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Um Lugar Silencioso

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Terror, Drama 90 min 2018 M/16 03/05/2018 EUA

Título Original

A Quiet Place

Sinopse

Num futuro não muito distante, a Terra foi invadida por criaturas alienígenas que, embora cegas, possuem uma audição extremamente sensível. Letais para qualquer ser vivo, caçam através do som. Com praticamente toda a população terrestre extinta, Evelyn e Lee sobrevivem há vários meses com os seus três filhos pequenos numa quinta isolada no norte de Nova Iorque. Aqui, onde o perigo é activado pelo ruído e qualquer descuido pode significar a morte, têm de permanecer em silêncio absoluto, comunicando através de linguagem gestual e usando todas as estratégias possíveis para não se fazerem notar...
Uma história pós-apocalíptica de terror realizada por John Krasinski, segundo um argumento seu, de Bryan Woods e Scott Beck, que conta com o próprio Krasinski e Emily Blunt (sua mulher) como protagonistas. A completar o elenco estão Millicent Simmonds, Noah Jupe e Cade Woodward. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Os monstros estão à escuta

Jorge Mourinha

Um Lugar Silencioso é uma engenhosa série B de género que não mereceria especial atenção se não fosse o golpe formal de ser um filme inteiramente rodado sem diálogos.

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Críticas dos leitores

Cuidado com os aplausos

JR

A ideia é original mas arriscada de pôr na tela. Muito silêncio, raros diálogos, muita linguagem gestual, apenas quatro personagens. Poderia ser um tédio mas não é. Porque o som nos envolve e consegue substituir a ausência de falas. Méritos para Krasinski que consegue ainda, nalgumas cenas, a excelência do suspense, como na cena do parto que está magnifíca. Peca apenas em certas incongruências. Se nos alhearmos delas até é um filme que merece aplausos. Mas não batam palmas, não vá o alienígena, ao ouvir barulho, saltar do écrã...
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Um lugar silencioso

Fernando Oliveira

Um filme formalmente hábil, e bastante inteligente na maneira como a partir de um argumento simples nos instala numa ambiência tensa e enervante. Um série B de terror, que usa e abusa dos modelos do género, mas que os ultrapassa porque a história contada obriga a ser um filme quase sem diálogos. Onde tudo é contado por aquilo que é Cinema: o que a câmara nos mostra, e não nos mostra, o espantoso trabalho com o som, a representação (e Emily Blunt e Millicent Simmonds estão admiráveis), e a realização de John Krasinski, que consegue com algum engenho sustentar a história. <br />A Terra foi invadida por alienígenas, não percebemos como nem porquê, parece que apenas querem caçar os humanos até à extinção. Cegos, mas como uma audição extremamente apurada, velozes, caçam e matam ao primeiro som emitido por nós. As conversas, a tosse, o choro são morte certa; caminhar, apenas descalços e em caminhos construídos com areia. <br />O filme começa em tragédia: uma família – o pai, a mãe, e três filhos – regressa a casa depois de uma visita a uma loja abandonada para recolher mantimentos, os cuidados são extremos, o medo está sempre presente. O filho brinca e faz barulho, não é possível fazer nada, ao primeiro som é caçado… <br />Depois há um salto no tempo, um filho quase a nascer, o perigo que vai ser o seu choro. A cena do parto é um momento bastante intenso, uma situação de medo notável, mas a partir daqui Krasinski cede ao tanto-faz, ao exagero, e o filme perde com isso: o monstro dentro da cave durante a inundação, ou a cena no silo de milho são pouco credíveis. E aquele campo de milho, quase quinhentos dias depois da invasão, como é que foi cultivado? <br />Ainda assim, um filme bastante interessante. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt)
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3 estrelas

José Miguel Costa

"Um Lugar Silencioso", que John Krasinski (sim esse, do "The Office") realiza e interpreta (em conjunto com a sua mulher Emily Blunt), é um filme de terror (não gore) num cenário de ficção científica pós-apocaliptica, que nos transporta directamente (sem qualquer interlúdio e/ou explicação) para um espaço temporal (que parece próximo) no qual o planeta está envolto num silêncio sepulcral (quem se atrever/descuidar a emitir qualquer som será de imediato aniquilado por terríveis criaturas alienígenas - que são cegas que nem toupeiras mas têm ouvidos de tísicos). <br /> <br />Esta película, apesar de possuir uma narrativa linear e monossílabica, é bastante eficaz (e aposto que vai ser um fenómeno cinematográfico inesperado, do género "Foge" no ano transacto - com direito a sequela) pela inteligente gestão da ansiedade que incute no espectador, fazendo-se valer para o efeito quase exclusivamente dos sons (facto tão mais salutar se atendermos que estamos em presença de uma "película comercial" que consegue "aguentar-se" neste registo único durante cerca de 90 minutos, apenas com 4 personagens, sem grandes aparatos cénicos e uma quantidade ínfima de diálogos). <br /> Poder-se-á, deste modo, afirmar que é uma interessante "obra sensorial", que só não ascenderá ao estatuto de "filme de culto" por possuir demasiados "pregos"/incongruências ao nível do argumento (a título de exemplo, refira-se o facto do mundo "estar feito num oito" mas, mesmo assim, continuar a existir electricidade - e esta não é a sua única pérola).
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