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V de Vingança

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Thriller 132 min 2006 M/12 23/03/2006 EUA, ALE

Título Original

Sinopse

Passado na paisagem futurista de uma Grã-Bretanha totalitária, "V de Vingança" é a história de Evey (Natalie Portman), uma jovem que é salva de morte certa por um homem mascarado (Hugo Weaving). Identificando-se apenas como "V", o mascarado revela um carisma incomparável e um talento extraordinário na arte do combate e da astúcia. V desencadeia uma revolução quando insta os compatriotas a lutar contra a tirania e a opressão. Mas ao descobrir a verdade sobre o misterioso passado de V, Evey toma também conhecimento da verdade sobre si própria e emerge como imprevisível aliada de V, no seu plano para devolver a justiça e a liberdade a uma sociedade afligida pela crueldade e a corrupção. PUBLICO

Críticas Ípsilon

V de Vingança

Mário Jorge Torres

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R de resistência

Jorge Mourinha

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Blockbuster intimista

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

uma rara riqueza cinematográfica

Ricardo Silva

Recheado de pormenores técnicos fascinantes, e de simbolismos incontáveis, este filme é uma obra notável que poderá abalar a superficialidade da nossa visão para com o mundo que nos rodeia. Uma critíca acesa ao regime totalitarista, podendo ser interpretado como uma hipérbole do nosso mundo tão actual. Interpretações muito acima da média e a excelente realização e fotografia, juntamente com cenas de no mínimo inspirantes, fazem deste deste filme um dos do meu top! Uma história que certamente nunca estará desactualizada ou fora de contexto, poderá sempre abrir um pouco os olhos de quem os queira abertos e atentos. É aconselhável no meu ver, visionar este filme 2, 3 , 4, 5,........vezes. As que forem necessárias para se absorver o seu poder crítico, metafórico e introspectivo. Bónus do filme: carinha BUÉ feia da Natalie, Natália pós amigos ;)
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Bom argumento

Cris

Gostei do filme em geral. Quem espera muita acção deste filme desengane-se, ele vale pelo bom argumento que quanto a mim é o fundamental.
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Nem os efeitos especiais têm interesse

António Cunha

O que este filme poderia ter sido... Mas não é! A história é muito boa. Tudo o resto vale pouco ou nada. Até os efeitos especiais! Também o desempenho de Natalie Portman é medíocre (a pronúncia inglesa é muito mal conseguida). Esperava mais desta actriz. Por outro lado, Hugo Weaving abrilhanta, mais uma vez, tudo o resto. Os planos repetidos das mesmas pessoas chateiam e não servem o filme. Que desperdício e que pena. Apetecia mesmo que este tivesse sido um grande filme. A sequência final é, infelizmente, o único momento de interesse. Até a telenovela venezuelana, vencedora do Óscar de melhor(?!) filme, é melhor que isto.
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Bacano

pirate

Curti, bem louco.
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Faltou a base: a anarquia

Danielson Galucio

O filme "V de Vingança" trouxe para as telas um dos quadrinhos mais questionadores já escritos. Contudo, a adaptação não pôde reproduzir toda a fascinante história do herói de nome V. Partes essenciais do quadrinho foram omitidas ou tiveram sua ordem de acontescimentos alterada. Inicialmente, Evey não estava simplesmente passando pela rua após o toque de recolher. Na verdade, a personagem encontrava-se em um momento de desespero e iria tentar fazer, pela primeira vez, um programa, momento em que V aparece e a salva dos homens do Dedo. Tal fato é essencial, pois vai ser mais uma justificativa para o ritual a que ela é submetida. Ritual de passagem, de resgate da integridade e da esperança de que a condição de desespero não pode ser superior ao sentimento de preservação pessoal.<BR/><BR/>Entretanto, o ponto mais crítico da adaptação é o fato de V não mostrar sua concepção de anarquismo, algo que é o objetivo primeiro do quadrinho. Por algum motivo os produtores deixaram de fora a frase: "Anarquia significa: sem líder e não sem ordem. Ordem voluntária". Esse ponto seria essencial, pois mostraria o que motiva a vingança de V, ou seja, a devolução da liberdade às pessoas em geral. Uma liberdade que deveria estar aliada com a responsabilidade e com a autonomia, que no quadrinho, seria desenvolvida com a atuação de Evey fazendo o papel de V.<BR/><BR/>Outros pontos merecem ser criticados, como o fato de não aprofundarem as articulações e traições existentes entre os membros do poder. Além disso, no filme há uma sugestão, posteriormente esclarecida, de que V faria um acordo com um dos políticos, algo totalmente equivocado, pois ele, no quadrinho, emprega sua vingança de forma destemida e sem perdão, matando todos aqueles que estavam metidos com Larkhill, ou protegendo o sistema totalitário.<BR/><BR/>Apesar de todos os equívocos o filme traz uma visão, nem sempre comercializada dos heróis e da atuação dos políticos, mostrando que se alguns estão no poder, este proveio da sociedade civil, voluntariamente ou por acomodação.
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Tirania actualizada e terrorismo ambíguo

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

A 5 de Novembro de 1605, Guy Fawkes foi detido num túnel debaixo do Parlamento britânico na posse de 36 barris de pólvora destinados a derrubar a tirania do Rei James I e colocar um rei católico no trono. Fawkes e os seus colaboradores foram enforcados. Em 1982, Alan Moore, em colaboração com o artista gráfico David Lloyd, escreveu a banda desenhada "V for Vendetta", um velado (ou nem tanto) ataque às políticas conservadoras de Margaret Thatcher e um grito pela liberdade e pela justiça. Em 2005, o argumento dos irmãos Andy e Larry Wachowski ("Matrix") (adaptação largamente criticada pelo próprio Alan Moore), nas mãos do estreante James McTeigue (assistente de realização em "Matrix"), manteve a Inglaterra mas actualizou-a para um futuro próximo, onde um governo conservador e totalitário, liderado pelo maníaco Chanceler Sutler (John Hurt), domina a população usando o medo como arma (isto é ficção, certo?!), eliminando tudo o que é diferente.<BR/><BR/>Evey (Natalie Portman), filha de radicais anti-governamentais, trabalha no departamento de correspondência da única estação de televisão existente. Uma noite, depois do recolher obrigatório, Evey é detida pela segurança governamental ("Fingers") e é salva por um vigilante mascarado, de seu nome V. V (Hugo Weaving) é um revolucionário que usa o exemplo de Guy Fawkes (e a sua máscara) na sua luta por libertar a Inglaterra da corrupção, da crueldade e das mentiras do governo. Evey vê-se apanhada no meio do plano de vingança de V, que pretende fazer explodir as Houses of Parliament no 5 de Novembro seguinte. Um diligente investigador do governo Finch (Stephen Rea) tenta evitar o pior.<BR/><BR/>V usa um vocabulário sofisticado (a aliteração usada numa das primeiras falas é desconcertante), ao mesmo tempo que brade armas brancas com uma elegância oriental. Num misto de loucura, melancolia e teatralidade ("à la" Fantasma da Ópera), faz a constante evocação de Edmond Dantes, o Conde de Monte Cristo, e a sua sede de vingança. No fundo, V é um assassino que justifica a sua violência com o fim a que se destina. E não deixa de ser controverso que a lógica maquiavélica possa ser aqui usada para justificar a superioridade de um tipo de terrorismo sobre outro.<BR/><BR/>Polémicas aparte, este filme é um regalo, na sua mistura de mito e história com teoria da conspiração, e com claras referências ao universo de "1984" de Orwell (cuja adaptação ao cinema em 1984 por Michael Radford contou também com a participação de John Hurt, desta feita no papel do oprimido Winston Smith). Novamente se questiona de que direitos o povo está disposto a abdicar pela promessa de segurança. Qual a melhor forma de um governo capitalizar o medo para seu próprio benefício? Haverá causas pela quais vale a pena lutar? E morrer?<BR/><BR/>Ironicamente, o grande vilão deste filme acaba por ser nem tanto o Chanceler ou o que ele representa, mas sim a grande massa de população que se torna conivente com sistemas deste tipo, a maioria das vezes por simples preguiça. E eles são todos nós (bem, talvez exceptuando uns quantos estudantes franceses...). E não deixa de ser refrescante que uma multidão indefinida e sem feições se transforme num conjunto de individualidades.<BR/><BR/>A história de "V for Vendetta" é um "puzzle" que se vai desvendando em pistas sucessivas e que conta com um conjunto de boas interpretações. Natalie Portman apresenta uma transformação impressionante e consistente; e Hugo Weaving consegue dotar uma personagem mascarada de grande humanidade, quer através da sua poderosa voz, quer dos movimentos corporais. Aliás, "V for Vendetta" tem o mérito de, no meio de grandes efeitos visuais, nunca se esquecer da base humana. Nos secundários, estão três sólidos pesos-pesados: Stephen Rea, John Hurt e Stephen Fry.<BR/><BR/>Este filme é ambíguo, dramático e intenso. Vale a pena ver. E pensar sobre. E no ambiente escuro e opressivo da fotografia de Adrian Biddle, só apetece ouvir (e dançar!) "Cry Me a River". Nota: 4/5.
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A fantasia dos Wachowski em formato Shakespeare

Nazaré

Lindo! E divertido, e sobretudo com a verve dos argumentistas, de novo no seu melhor com um texto subversivo de todas as submissões, riquíssimo desfiar de ideias, sugestões, desafios à consciência. Apenas um ponto fraco: o fogo de artifício final. Não devia consumar-se, pelo menos não vejo no decurso do filme justificação para tal. Tinha de ser melhor preparado, mas melhor teria sido sublimar-se essa parte da vingança com a poesia do texto. E isso daria outra dimensão de grandiosidade a esta tragédia futurista da sempre presente culpa nossa de aceitarmos o inaceitável.
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Simplesmente maravilhoso

Sandra Salgado

Vi um filme que dá que pensar muito e em muitas coisas. Achei-o fabuloso, há muito tempo que nao via um filme excelente.
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V de valapena

Carlos Luís Ramalhão

Aquilo que parece ser um filme de acção, mais um a juntar ao vasto leque e à febre da adaptação de BD, é bastante mais do que isso. "V de Vingança" combina as melhores características do entretenimento e alimenta, mesmo assim, as mentes exigentes daqueles que gostam de sair da sala a pensar. A deliciosa Natalie Portman (em todos os sentidos) estaria ainda melhor, não fossem as dificuldades nítidas em adoptar o sotaque inglês. Esse pormenor prejudicou-lhe um pouco a representação. Hugo Weaving tem aquela voz sábia que tanto serve para um maléfico agente de fato e gravata como para líder dos elfos. E John Hurt... bem, não há palavras para este homem, ou talvez estas: tão brilhante "that it hurts"...
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Simples, equilibrado e genial

Manu

Os bons filmes escasseiam e os argumentos também começam a ser fracos. Este filme destaca-se, numa era em que o recurso à banda desenhada está na moda. Esta BD escrita por Alan Moore e desenhada por David Lloyd, publicada (no Reino Unido) entre 1982 e 1985 encontra agora uma forte hipótese de renascer. Os irmãos de "Matrix" conseguiram fazer bom e bem escuro, como era de esperar, mas com grande equilíbrio de sombra, luz e acção e sem perder argumento. Quer se goste ou não de banda desenhada, quer se goste ou não de "Matrix", quem gostar de cinema não deve perder a hipótese de o ver realmente em cinema. Não espere por um DivX ou um DVD de um amigo, vá ao cinema.
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