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Homem-Aranha 2

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Acção, Aventura 127 min 2004 M/6 15/07/2004 EUA

Título Original

Spider-Man 2

Sinopse

A vida de Peter Parker complica-se porque é cada vez mais difícil para o super-herói conciliar a sua faceta de Homem-Aranha e a sua identidade de todos os dias. Para conseguir continuar a lutar contra o crime, Peter tem de abdicar dos amigos, não tem tempo para Mary Jane, as notas da faculdade ressentem-se e não param de descer e o editor do jornal com o qual colabora só quer fotografias do Homem-Aranha. Por tudo isto, Peter está a ponderar deixar por uns tempos a sua missão de guardião dos nova-iorquinos. Mas, aí, aparece um novo vilão, Otto Octavius, um cientista brilhante, que Peter admirava, mas que se transforma em Doc Ock, um monstro com quatro tentáculos, depois de uma experiência que corre mal. Tobey Maguire volta a dar corpo ao super-herói da Marvel e Sam Raimi assina novamente a realização. <p/>PUBLICO.PT

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Críticas dos leitores

Nas teias de um bom blockbuster

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Há dois anos, o muito adiado, repensado e aguardado projecto de transpor as peripécias do Homem-Aranha para o grande ecrã foi finalmente concretizado, gerando um dos filmes mais populares dos últimos tempos e deixando no ar uma considerável expectativa para a obrigatória sequela. Parte do segredo de tanto sucesso deveu-se à escolha do realizador, Sam Raimi, que até então se encontrava associado a esferas mais "underground" e que, graças ao herói aracnídeo, conseguiu o seu maior êxito até à data. Embora fosse, aparentemente, mais um dispendioso filme de Verão, "Homem-Aranha" ultrapassou a mediania devido a um argumento bem estruturado, uma realização segura e apropriada para um universo oriundo da BD, personagens suficientemente consistentes e um elenco que revelava uma inegável entrega ao projecto.<BR/><BR/>Equilibrando na dose certa drama, acção e humor, "Homem-Aranha" proporcionou um "blockbuster" distante do habitual desfile de efeitos especiais que caracteriza muitos dos exemplos do género, recorrendo a estes apenas em momentos estratégicos e evitando doses desnecessárias de pirotecnia.<BR/><BR/>Num período marcado por tantos filmes baseados em personagens dos "comics" (sobretudo da Marvel), "Homem-Aranha" constituiu uma das melhores adaptações do género, respeitando o espírito da BD e apostando na construção de personagens em detrimento das sequências de acção (juntando-se às igualmente interessantes abordagens efectuadas no ousado, atmosférico e intimista "Hulk", de Ang Lee, e aos sofisticados e imaginativos "X-Men" e "X2", de Brian Singer).<BR/><BR/>Sam Raimi criou um bem sucedido exercício de revitalização do género em "Homem-Aranha" e comprova, com o muito aguardado segundo episódio da saga, que foi uma escolha apropriada e credível para o cargo de realizador. Contrariamente às múltiplas sequelas desinspiradas, repetitivas e monótonas que proliferam no panorama cinematográfico actual, "Homem-Aranha 2" mantém as fortes doses de entusiasmo, criatividade e componente lúdica que se manifestaram na primeira aventura.<BR/><BR/>O trio de jovens actores constituído por Tobey Maguire (novamente irrepreensível como Peter Parker), Kirsten Dunst (que compõe uma Mary Jane Watson mais independente e decidida) e James Franco (num competente Harry Osborn, apesar da sua personagem ser pouco trabalhada) persiste, juntamente com as presenças dos veteranos Rosemary Harris (apropriadamente enternecedora como May Parker) e J.K. Simmons (que interpreta um J.J. Jameson perfeito e muito divertido, fiel à matriz da BD). A única personagem nuclear inédita nesta segunda aventura é o vilão Doctor Octopus, interpretado por Alfred Molina, um antagonista mais ambíguo e tridimensional do que o pouco conseguido Duende Verde do filme anterior.<BR/><BR/>Se "Homem-Aranha" apresentava o universo do protagonista, a sua origem e as reacções iniciais aos inesperados superpoderes, o novo episódio ultrapassa essa perspectiva mais superficial e debruça-se sobre o âmago do herói, as suas inseguranças, medos, incertezas e sobre as consequências do heroísmo do Homem-Aranha no seu alter-ego, o tímido e atrapalhado Peter Parker (desfazendo, em parte, a aura "feel-good movie" que preenchia o primeiro filme). Sam Raimi explora agora as dúvidas e as depressões do paladino aracnídeo, lançando-o numa fase de questionamento e reavaliação da sua conduta.<BR/><BR/>Assombrado pelo peso do poder e da responsabilidade, Peter Parker afunda-se numa espiral descendente que roça o desespero, tornando-se incapaz de cumprir os compromissos e metas da sua (quase nula) vida privada. Deparando-se com a obrigação de fazer escolhas determinantes e seguir caminhos imprevisíveis, Parker sente-se tentado a terminar com o seu papel enquanto Homem-Aranha, dado que o herói lhe traz mais entraves do que benefícios. Encarando os seus poderes como uma maldição e não tanto como um dom, o jovem decide dinamizar a sua vida pessoal e recuperar o tempo perdido.<BR/><BR/>Esta dúvida existencial recorrente é um dos elementos que tornam o Homem-Aranha num dos super-heróis mais verosímeis e acarinhados pelo público da BD, e Sam Raimi consegue retratar eficazmente essas situações conturbadas, gerando diversos bons momentos que conjugam o humor (por vezes negro, mas com "gags" irresistíveis) e o drama de tonalidades melancólicas.<BR/><BR/>As difíceis escolhas que caracterizam a vida do protagonista funcionam também como uma metáfora do processo de crescimento, ilustrando as experiências e a solidão de um jovem adulto em busca do seu rumo e que teme enfrentar o peso da responsabilidade.<BR/><BR/>Para além destes momentos de auto-(re)descoberta, prossegue em "Homem-Aranha 2" a inspirada história "boy meets girl" de Peter Parker e Mary Jane, elemento-chave no primeiro filme e que aqui se revela igualmente essencial. Mary Jane é, agora, uma personagem mais forte e consistente, afastando-se do estereotipo de jovem indefesa que precisa de ser salva para se tornar numa presença com mais garra e determinação (e muito mais próxima da personagem original da BD).<BR/><BR/>O filme equilibra o lado humano/dramático com impressionantes sequências de acção, suscitando situações com altas doses de suspense e adrenalina. Estas cenas resultam melhor do que no episódio anterior, não só pela evolução dos efeitos especiais desde então mas também devido ao vilão Doc Ock, cuja concepção (do uniforme e dos movimentos) é melhor conseguida do que a do algo questionável Duende Verde.<BR/><BR/>Raimi filma os momentos de acção com um ritmo e eficácia assinaláveis, criando peripécias visualmente surpreendentes e dignas de antologia (embora se tornem, por vezes, demasiado inacreditáveis; o exemplo mais gritante são as proezas acrobáticas da tia May). A espaços, o realizador resgata mesmo algum do espírito das suas obras antigas ("Evil Dead", "Darkman"), estruturando situações com consideráveis cargas macabras e sinistras (a explosão que transforma Otto Octavius em Doctor Octopus será, provavelmente, a mais marcante).<BR/><BR/>O talento do cinesta manifesta-se, ainda, na forma como capta Nova-Iorque, expondo-a como território de fusão de atmosferas e personagens e destacando-a como uma componente primordial para a construção do herói (é impossível imaginar o Homem-Aranha noutro ambiente, assim como Batman não faria sentido fora de Gotham City). Em certas ocasiões, verificam-se ainda ressonâncias da catástrofe de 11 de Setembro (a união dos civis para proteger o herói durante o acidente no metro, por exemplo), factor que também marcava a primeira aventura.<BR/><BR/>"Homem-Aranha 2" comprova que a saga cinematográfica do herói aracnídeo é uma das mais dignas e coesas de entre as muitas que têm surgido recentemente e que tomam o universo dos "comics" como referência inspiradora. Aumentando o grau de densidade dramática face ao primeiro episódio sem prescindir, no entanto, de um fundamental aspecto lúdico, esta nova aventura proporciona um entretenimento de topo concebido com alguns dos melhores ingredientes disponíveis.<BR/><BR/>Apropriado para um público dos 7 aos 77, "Homem-Aranha 2" demonstra que mesmo um filme comercial, ultra-promovido e divulgado, pode conter ainda elementos da magia do cinema e tornar-se num objecto muito convincente. Não será propriamente o filme do ano mas é, até agora, o mais forte candidato a melhor "blockbuster" de 2004.
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2 é melhor que 1

J.P.T.

A primeira surpresa nesta sequela a um Homem-Aranha que se levava muito a sério é a aposta no humor. Delirantes, os números do elevador, da lavandaria, da violinista e todas a aparições do formidável J.J. Jameson. Pena que se insista num certo "teenage angst" (em cuja representação T. Maguire é um génio) em detrimento da natureza mordaz e descontraida do Aranha (onde ele falha). Pena, também, que se esteja a assistir, pela primeira vez, a um declínio na qualidade dos efeitos visuais. As facilidades que dão as CGI levam ao abuso, do qual a calamitosa cena do comboio é um triste exemplo – mais parecia o "Toy Story" (ressalvem-se os fabulosos tentáculos do Dr. Octopus, todavia difíceis de coreografar). Mas, apesar disto e da presença algo irritante de K. Dunst, o saldo é positivo: ao contrário do primeiro, lento e pesado, o segundo Aranha voa bem alto.
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Melhor que o primeiro

José Manuel Antunes Aguiar Soares Gomes

Um filme de acção equilibrado, com pitadas de humor, suspense e muitos efeitos especiais. Algumas cenas de violência brutal como o "acordar do Dr. Octaputus no hospital" podiam ser aligeiradas. Um bom trabalho de Sam Raimi para o género.
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Uma xaropada

V.G.

Tirando as imagens do aranhiço sobre as ruas e a imaginação revelada com a figura do octpopus, é um enjôo. Para o que muito ajudam as carinhas de patetas do casalinho.
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Maturidade e Inocência

F.S.

A história é bastante interessante: o dilema vivido pela personagem devido às suas duas vidas, a de Peter Parker e a de Homem-Aranha até é bem explorado, embora não aprofundado, o que até é compreensível num filme de acção que pretende abranger e agradar a vários públicos. Comparativamente ao primeiro, este está melhor em termos de intensidade de personagem - Peter Parker já não é um adolescente, já revela um processo de crescimento interno - no entanto, tanto consegue num minuto revelar toda a sua maturidade, como quando rejeita Mary Jane abdicando dos seus sonhos por um bem maior, como de seguida volta à inocência, crendo ser possível abandonar a vida de Homem-Aranha.
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Homem anormal

Pedro Reis

Acabo agora de ver este péssimo filme sem qualquer justificação para a sua existência. Acho péssimo já que vejo aranhas e robots por todo o lado. Aonde me leva isto? Estamos na nano age? Acho que o seu realizador deveria pensar duas vezes antes de fazer um filme destes.
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Spider Man

Ana

Para mim, que sou fã das revistas da Marvel, tenho a dizer que é de facto um filme a não perder, com cenas muito bem conseguidas. Fez-me rir e chorar... grandes efeitos especiais...
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Só????

Márcio Lima

Os críticos só dão 2 a 3 estrelas??? Desculpem-me mas fazem-me rir... O filme está fantástico e os realizadores souberam gerir muitíssimo bem a história para criarem esta magnífica continuação de Spider Man. Grafismo excelente, personagens a alto nivel, banda sonora impecável... Na minha opinião um dos melhores filmes do ano! E se os senhores doutores "críticos" de cinema dizem isso de um filme destes... ou é porque ainda não viram o filme, ou então... sinceramente. Deixam muito a desejar...
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Sem palavras para o filme

Vânia Camacho

Ainda não vi o filme, mas espero que me surpreenda tanto ou mais do que o primeiro, que foi excelente. Parabéns ao realizador e ao actor que é tudo de bom.
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Muito bom mas incompleto

Fã do Aranha

Acabei de ver e tenho de dizer que estou impressionado. É bom ver um filme que combina tão bem acção e história. A maior falha do filme é não seguir mais fielmente a história original da BD e a identidade secreta de um super-herói devia realmente ser mais cuidada. Mas a promessa de muitas sequelas (mesmo tendo que aturar as caras do Toby McGuire) é uma que realmente me anima.
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