada personagem, isto é a sua essência. Por outras palavras, não deve o espectador perder-se com o trivial, mas antes concentrar-se no importante. Nesse aspecto, no de passar a mensagem que pretende, Resnais acerta em cheio. Mas há que perguntar: vale a pena? E a resposta só pode ser negativa. Isto por uma razão que está presente logo à partida: cinema e teatro são duas formas de expressão artística com linguagem e cânones próprios e que provocam diferentes pré-disposições e reacções nos espectadores. O que temos em “Amar, beber e cantar” não é cinema, nem é teatro. E isso reflecte-se de forma fatal na apreciação final. <br />O filme é baseado numa peça do dramaturgo inglês Alan Ayckbourn, sendo a terceira que Resnais filma - apenas conseguindo confirmar que a sua ideia não vinga. Faz-me recordar a ligação, mutatis mutandi, de Manoel d’Oliveira com Agustina… O argumento anda à volta de alguns casais que resolvem convidar um amigo comum, George Riley, para com eles participar numa peça de teatro. Ficam, então a saber que ele está doente, com pouco tempo de vida, o que despoleta uma série de recordações que vão partilhando entre si. <br />Tendo como referência o que disse no início, temos então uma peça de teatro dentro de outra, sendo que os únicos momentos cinematográficos com cenário real são as imagens de circulação automóvel em estrada para nos revelar que o local e os intérpretes da cena seguinte irão mudar… Escusado será dizer que assistir a um filme destes não é fácil, dada a monotonia do que nos é apresentado, muito embora seja algo estimulante tentar descobrir as pistas que Resnais nos vai dando sobre a sua interpretação daquela famosa tirada do Bardo sobre a relação entre a vida e a verdade…
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Amar, beber e cantar

Maria Ascenso

É uma peça de teatro filmada. Para comédia falta-lhe muito e para filme falta tudo.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Resnais, um dos realizadores de topo da cinematografia francesa (e um dos precursores do movimento nouvelle vague), faleceu no passado mês de Março, aos 91 anos, tendo-nos deixado como herança este "Amar, Beber e Cantar" - derradeira obra que tem sido, grosso modo, idolatrada, quase unanimemente, pela crítica especializada. Talvez por "ser do contra" (e, por norma, não enveredar no espírito geral de que "quando morrem todos são bons"), confesso que não partilho, nem pouco mais ou menos, esta "excitação" pelo filme, inclusive, considero-o uma "obra menor" quando comparado com outros seus projectos (nomeadamente, "Ervas Daninhas", "Corações", "É Sempre a Mesma Cantiga" e "Fumar/Não Fumar" - sendo que nunca tive oportunidade de visionar aquela que é considerada a sua "menina dos olhos", o "Hiroshima, Meu Amor"). Não que seja um mau filme, pelo contrário, todavia, confesso que fartei-me de remexer na cadeira do cinema consequência de nítido enfado, quiçá, devido ao seu registo de comédia teatral (que, mea culpa, não é uma linguagem que me agrade de sobremaneira), bem como pelo argumento pouco interessante (ou então, pura e simplesmente, eu "não estava para aí virado", pois os meus excessos da noite anterior ainda se faziam sentir). Seria, no entanto, injusto se não reconhecesse quer a excelência dos actores em palco (apenas 6), quer a forma divertida e algo original com que o "novelo" se vai desenrolando.
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Arte

Marcela Monte

O tema é mais safado que a "massa sovada" e não traz nada de novo. No entanto é de apreciar a ambiguidade entre o teatro e a vida das personagens, assim como os cenários: são de artista.
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Amar, Beber e Cantar

Jose Neves Godinho

O Mestre Alain Resnais, sempre nos encantou com os seus maravilhosos filmes. Este é sublime.
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