Dimitar Petrov, mestre de um cinema pensado para as crianças, concebe esta fábula contemporânea em que um rapaz, filho de pais divorciados e, em larga medida, educado pelo televisor lá de casa (que lhe traz imagens de guerra e de destruição), sonha com um cachorro como quem fabrica, no espírito, a possibilidade de uma amizade capaz de se sobrepor a todas as tragédias humanas. Não será difícil pensar-se em Albert Lamorisse ("Le Ballon Rouge") face ao tom mágico desta história enternecedora mas também muito “dos nossos dias” (basta substituirmos o televisor pelo telemóvel).” Texto: Cinemateca Portuguesa