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Um Caso Real
Título Original
En Kongelige Affare
Realizado por
Elenco
Sinopse
Dinamarca 1770. A jovem Caroline Mathilde (Alicia Vikander), de 19 anos, é casada há quatro com Christian VII (Mikkel Boe Folsgaard), um rei louco e incapaz, influenciado por uma corte de homens rígidos e pouco dados à mudança. Quando o monarca regressa de uma viagem acompanhado de Johann Friedrich Struensee (Mads Mikkelsen), o seu novo médico e confidente, a rainha Caroline descobre no clínico um inesperado amigo e aliado. Mas o amor físico e intelectual que acaba por nascer entre ambos, fortemente influenciado pelos filósofos iluministas, de Rousseau a Voltaire, vai levar à queda da ordem social estabelecida e anunciará as revoluções que a Europa conhecerá 20 anos mais tarde.<br />Um drama de época realizado por Nikolaj Arcel ("Kings Game"), que relata um dos momentos capitais da História europeia. O filme foi nomeado ao Óscar de melhor filme estrangeiro. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Um Caso Real
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Grande Gafe
José
Em 1770 ainda não tinha sido inventada a mesa de bilhar, pois só foi inventada em 1875, na Grã-Bretanha.
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Bom retrato de época
Nazaré
<p>Filme escandinavo com filmagens na República Checa, talvez porque só nesse país ainda se encontrem exteriores que preservam os ambientes urbanos do século XVIII, atravessa uma fase conturbada da monarquia dinamarquesa, vacilante entre um feroz conservadorismo "medieval" e os ventos do Iluminismo. Do ponto de vista histórico, o maior interesse está precisamente em conseguir-se perceber como a situação das sociedades europeias dava azo às críticas dos iluministas, no aspecto intelectual mas sobretudo no aspecto social, e como isso acabou por desembocar na Revolução Francesa: a opressão é uma tampa teimosa que só sai à força. Neste caso, foi temporariamente destapada na Dinamarca, para logo a seguir voltar a fechar-se num regresso às trevas; sob outras roupagens (de novos opressores), bem podemos pensar no que aconteceu entretanto e ainda pode estar para vir. <br /><br />O golpe de estado, magnificamente arquitectado com o seu cortejo de mentiras, traições e cobardias, é de certeza um dos pontos altos da fita. Outro é o desempenho extraordinário de todos os actores, com destaque para o que retrata o rei Cristano VII (Mikkel Boe Følsgaard, na altura ainda aluno da escola de teatro!). Desta vez, a belíssima Alicia Vikanders tem ampla oportunidade de mostrar o seu talento dramático, e aos dois junta-se uma estupenda galeria de actores e actrizes suecos e dinamarqueses, com Mads Mikkelsen à cabeça. Finalmente, todo o ambiente de época, com grande equilíbrio de cenas de interior e de exterior, e reconstituições extremamente convincentes de todos os "palcos", até nos comportamentos. Mas não deixa de ser um pouco decepcionante perceber que os factos históricos estão um bocadinho "adaptados", enfim, talvez com a desculpa de serem o ponto de vista duma pessoa (a rainha), mas do nosso ponto de vista talvez não devesse ser assim.</p>
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