A Visita e Um Jardim Secreto
Título Original
Realizado por
Sinopse
Críticas Ípsilon
A Visita e um Jardim Secreto. A pintora que não queria ser filmada
Haveria um filme a fazer sobre a figura de Isabel Santalò, mulher artista na Espanha franquista, mas não é este documentário frustrante mesmo que esforçado.
Ler maisCríticas dos leitores
Inesperado! Um filme obrigatório para quem gosta de cinema!
Rosário Henriques
Refletindo a beleza em cada cena, este filme é uma obra-prima cinematográfica que merece não apenas uma, mas cinco estrelas. A trama envolvente tece uma narrativa intrigante em torno da artista pintora desaparecida, Isabel Santaló, cujo mistério é habilmente explorado ao longo da película.
O filme captura a essência da arte e da vida através de um jogo magistral de espelhos, revelando profundidades emocionais e camadas de significado. A realizadora, Irene Borrego, interpreta sua sobrinha, O retrato do gato Ramsés é uma verdadeira obra de arte que transcende as telas. A conexão entre o retrato e a busca pela tia-artista desaparecida adiciona uma dimensão única à narrativa. A cinematografia é deslumbrante, capturando a beleza de cada cena e utilizando-a para aprofundar a experiência do espectador.
A trilha sonora complementa perfeitamente a atmosfera do filme, os silêncios e o minimalismo da construção sonora, proporcionando uma imersão total nesta história. Em resumo, este é um filme que vai além de ser simplesmente bonito; é uma obra de arte visual e narrativa. Cada elemento, desde a trama intrigante até a interpretação cativante dos personagens, contribui para criar uma experiência cinematográfica inesquecível. Uma homenagem à arte, ao mistério e à beleza, este filme merece todas as cinco estrelas.
Magnífico! Experiência inesquecível
António Olaio
Filme brilhantemente realizado! Não sei que filme o Jorge Mourinha viu nem o conhecimento que tem da artista Isabel Santaló que o leva a dizer que haveria um filme a fazer dela que não seria este… Até porque é o desconhecimento, o total esquecimento da sua obra e, mesmo, da própria artista e pessoa, é que é a matéria deste filme. Um filme magnífico onde cada plano e a sensibilidade da sua montagem traduzem rigorosamente a singularidade desta visita e de um jardim mantido secreto. Jardim que poderia estar num quarto fechado, mas está muito para além da sua porta (que pelos visto o Jorge Mourinha terá aberto… ).
Pura beleza para experiência de quem o for ver, que não estragarei dizendo mais. Também o aconselharia aos artistas que, independentemente da sua visibilidade, têm sempre um jardim secreto…
Belíssimo
Helena Ferro
Um filme subtil, imperceptivelmente violento, repleto de silêncios que falam mais alto do que qualquer palavra. Este filme documental trata vários assuntos que raramente são abordados em conversa pública ou em cinema, pelo menos desta forma tão franca e honesta: o envelhecimento, o apagamento das mulheres da história da arte, a dificuldade no relacionamento intergeracional entre duas mulheres, o remorso da falta de reconhecimento público. Fala de tudo isto com pouquíssimas palavras, vivendo antes dos silêncios e do arrastar dos momentos, exactamente como se arrastam no nosso dia a dia. Mas pelos olhos de Irene Borrego tudo tem muito mais profundidade e intensidade. É um filme duro de ver mas foi certamente uma das experiências mais bonitas que alguma vez tive numa sala de cinema. Se está à espera de um blockbuster este filme não é para si. Se aprecia a delicadeza do sublime e a dureza da tensão crua, compre um bilhete e aprecie.
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