Crossing - A Travessia
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Elenco
Sinopse
Nesta co-produção internacional, o sueco Levan Akin conta a história de Lia (Mzia Arabuli), uma professora reformada que viaja da Geórgia até Istambul, na Turquia, em busca da sobrinha a quem perdeu o rasto e que sabe ter atravessado a fronteira. Numa exploração dos lugares menos óbvios da cidade, cruza-se com Evrim (Deniz Dumanli), uma advogada que luta pelos direitos de pessoas trans. Ganhou o prémio Teddy do júri, para filmes com temáticas LGBTQIA+, na edição de 2024 do Festival de Cinema de Berlim. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
A Travessia nunca passa para o outro lado
Terceira longa de um sueco de origem georgiana, contando a história da demanda por uma personagem LGBTQ+, é de condição cinematográfica normativa.
Ler maisCríticas dos leitores
Lindo como Istambul
Miguel Linhares
Achei profundamente comovente e envolvente. Acabei o filme com um nó na garganta.
Mau de mais
José Pereira
Um drama com a conversa do costume, em que tenta confundir o espectador menos informado. Portanto, nada de novo. Cinematograficamente muito limitado.
2 estrelas
José Miguel Costa
O filme "Crossing - A Travessia", co-produção internacional (França, Suécia, Dinamarca, Geórgia e Turquia) dirigida pelo sueco Levan Akin, é um drama humanista, com momentos de alguma comicidade, que aflora as temáticas da redenção e (não) aceitação da(s) diferença(s) do outro (nomeadamente, ao nível da identidade de género).
Em modo road movie, acompanharmos o trajecto efectuado por uma improvável dupla de desconhecidos (com personalidades e valores completamente dispares) que os levará desde uma conservadora e paupérrima aldeia da Geórgia até um bairro decadente de Istambul (cidade que ambos desconhecem e cujo idioma não dominam minimamente).
Ela uma rezingona professora reformada que fez uma promessa à sua irmã falecida (trazer a sobrinha transexual - anteriormente banida da comunidade - de volta ao lar); ele um inconsequente jovem "pé-rapado" e sem qualquer formação/perspectiva de futuro (que sonha "fazer vida" na Turquia).
O contacto entre ambos inicia-se quando este, após questionado por mero acaso pela mulher em causa, mente ao referir conhecer a jovem desaparecida e, inclusivé, saber qual o seu actual local de residência em Istambul. Por consequência, convence a idosa da necessidade de levá-lo consigo (às suas expensas) nesta missão de busca.
Embora a obra se revele apelativa pelo contínuo de peripécias que gradativamente implicam um fortalecimento relação/cumplicidade (não assumida) entre os dois empáticos protagonistas, na realidade a sua narrativa de base é algo tosca e inverosímil (a titulo de exemplo, logo que colocam os pés na mega metrópole com 16 milhões de habitantes encontram a rua em que a dita cuja alegadamente já habitou), o que lhe retira crediblidade/impacto.
Excelente filme!
Luís Cláudio Albino
Excelente filme! História emocionante e poderosa de solidariedade no universo trans, onde temáticas fraturantes são apresentadas com mestria, num enredo simples e cativante, que se adensa na multiplicidade de situações em que as ideias pré-concebidas de sexo, género (e/ou transgénero) e a diferenciação social são apresentadas com inteligência e subtileza, não deixando ninguém indiferente pela simplicidade e humanismo.
Istambul é o epicentro da História, para onde quem procura desaparecer, encontra o destino certo. Turcos e Georgianos tão próximos geograficamente apresentam diferenças entre si, registando-se um certo olhar crítico e desconfiado, entre si, retratando diferenças que colocam à prova valores e preconceitos.
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